ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 30 de janeiro de 2010

A VERDADEIRA INSANIDADE


( imagem google- personagem de Maurício de Souza )
Depois de uma semana chata
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Peguei essa brincadeira em “frasesdosol.blogpost.com” que por sua vez também pegou de uma amiga, Lu. Como não tem muitas regras e é livre para quem quiser pegar, peguei também. É um teste de insanidade. Vocês verão que algumas são até coisas comuns do dia a dia e são taxadas de insanidades. Só que fiz diferente, pra variar, coloquei observações nas minha loucuras. Então, curtam minha insanidade e divirtam-se porque é assim que vale a pena viver. Quem quiser pegar, pode também ok! Mas livres também para não pegar

[X] Você já gritou com um objeto inanimado por “machucar você”.

[X ] Você já correu em encontro de uma porta de vidro.
Sim, mas o vidro estava tão limpinho


[ ] Você já pulou fora de um veículo em movimento.
Não, mas já caí de um quando pequeno pegando carona.Me esfolei todo.Minha mãe jogando vinagre, segundo ela para sarar mais rápido e eu para não chorar e esnobar a dor, dizia: "joga mais, mãe.Tá uma delícia"

[X] Você já pensou em algo engraçado e riu e, em seguida, as pessoas lhe olharam estranho.
Todos os dias

[ ] Você já correu ao encontro de uma árvore/arbusto.

[ ] Você já foi chamado um loiro.
TOTAL: 3


[ ] Você sabe que é possível lamber o seu cotovelo.

[X] Você acabou de tentar lamber o seu cotovelo.

[X] Você já tropeçou em seus prórios pés e caiu.

[X] Você já se afogou na própria saliva.
Já engasguei porque falo muito

[X] Você quebra um monte de coisas.
Sempre derrubo copos, mesmo não bebendo( para não colocarem culpa na cerveja). E já derrubei uma barraca também, olhando uma garota que passava lindamente, eu e o velho correndo morro abaixo tentando pegar as laranjas foi demais.
Direto
TOTAL: 4

[X ] Você viu Matrix e ainda não entendeu.

[ ] Você digita com três dedos ou menos.

[] Você já colocou fogo em alguma coisa, acidentalmente.
Numa frigideira à prova de fogo. Esqueci e fui tomar banho. Liguei pro fabricante:”seu produto, sua panela, não passou no teste de qualidade”

X]Você já tentou beber água (ou qualquer outra coisa) com canudo, mas isso entrou no seu nariz.

[X] Você já se pegou babando. (haha!)
Dormindo
TOTAL: 3

[ ] Você tem dormido na sala de aula.

[] Às vezes, você para de pensar

[X] Às vezes, quando você está contando uma história você esquece do que está falando.

[ ] As pessoas muitas vezes abanam a cabeça e caminham para longe de você.

[X ] Você frequentemente usa sua “voz interior”. (só algumas delas, as outras são meio perversas)
TOTAL: 2

[ ] Você usa os dedos para fazer cálculos simples.
Dificilmente uso calculadora

[X] Você já comeu um inseto acidentalmente.
Engoli um mosquito... alguns rs rs.Dizem que mosquito não tem freio nem buzina e é verdade

[X] Você está fazendo esse teste, quando você deveria estar fazendo algo mais importante.

[X] Você já colocou suas roupas ao contrário ou do avesso, e não notou isso.
Sim e já saí até com chinelos, um azul e outro vermelho

[X] Você já procurou por alguma coisa por muito tempo e só depois percebeu que o tempo todo estava em sua mão/bolso/cabeça o tempo todo.
Um a vez, procurei os óculos e eles estavam no rosto
TOTAL: 5

[ ] Você já mandou correntes porque você estava assustado com o que eles diziam que ia acontecer se você não fizesse isso.

[ ] Você inclina sua cabeça quando você está confuso.

[X] Você já caiu de sua cadeira.

[X ] Quando você está deitado na cama, tenta encontrar imagens na textura no teto.
Sim e vejo.

[ ] A palavra “hm” é usado com freqüência.

[X] Você não sabe o que “hm” significa.

[ ] Você disse “o quê?” e “hum” muito

[ ] Você planeja usar uma calculadora para multiplicar sua pontuação para este teste.
TOTAL: 7

TOTAL GERAL: AGORA, pegue seu total e multiplique por 4 e re-poste como “Eu sou –% mentalmente insano”.
O meu deu 96. Ai, ai.

Viva a loucura!
“Se é loucura, então melhor não ter razão” (Lulu Santos)
“E quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?” (Renato Russo)
“Ideologia. Eu quero uma pra viver” (Cazuza)
“Vou ficar com toda certeza, maluco beleza” (Raul Seixas)
"A verdadeira insanidade é querer ser certinho o tempo todo" (Carlos Soares)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

EU... UM RIO


( imagem elisaqueiros.files.wordpress)
Como um rio de águas turvas
vou fazendo minhas curvas
sabendo aonde posso chegar
contornando as montanhas dessa vida
Não sou tão grande,
mas ajudo a compor o mar.
Também não sou pequeno, sou intenso
Sou o que falo, o que ando, o que penso
Sou minha lógica, minha ciência
Sou o que sou, sem excessos ou deficiências
sou o que sou na minha própria medida.
Se às vezes transbordo é por emoção demais
que me fazem sentir tão rapaz.
Às vezes cristalino, às vezes manchado
pelo lodo, pelas lamas dessa vida
mas um rio teimoso, nem por isso deixa de navegar.
Às vezes silencioso, às vezes caudaloso
assim é o meu leito, meu peito
sinuoso, insinuante, insinuado
beijando flores pelo caminho
e das que não tiverem brotado me deixando sozinho,
não levo mágoas
transformo minhas lágrimas em novas águas
que me fazem recomeçar,
um rio torto, mas não morto
que nasce filete d’água
mas, ousa ver o mar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

CERTAS PALAVRAS


(imagem bichoesperto.com.br)
Palavras boas
são como abelhas que espalham mel,
provocam em nossos corações, uma festa.
Palavras más são como moscas
que só levam o que não presta.
Palavras de amor, palavras de adeus.
Palavras puras, palavras duras.
Palavras que acariciam,
ou que torturam numa teia.
Que incentivam e ativam...ou que derrubam
fazendo tudo parecer de areia.
Palavras que cantam, palavras que choram,
ou que ancoram um sonho e ajudam a fazê-lo,
ou que transformam em pesadelo.
Na notícia que chega... tem palavras.
No abraço que aconchega... tem palavras.
Algumas deixam felizes... outras causam dor.
Numa noite mágica de amor... tem palavras
que são muito mais que um gemido,
entram pelo ouvido e se acomodam no interior.
Dos gemidos, eu prefiro os “ais” do amor.
Palavras às vezes, ferem como ferro quente a alma da gente
e mesmo curadas, deixam cicatrizes vencendo até o tempo.
Eu não sou mudo e quero falar.
Não sou surdo e quero palavras a me acalentar.
Ainda dizem que palavras, são só palavras...
só se for pra quem não sabe usar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

UMA VIAGEM À BLOGOSFERA- HOMENAGEM AOS BLOGUEIROS


Bem, amigos. Sem nada para fazer e sozinho nesse fim de TARDE, resolvi brincar e homenagear os amigos blogueiros. Os não citados, por favor entendam, não é preferência. É para não ficar muito longo e cansativo e também pela concordância do próprio texto, algum talvez não encaixava. Vocês vão ler e entender. Os trechos assinalados são títulos de blogs, como poderão ver.
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Consultei a ‘rosa dos ventos’, se era um bom dia para voar. Saí por aí voando nas ‘asas da coruja’. Coruja esperta que sabe voar de dia. Nós queríamos ‘compartilhar e aprender’, sobrevoando ‘o mar que me encanta completamente’, sentindo um perfume gostoso de ‘alfazema’. Lá embaixo vimos Eduardo e Sônia, acenando que ali havia uma ilha para amar’. Demos tiau para Rebeca e Jotacê, que lá embaixo sugavam o ‘néctar da flor’ e seguimos. Mais à frente paramos para descansar num lindo ‘cantinho poético’ e renovar as ‘coisas do coração’. Fiz dali o ‘meu aconchego’. Depois andamos beira-mar e colhemos ‘conchas... as mais belas’. ‘Conversas daqui e dali’, depois de tantas ‘vias percorridas’, ‘entre linhas e olhares’, ‘desenrolando fios’ do medo, a gente cansou, mas sem ‘desistir jamais’, seguimos nossa viagem ‘experimental’. Durante o trajeto, avistamos lindos ‘eucaliptos na janela’ e seguimos ‘gastando o tempo’, compondo ‘frases ao sol’, lendo o ‘braille da alma’ , ‘fenixando’ emoções. Também com aquele ‘horizonte lilás’, quem não se inspira? “Foi desse jeito que ouvi falar’, que as tantas ‘faces de uma mulher’, seja ‘loba’, ou ‘felina’, precisam refletir os ‘rabiscos da alma’, ‘os gozos da alma’. Que lindos ‘momentos compartilhados’, ouvindo a ‘música do Brasil’, fugindo do ‘nosso cotidiano’ de trabalho e luta, buscando ‘novas estações’. Ah, ’o bom é se redescobrir’, ela como ‘menina voadora’, ‘sonhadora’, e eu como ‘menino feliz’. A gente precisa de vez em quando ‘olhar dentro dos olhos’, esquecer ‘palavras sentidas’. Nessa viagem, seguindo as dicas de Luciana do Afrodite, eu mesmo esqueci ‘ os meus lamentos’, entre ‘pensamentos, fotos e devaneios’, ‘preenchendo o vazio com palavras’ doces... enfim, ‘simplesmente amor’ . Foi um ‘mar de sonhos’. Viver é ter um 'cantinho poético. 'Viver é pura magia’, ainda que seja ‘viver só por hoje’. É espalhar ‘gotinhas de poesia’, ‘afinar o instrumento’ e sair cantando por aí, até chegar a noite, contemplando o ‘brilho da estrela’, ‘o brilho da vida’, curtir ‘mar, sol e lua’, levando para o futuro ‘memórias vivas e reais’. Quando olhamos para trás, que grata surpresa. Uma multidão de blogueiros nos seguia.Everson,acenava duas “bandeiras’, a do amor e da paz e chamava? “Venham logo, nossa arca vai partir, esse é o último barco do planeta’, para gente conhecer o mundo mágico da blogosfera”. Um abraço a todos!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O DIA EM QUE FUI CONDENADO


De onde estava, pude ouvir rumores de uma pequena multidão. Pareciam esperar alguma espécie de comemoração, estavam alvoroçados. De sandálias franciscanas pude sentir o chão molhado. O lugar fedia. Eu tinha os olhos vendados, as mãos amarradas para trás. Tentei ouvir alguém próximo de mim, mas estava só. Com o corpo fui tentando descobrir onde estava. Pelo pouco espaço disponível senti que o cubículo parecia uma cela. Fui encostando, me esfregando sem camisa e pude sentir paredes ásperas, mal acabadas, até que esbarrei em barras de ferro. Sim, era um cela. Mas o que eu fazia ali? O que eu teria feito que não me lembrava? Gritei várias vezes: “Tem alguém aí?. Socorro! Por favor, alguém pode dizer por que estou aqui?”. Nada. Só o eco respondia por aqueles corredores. Agachei-me, tive vontade de chorar. Levantei. “Não, chorar não. Chorar é para momentos felizes, emocionantes”. Momentos difíceis é hora de lutar. Mas lutar contra quem ou o quê? Gritei ainda várias vezes sem resposta. Não sei o que incomodava mais. As amarras que doíam cada vez mais que tentava me livrar, a venda nos olhos ou a falta de alguém para me explicar o que eu fazia ali. Muitos minutos depois, ouvi passos firmes, pesados. Pareciam dois. Ouvi barulho metálico como se fossem armaduras medievais. Barulho de chave abrindo a porta. Um disse: “Vamos. Está na hora”. Tiraram-me a venda. Eram mesmo soldados medievais. Olhei em volta, ao fundo... à frente. Eu estava numa masmorra escura e fétida. E foram me levando, um de cada lado. Perguntei desesperado: “Para onde vão me levar? Por que estou aqui? O que fiz?” Sem resposta, eram treinados para não falarem com presos. Preso, eu? “Por quê? Por quê?”. Perguntava insistentemente. No trajeto por aquele grande corredor olhei outras celas, mas todas vazias, pelo menos pareciam, pois estavam escuras. Subimos uma pequena escada. Quando chegamos a um grande pátio, o sol me cegou. Com dificuldade fui abrindo os olhos. Os soldados, brutos, praticamente me arrastavam. Ainda pude ver na torre da igreja o relógio marcando 08:00h... sabe-se lá de que dia. Mas agora também não importava, pois vi que eu era um condenado. Eu ia morrer. Só não sabia por quê. A pequena multidão quando me viu apupou, deu vivas, gritos diversos e assobios. Me levaram por fora, por uma passarela separada por um alambrado, até o patíbulo. No centro dele, um mastro e uma corda... uma corda esperando um pescoço. Ou mais um. Numa velha cerca do lado direito, os abutres. Até os abutres sabiam do que ia acontecer. Tudo parecia combinado e já iam disputar cada pedaço de minha carne. Minhas mãos que tantas coisas boas escreveram. Meus olhos que tantas coisas lindas viram. Meu cérebro. Meu coração. Os soldados se afastaram. O carrasco, homem sinistro, vestindo roupas longas e negras, encapuzado, personificando a própria morte, se aproximou e disse com voz sombria: “Calma que vai dar tudo certo”. Certo pra quem? Para os que condenam? Um senhor de barbas longas, o chefe da execução, se aproximou também e disse: “Você pode fazer seu último pronunciamento, mas seja breve. Estamos atrasados”. Seus olhos frios me cortaram, me olhando de forma desprezível. Pediu silêncio com a mão à multidão presente e se afastou para o lado esquerdo. Pensei de novo em chorar. Chorar não. Não se deve chorar perante os inimigos. Deve-se chorar perante os amigos. Os amigos te abraçarão, os inimigos rirão.Respirei fundo. Então gritei bem alto, alto mesmo para me fazer ouvir para que pelo menos alguém da platéia pudesse me responder. “Vocês já me condenaram. Eu só queria saber o que foi que fiz?”. Silêncio total. Olhei para o lado esquerdo, o chefe acenou positivo com a cabeça para o carrasco. Ele colocou um capuz na minha cabeça. Fechei os olhos para receber o beijo da morte.
Quando senti a corda me roubando o ar e dobrando meu pescoço... ACORDEI! Que susto! Dei um pulo na cama. Reparei agora o relógio da parede, mas agora era do meu quarto. 08:00h também, mas na minha cama confortável. Tudo não passou de um pesadelo terrível. Minhas costas e rosto suados apesar do ventilador e da janela aberta. O sol me cegou de novo, mas agora era um sol amigo. Levantei-me, molhei os pulsos, o rosto, tomei água gelada e deitei-me um pouco de novo para que a respiração chegasse no lugar.
Tive esse pesadelo há muitos anos. Na verdade foi o prenúncio simbólico de uma condenaçao a que fui sujeito. Fui considerado 'culpado'. Felizmente teve a segunda parte. Jamais esqueci esse sonho ruim que também me levou a uma reflexão.
Quantas vezes condenamos as pessoas sem lhes dar ao menos um direito de explicação? Ou as condenamos por algo que também fazemos? Quantas vezes falamos mal de alguém que passa na rua? Quantas vezes não damos a alguém uma segunda chance e queremos para nós todas as chances possíveis? Às vezes gostamos de ser o chefe da execução e olhamos de forma desprezível a alguém angustiado que pede perdão. Às vezes, gostamos de ser o carrasco. Às vezes damos até a corda. E às vezes somos os abutres. As hienas que riem da desgraça alheia. É muito bom ser carrasco, mas péssimo ser condenado. “Não faças aos outros, o que não queres que te façam”.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

VAMOS BRINCAR?


Amor, deixe tudo pra lá, largue esses trecos.
Vamos brincar?
De boneca não... só se eu for o seu boneco.
De casinha, pode ser
porque meu sonho é morar com você.
Esconde, esconde? Não. Senão você some e eu não sei pra aonde.
Amarelinha talvez... eu fico no final esperando e lhe beijo mais uma vez.
Contar estrelas eu gosto,
mas não tem nenhuma linda igual a você, aposto.
Adivinhação?
A gente empata, porque sente
sabe o que o outro tem no coração e na mente.
Ah, gosto de pião... lembra meu mundo que gira por você.
Passar anel? Dou-lhe um com meu nome, no seu dedo quero ver.
Podemos brincar de roda
cantar cai cai balão, mas que você caia na minha mão.
Boca-de-forno, quem me tira? Você.
Me tire então, me leve.
Prefere romântica? Então vamos de “branca de neve”,
eu vou ser o príncipe encantado
que chega num cavalo enfeitado e desperta você.
Papai-mamãe também é boa, mas tem que ser escondido.
Desculpe, amor, é você quem me deixa assim... tão atrevido.
Vamos brincar de uma coisa qualquer;
para um homem e uma mulher,
qualquer uma é prazerosa
só não quero brincar de uma brincadeira chata...
que quase me mata: “ o cravo e a rosa”.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

HOJE EU CHOREI

Hoje eu chorei.
Não sei se foi saudade, ou alguma maldade que me fizeram,
uma palavra que disseram.
Chorei... e por que eu não sei. Só sei que chorei.
Quem sabe alguma lembrança, resquício de infância
ou mesmo minha inconstância.
Quem sabe alguma violência
ou a incoerência da solidão.
Não sei a razão. Só sei que chorei.
Eu que me vejo um cowboy, um perfeito herói
hoje fui foragido, escondido, banido
do mundo, do meu verdadeiro EU.
Olhei no espelho: CADÊ EU?

O motivo não sei... mas chorei.
Quem sabe um desejo, a falta de um abraço, de um beijo
Talvez uma dor escondida que não estanca.
Eu que me acho um aventureiro Peter Pan,
hoje me senti Florbela Espanca.
Em vez de contemplar a beleza, abracei a tristeza.
A razão eu não sei... mas chorei.
Hoje passei em choque.
O mundo acenou e eu não quis ver
nem ouvi música, também pra quê?
Eu estava mais pra tango que pra rock
Hoje pedi colo, pedi um divã.
Só prometo uma coisa a mim mesmo;
ainda que ande a esmo
chorei hoje, mas não vou chorar amanhã.

A FLOR E O VULCÃO


( imagem rosadocotidiano- google)
Essa vai ser uma semana bipolar. Ou extrema? Terei que citar alguns amigos blogueiros que me influenciaram a falar disso, que é o tema do momento da psicanálise. Ligo a tv e estão falando. Começo pela Solange Botelho, que deu o pontapé inicial, justo quando eu pensava falar do assunto, enfim acabei devendo para ela. Como disse anteriormente, penso que a ciência gosta de arrumar pano pra manga. Ficar discutindo o que pode ser ou não, é perda de tempo. Ora, descubram a cura da aids e eu bato palmas. Quando a ciência discute temas palpáveis, reais, como transplante de órgãos, pisar na lua, etc, acho importante. Mas tratar comportamentos humanos como simples defeitos psíquicos, é vago. Ou então que tratem do assunto, mas vão na esfera espiritual também. Ah, mas a ciência não tem nada a ver com espiritualidade. Claro, por isso me atrevo a dar opinião. Embora não seja psicanalista, eu penso. “Existo, logo penso”. Creio muito em intensidade, não existe bipolaridade e se existe, eu não sou bipolar, sou poli. Não riam, falo sério. Creio que existem momentos extremos que todos nós, estamos sujeitos. Portanto se sou bipolar, todo mundo é. Ou então ninguém é, porque não consigo separar as pessoas nessas relações de convivência. Não posso falar por todo mundo, mas por mim posso. Acabo sendo repetitivo. Não sou bipolar, sou intenso. Se estou feliz trato o mundo como um parque de diversões. Se estou triste fico irreconhecível. Quando vou escrever uma poesia, quero que seja a minha melhor de todas. Se vou fazer um texto, quero que seja o meu melhor. Estou a todo tempo me comparando a mim mesmo, para ver onde posso melhorar. Sou adepto do impressionismo. E assim faço, na saudade, no namoro, na amizade, no trabalho. São vários pólos dentro da gente. Todos têm esses pólos, essa mistura de anjos e dragões (alô Everson), de euforia e tristeza, de adulto e meninice. A diferença é que alguns, como eu, deixam transparecer, extrapolar ( olhem a expressão) conforme o momento. A diferença é que tem gente que anda de anjo e de repente vira dragão. Ou gente que é dragão o ano todo e vem dar beijinhos no natal. Até isso não é bipolaridade. Está mais para desvio de conduta, falta de autenticidade ou até de caráter. Um dos pólos que procuro sempre controlar é o da raiva. Não ódio, raiva. Ódio é coisa permanente, é ferrugem. Raiva é momentânea. Não sei como alguém pode me fazer raiva, mas fazem. Sobre o pólo da raiva e conhecendo a mim mesmo, prefiro me recolher, e acaba esse pólo ruim virando pólo de tristeza, que também é ruim, mas não faz mal a ninguém a não ser a mim mesmo. Falei sobre espiritualidade e que todos somos bipolares. O universo, o planeta, natureza, a vida em si é bipolar. Cito agora a amiga Felina, muito feliz no seu comentário no texto passado, outra boa coincidência, quando falou do paradoxo: na virada do ano, festas e planos de um lado e do outro, mortes em Angra. Agora a tragédia no Haiti. Tudo isso num ano que se apresentava ser maravilhoso. Mais bipolar que isso, não tem. Ainda acredito que o ano vai ser bom, mas por enquanto não. Vivemos sempre entre dois lados: sim e não, amor é ódio, guerra e paz, preto e branco, gente e bicho, dia e noite. Já repararam que o fim de tarde é igualzinho ao amanhecer? São os diferentes instantes da natureza. A intensidade de um vulcão que explode é a mesma de uma flor que se abre. Cada um no seu pólo, mas com a mesma intensidade. Não confundir intensidade com quantidade. Voltando à autenticidade vou contar um caso rapidinho. Eu não tinha nem dezenove anos, ia ter uma reunião importante de grandes chefes para traçar as diretrizes para o ano seguinte de vários setores da empresa. Além do meu chefe imediato, me mandaram ir também e eu nem era o mais antigo, sei lá como me puseram. Essas coisas aconteciam, sei lá como. Os grandes chefões todos lá. Uns carecas, outros bigodudos, de meia idade para mais. Engenheiros, grandes administradores, financistas. Chego empurrando a porta, cabelo todo enrolado quase cobrindo o olho, óculos redondos. Eu estava mais para show de rock que para reunião de bacanas. Quando terminou, um ‘chefrudo’ ( nova definição que arranjei na época para ‘chefão’), com quem eu falava só via fone, veio me cumprimentar elogiando. “ Não só pela voz rouca e forte, mas também pela dedicação que acompanho de longe, eu esperava encontrar um senhor, já velho, mas chego aqui, vejo um moleque e fiquei muito satisfeito”. Contei para minha amiga e ela disse. “Você é incrível, você é o que é onde estiver”. Respondi. “É a única forma que vejo para ser feliz. Ser eu mesmo”.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ENQUANTO ISSO EM COPENHAGUE...


( imagem unievangelica.edu.br )

( imagem blogmais.files.wordpress)
Tem assuntos que a gente quer evitar falar, mas não tem jeito. Impossível não falar do Haiti e de Angra. Enquanto isso em Copenhague...
Quando 2009 estava terminando, uma das frases que mais ouvimos foi: “2010 promete”. Eu mesmo disse muito isso e ainda mantenho a esperança de um ano bom. Só que ele começou triste. Na primeira madrugada, dezenas de pessoas morreram soterradas em Angra. E agora a tragédia do Haiti, considerada pela ONU, a maior da história não bastasse a miséria em que vivem. Sei que choro fácil, mas era impossível não chegar às lágrimas vendo as cenas na tv. Lembro de uma em especial; um sargento brasileiro com olhos vermelhos, dizendo à repórter que comentou com seus comandados: “Graças a Deus que estamos aqui. Porque essas pessoas vão precisar de nós”. O exército brasileiro já estava lá numa outra missão... a de paz. Agora a missão seria outra; ajudar um povo que há tempos não tem uma história digna pra contar e agora sim, estavam mais perdidos. Parabéns a eles que se vestiram de uma outra missão diferente da que estavam previamente incumbidos. Porque viram nos haitianos, irmãos, gente precisando de ajuda, gente sentindo dores, gente morrendo. Por que estou dizendo isso? Por que não dá para não falar do Haiti? E como não falar também de Zilda Arns? Uma mulher de um coração fantástico e de grandes obras humanitárias. Sei disso porque acompanhei um pouco sua trajetória de vida, até já a havia citado em texto anterior. Sim, tenho mania de observar autoridades e artistas brasileiros, o que fazem, o que não fazem pela sociedade e tem muita gente gente posando de rei e rainha por aí, omissos nas causas humanas e nas opiniões importantes na história do país. Enquanto isso em Copenhague...
Como não falar do Haiti? Não dá para dissociar os países. O planeta é como nosso corpo. Se o dedinho do pé doer demais, a cabeça também doi. Uma dor de dente , altera todo seu sistema nervoso central. Então não dá para dizer que o Haiti é o Haiti, a Somália é a Somália, a Etiópia é a Etiópia, o Brasil é o Brasil, os Eua são as Eua. Temos que parar urgente com a filosofia do “ não é comigo”. O planeta é o planeta. E o planeta está doente. O dedinho do pé, chamado Haiti doeu e o corpo todo está doendo. As grandes capitais das regiões sul e sudeste, não suportam mais chuvas, avenidas viram rios. Santa Catarina, nunca teve furacão, mas agora tem. Em são Paulo, em dois dias, choveu quase 40% do previsto para meses. BH, capital linda, fica um caos. A tempertura da terra aumentando, pólos estão derretendo e o mar vai invadir cidades. Enquanto isso em Copenhague...
Podem dizer que o caso do Haiti é problema das placas tectônicas e que o país deu azar de estar ali em cima das placas, mas ainda penso que é uma explicação “saindo pela tangente”, cômoda como sempre, por parte das autoridades mundiais. Enquanto isso em Copenhague...
Há uns dez anos li numa grande revista semanal, que por dia, é desmatada na floresta amazônica, uma área equivalente a setenta campos de futebol. O Brasil, na parte geográfica que lhe cabe, até diminuiu esses números e parabéns por isso, mas ainda é preocupante. Vocês sabiam que a comida que é jogada fora por dia, sim do nossos churrascos, dos restaurantes, dos banquetes, dos grandes eventos e shows, daria para alimentar todas as pessoas do mundo? Esse também é um dado que li nessa revista. Lembro quando criança minha mãe dizendo. “Ponha no prato só o que vai comer. Quando terminar e quiser mais volte e ponha mais. Jogar comida fora é pecado. Tem gente passando fome do outro lado do mundo”. Nunca me esqueci disso. Nem também de quando gostava de escrever meu nome por todo lado, até nas árvores com gilete e a professora me disse: “ Não faça isso, a árvore é um ser vivo, também sente dor”. Fiquei não só envergonhado, mas com pena da árvore e nunca mais fiz aquilo.
Enquanto isso em Copenhague... há uns dois meses foi montado um circo, assim como no RIO92, onde não se discutiram formas de parar de poluir, mas sim, os países ricos terem direito de poluírem mais. Para mim essas reuniões terminam em whysk. Porque quem estava ali debatendo, tem carros e casas blindadas e as enchentes, as catástrofes não os atingem. Será? Com a natureza não se brinca. Demora, mas um dia ela cobra.

domingo, 17 de janeiro de 2010

BOM DOMINGO

BOM DOMINGO A TODOS VOCÊS, MEUS AMIGOS E AMIGAS. BEIJOS E ABRAÇOS ADOIDADO, ENTORNANDO, EXTRAPOLANDO, TRANSBORDANDO.

BOM DOMINGO

BOM DOMINGO A TODOS VOCÊS, MEUS AMIGOS E AMIGAS. BEIJOS E ABRAÇOS ADOIDADO, ENTORNANDO, EXTRAPOLANDO, TRANSBORDANDO.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

QUARTO COLORIDO


( imagem oglobo.com/fotos )
Deita comigo e nem sei seu nome
Suga-me, me consome do jeito que vier,
como se eu fosse a última mulher,
a última vez, a última flor.
O que vem buscar de mim
não está em mim.
Sou permitida para a vida,
proibida para o amor
Sou sua, sou de todos, de qualquer um,
mas esse quarto colorido
com tantas lembranças juntas
não passa de um lugar comum
para tolas perguntas.
Quanto vale o seu dinheiro que eu preciso?
Quanto vale meu sorriso?
Esse quarto é minha rua.
A rua é meu quarto
Só lhe peço, homem estranho.
Que saia farto, desfrute o que quiser
Ainda que eu seja a última
Trate-me como mulher.

"- Você trata as prostitutas como damas e elas não estão acostumadas com isso"
"- Não conheço damas, nem prostitutas, conheço mulheres"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

QUANDO A GENTE AMA É ASSIM ( UMA HISTÓRIA DE AMOR )


( IMAGEM estrelandor7.com )
Quem ama é atrevido
nada é proibido.
Não existe hora ou lugar
quando o verbo é amar.
Foi assim que aconteceu
certa noite, o amor entre você e eu.
Tudo parecia dar errado,
horas passando, carro quebrado.
Desejo nos olhos, nos poros
querendo aflorar.
Não, nada impede um casal de se amar...
pois o amor fica latente dentro da gente....
meio animal, até anormal,
quem pode segurar?
Rua quase deserta, passando um ou outro,
mas para nós os outros eram apenas os outros.
Escada escura,
mentes claras,
os dois sabiam o que queriam
um ao outro se queriam.
- “Não temos para onde ir”, disse você meio tensa
- “Ir para aonde e pra quê, se o amor está aqui?”, respondi.
Para quem ama tudo compensa
Que cama que nada, que quarto que nada,
nosso amor aconteceu ali mesmo
nos degraus daquela escada.

sábado, 9 de janeiro de 2010

PRELÚDIO DE AMOR



Que maravilha o fim de tarde
que enxovalha, invade.
A vermelhidão no céu... não é por acaso
ao contrário de quando eu desenhava em folhas de papel.
O sol me dando “tiau” dizendo que ocaso não é o fim
é o prelúdio do amor que se renova em mim.
Ele me diz que volta amanhã, logo de manhã
trazendo na brisa um cheiro de hortelã.
Brincando entre nuvens, lá vem a lua elegante
num outro instante me dizendo “olá”.
Ela vem com seus raios, meus lençóis clarear.
É tão bom quando ela vem.
Eu, simpático, enfático, digo “olá” também.
Estrelas coadjuvantes parecem valsar em torno da lua,
em conjunto clareiam minha rua
tornando-a mais bela ainda.
Ah, como a noite está linda!
Merece até uma prece.
Enfim amanhece...
Sinto-me um girassol sob esse arrebol
de tão perfeito dia.
Parece que Deus me fez uma poesia.
Como são belos, o rio, a montanha, as borboletas
os lírios no campo, as violetas.
E o que dizer desse cheiro de jasmim?
A vida me chama e eu digo SIM.
Como é lindo esse viver!
Que fica ainda mais lindo
porque posso amar você

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

EU E A BIGORNA


Não me lembro quantos anos tinha, talvez uns dez. Eu era mesmo um menino diferente. Brincava como todos normalmente, ou até mais. Era eu quem puxava ou criava as brincadeiras. Era eu quem separava as brigas. Mas vez em quando eu sumia. Os coleguinhas cobravam meu sumiço. Hoje penso. Tão novinho e às vezes tão pensativo como se fosse um adulto em corpo de criança. Houve uma inversão. Agora, às vezes me sinto uma criança em corpo de adulto. Será alguma espécie de bipolaridade? Eu não tenho bipolaridade. Devo ter poli... rs rs. Esse é assunto do momento na psicanálise. Engraçado como a ciência gosta de inventar pano pra manga. Amanhã criam outra teoria e apagam tudo. Não creio muito nisso de bipolaridade. Existem momentos extremos opostos, que nós todos, humanos que somos, estamos sujeitos. O negócio é que as pessoas não assumem o que são, escondem seus anjos e/ou dragões. De vez em quando um aflora e surge o termo ‘bipolar’. Ainda farei um texto só sobre isso. Numa escolha rápida, prefiro meu EU de agora. Melhor ter uma criança habitando na gente que ser um adulto precoce. Infância é para brincar. Voltando ao assunto. No fim do bairro havia um grande abismo, onde descíamos de carrinhos de rolimã. Eu vivia com as pontas dos dedos esfoladas. Sentava sozinho na beira daquele abismo onde ao longe avistava o grande rio e depois dele, a floresta. Quantas vezes eu fui dentro da floresta mentalmente. Gostava de ficar cantando baixinho, falava com Deus, escrevia coisas na areia. Aprendi a ser privado de algumas coisas materiais, de belos brinquedos... mas não a ser acomodado. Nem de ficar em lamentações. Mas a gente não é de ferro e principalmente criança, tem hora que quase sucumbe. Ou fica triste. Só que graças a Deus, desde novo sempre tive capacidade grande de me recuperar. No outro dia estava jogando bola na chuva. Duas coisas boas de se fazer na chuva. Jogar bola e beijar. Jogar, joguei muito. Meus pais eram dois opostos que davam certo. Ele festeiro, sanfoneiro, ganhava pouco, mas estava sempre com riso na cara. Isso mesmo. Cara. A gente não vai pra guerra com o rosto, mas com a cara. A cara é a nossa valentia, nossa teimosia. E minha mãe, muito honesta, tímida, pessoa simples, humilde, mas não humilhada e fervorosa em Deus. Acabei pegando um pouco dos dois.
Num desses dias de viagem introspectiva, disse não a todos os coleguinhas. No quintal de casa tinha uma bigorna. Estava com muita raiva naquele dia. Não raiva de ‘ódio’, acho que indignado com toda uma situação e condição. Peguei uma pequena, mas pesada marreta para meus bracinhos magros e sentado de frente, comecei a bater na bigorna. Comecei devagar. Fui aumentando. A marreta tilintava, saíam faíscas. Alguém gritou lá de dentro, não sei se uma de minhas irmãs, mãe ou tias. “Larga essa marreta, menino. Vai machucar, quebrar o braço, vai bater isso no pé”. Aí bati mais forte ainda. Gritaram de novo brincando . “O que quer fazer com a bigorna? Quebrar?”. Pensei. “Pode até não quebrar, mas vou deixar minha marca nela. O tempo passa, a gente cresce. Nunca esqueci aquilo e cada dificuldade, a cada derrota, a cada decepção que sofria com as pessoas, a cena da bigorna vinha à minha mente. Acho que foi um aprendizado de mim pra mim mesmo. Levantei outras marretas e saí amassando outras bigornas por aí.
Um dia desses vi um filme com Will Smith, em que o filho pede para fazer uma coisa e ele diz NÃO. O menino acata muito facilmente. O pai (Will), um empresário falido, se indignou e voltou ao filho. “Nunca deixe que as pessoas lhe digam NÃO FAÇA ISSO. Nem mesmo eu que sou seu pai. As pessoas não vão se preocupar com sua felicidade se você não se preocupar . A sua felicidade não interessa às pessoas, somente a você. Tão somente a você. As pessoas não conquistam as coisas e tentam fazer você acreditar que você também não pode”. O filme é de história verídica e o pai se tornou um dos maiores empresários americanos. Peço licença para parafrasear Drummond, meu ícone máximo na literatura: NO MEIO DO CAMINHO HAVIA UMA BIGORNA.
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SONHA, SONHADOR
Serra, serra, serrador.
Quantas tábuas já serrou?
Serra, serra, serrador.
Até que o pau se quebre ao meio,
mesmo que seja madeira de lei.
Mais forte é a sua lei.
A lei do querer que agita você
Deixe cair
as gotas de suas lágrimas, de seu suor, de seu sangue
que um dia a pedra fura
há uma luz no fim da rua escura.
A vida é um bumerangue
tudo que você joga, retorna
Martela, martela essa bigorna.
Ainda que o cabo se parta
ninguém pode dizer que não tentou.
Sonha, sonha, sonhador.
Quantos sonhos já sonhou?
Nada foi em vão ou perdido.
A pedra furou.
A madeira se partiu.
E a bigorna levará para sempre a sua marca
porque você não desistiu

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O FIM DO DON JUAN


( imagem google )
Vamos encerrar o caso DON JUAN. Vamos matar esse cara. Bem, acho que não fui muito compreendido, embora a grande maioria dos comentários tenham sido divertidos. Tem gente que tem mania de não ler o texto todo e isso é um erro. Eu leio os textos todos, até volto atrás em alguns quando fico na dúvida. Em nenhum momento me chamei de DON JUAN, seria muita pretensão. Como disse, gosto de brincar com alguns personagens. Por exemplo Conde Drácula, Zorro, Mulher Gato. Acho esses personagens bem sensuais. Frisei bem que por minha facilidade de lidar com as mulheres, e aí, citei até minhas irmãs, minha mãe, idosas, alguns brincavam que eu parecia um DON JUAN, cercado de mulheres. Eu levava tudo na brincadeira e dizia. “Eu sou uma ilha, rodeado de mulheres por todos os lados”. Ou. “Calma, gente. Tem pra todas” . Até com minhas irmãs falo isso. É tudo brincadeira, mas até hoje sento no colo delas sim. Devo ter alguma carência de precisar tanto das mulheres. Sempre tive uma no meu caminho. Minhas melhores amizades foram femininas. Um amigo me disse. “Carlos, ou você é gay
ou então é pegador. Só vive cercado de mulheres”. Nem uma coisa nem outra. Só era atencioso com elas e vice versa. Tinha dia que saindo do clube, meus amigos pegavam o último ônibus, eu ficava pra trás porque alguma com medo, me pedia pra levá-la em casa. Eu levava e depois andava uma hora e meia a pé. Tenho sim, sem falsa modéstia, capacidade grande de me adequar às pessoas, principalmente mulheres . E não olho se é bonita, gorda, magra, negra, loira. Sou amigo e pronto. Se vissem minha facilidade com pessoas idosas. Uma senhora me disse uma vez.. “Você bem podia ser meu filho”. Isso, do lado do filho dela, meu amigo. Em contrapartida, minha mãe diz. “O Carlos é um menino muito bom, mas é muito enjoado. Não sei a quem puxou com essa chatice”. Então não sou perfeito, né? Graças a Deus por isso também. Pra encerrar minha possível metidez de ser um DON JUAN, a maioria de meus namoros foram elas que terminaram. Que DON JUAN fraco é esse?
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O FIM DO DON JUAN

Don Juan era um sujeito galanteador, conquistador
parecia um beija-flor
beijava aqui, beijava ali... sem olhar a quem.
Mas todo predador, tem seu dia de presa também.
Foi quando avistou na janela uma linda donzela
e ficou enamorado.
Quem diria,
o grande conquistador, acabou conquistado.
Desde então, Don Juan
não acorda uma só manhã sem pensar nela
e todos os seus galanteios e versos
dentre todas do universo
são somente para ela.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

AINDA SOBRE DON JUAN


( imagem images.teamsugar.com/files )
Bem amigos.Não tive muito tempo ontem. Ainda estou tentando engrenar o ano.. rs rs. Uma hora vai, nem que seja no tranco. É que o ano começou pra mim a todo vapor, muita coisa acontecendo junto e ainda estou me ajeitando pra ele.
Vou dar uma resposta coletiva aos comentários de ontem.
Alguns e algumas disseram que toda mulher deseja um Don Juan, claro, que seja só dela, um amante perfeito, cavalheiro,porque acima de tudo Don Juan é um cavalheiro e é assim que ele conquista as mulheres. E todo homem também sonha ser um DON JUAN, aquele cara arrebatador. Mas ele também sonha, como disse a Luciana do Afrodite, ele não tem as saudades pela manhã, porém todo homem, Don Juan ou não,isso já falando do paquerador incorrigível, sonha sim, de acordar pela manhã com aquela saudade gostosa. Porque um dia cansa e tem hora que dá vontade de deitar no colo de alguém. Até me atribuíram aí um título de MEIO DON JUAN (gostei dessa). No passado já me atriburíram DON JUAN INTEIRO, sinal que estou quieto. Claro que era exagero. Eu falava para as pessoas. "Obrigado por me considerar um título tão nobre, mas não sou nada disso". Como já disse em textos passados, sempre tive relação muito legal com as mulheres, sejam jovens, idosas, brancas, negras, loiras, amigas, mãe, tias, irmãs, professoras, amantes e namoradas, claro. Católicas, evangélicas, espíritas e até uma budista. Essa última, recém chegada ao Brasil, falava muito mal português, eu ensinava nossa língua e ela me dava aulas de budismo, me dava livros, me passava lindos textos orientais... e conselhos também. Todas as mulheres que conheci me davam conselhos. Sei lá por que motivo. Então sempre foi assim. Vivia rodeado delas e todos pensavam que eu pegava todas. Era nada disso. Em síntese, ainda falando de textos antigos, conquistei muito mais amigas, admiradoras, que amantes. E cavalheirismo é quase uma obrigação. E terminando sobre o poema DON JUAN, essa história tem segunda parte. Vocês já imaginaram DON JUAN, o grande conquistador, sendo conquistado? Pois é, vocês já me conhecem e sabem que gosto de brincar com esses personagens. Pois me aguardem. Um abração a todos

PS: Vocês blogueiros são demais.Por isso amo a todos(as).Eu estava meio sem inspiração, não sabia o que postar e pronto... vocês me atiçaram com seus comentários e saiu este pequeno texto.

PS: Posso não ser um DON JUAN, mas que sou mais bonito que esse da foto, sou. E modesto, né? rê rê

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

DON JUAN


( imagem google )
Entre gueixas e sereias,
o desejo de incendeia num simples toque de lã.
Não escolhe, acolhe...
proibidas, comprometidas e donzelas.
No galanteio no ouvido te revelas.
Teu nome é Don Juan.
Quem é esse moço
que sabe ser amado e amante?
Dos cavalheiros, o mais elegante.
Que envolve, que absorve.
Que resolve os anseios delas.
Há suspiros em todas as janelas.
Quem és tu Don Juan?
O que trazes nessa flor?
Uma teia perigosa ou a certeza do amor?
O que queres dessas mulheres
que afloram, se desfloram no teu toque leve como brisa da manhã?
Tuas palavras inebriam mais que o vinho de tua taça
e quando a vontade passa, recomeças o vai-e-vem.
que sabes como ninguém.
Quem és tu Don Juan?
O que trazes em tua maçã?
Todas sabem a resposta:
Noites inesquecíveis... e saudades de manhã

sábado, 2 de janeiro de 2010

O MINEIRIM APAIXONADO E O CIENTISTA


( imagem google )
Discurpa, seu dotô
num vim aqui para brigá
respeito seus diproma na parede,
mas eu tenho sede de saber
do que vi o sinhô falano na tv.
Ara, sinhô falô que essas coisas de emoção
não sai do coração,
que vem de um tar de cérebro que tem uns nerônio,
sei lá o quê.
Intão, o sinhô isprica proquê meu coração
fica uma dorzinha gostosa
quando num vejo minha formosa,
quando tenho sordade dela,
quando alembro dela na janela
isperando eu passá
pra nóis namorá
E quando nóis briga,dotô, é bem pió
aí que meu coração fica com dor.
Discurpa,dotô.
Se o sinhô pensa isso
é proque nunca se apaixonô