ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011 EU QUERO ASSIM...


(imagem google )
Sempre tenho gratas surpresas. Incrível como as pessoas gostam de mim. Digo isso sem nenhum convencimento, é que algumas coisas me fazem até chorar. Não de tristeza eu nunca fui triste, é apenas emoção. É que vira e mexe eu fico sozinho, mesmo com tanta gente gostando de mim. No dia em que fui visitar a amiga que fez cirurgia, encontrei-me com outra amiga que tem um breve poema meu que eu mesmo não tenho. A gente estava numa mesa de bar,entre amigos no fim de ano de 2007. Ela disse. "Está todo mundo na mesa dizendo algo para 2008. E você,Carlos? Escreve algo aí pra gente. Você está tão calado". Simplesmente tirei um papel em branco do bolso, (sempre tenho papel em branco no bolso) e comecei a escrever, não demorando mais que cinco minutos. Perguntaram. "Como você consegue isso no meio de tanta gente e barulho?". Ela me disse no dia da visita à amiga que jamais esqueceu minha resposta. "Foi simples. Essas coisas, essas intenções e desejos precisam estar dentro da gente o tempo todo. Eu apenas passei para o papel o que sinto todos os dias". Ela ficou de me mandar e mandou ontem à noite Abri hoje o email e fiquei muito feliz.
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EU QUERO ASSIM...
Fale-me qualquer palavra
em qualquer língua, estranha ou conhecida,
mas que celebre a vida.
Ou cante qualquer canção
Moderna ou antiga
que me faça uma noite tranquila e uma manhã amiga.
O tom, tanto faz,
mas que seja de paz
Conte-me qualquer história
de fadas ou real,
mas que seja do bem vencendo o mal
Fale-me de pessoas na praça
achando graça, se abraçando de graça.
fale-me de momentos, mas que tenham sentimentos
regados no jardim dos bons pensamentos.
Fale-me filosofias, profecias, poesias
que toquem os anseios meus
e plantem em mim definitivamente o amor.
Fale-me de algo superior,
mas que me lembre Deus.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

VOANDO...


Olá,amigos. Volto em breve. Não pensem que estou parado, estou preparando coisas bem legais para o blog. Todo ano, como todos vocês, faço uma reciclagem, um balanço. Eu já não tenho mesmo o hábito de reclamar da vida e estava só esperando notícias boas de minha amiga para eu dizer que meu 2010 foi perfeito. Agora posso dizer. 2010 foi um ano muito bom para mim, não só pelas conquistas, pelas novas amizades, mas também pelas portas que ele abriu para 2011. É assim que eu vejo. O hoje é semeadura. Como diz certo provérbio. A semeadura é opcional, a colheita não. Por enquanto fiquem com messa bela música do grande Elton John. FELIZ ANO NOVO A TODOS! UM GRANDE ABRAÇO!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TIAU!


Como não ando muito inspirado, ou meio desanimadinho, hoje deu vontade de recordar. O poema abaixo foi meu primeiro. É igual ao comercial do sutien, o primeiro poema a gente nunca esquece. Só não me lembro direito com que idade. Meus cabelos ainda não eram de prata e eram mais longos, quase cobrindo os olhos. Todo jovem é assim, pensa que é meio Sansão. Acho eu estava mais era para Davi. Todo dia um Golias a derrubar. Meu alento é que na minha mira também sempre teve uma estrela.

O SONHO DAS ESTRELAS.

Eu queria ser uma estrela,
aliás sou... e que brilha até.
Mas nesse céu de estrelas sou apenas mais um,
pois há outras no céu além de mim;
então passo a ser uma estrela comum.
Eu queria ser uma estrela, mas uma estrela única .
Tão maior, tão melhor...
não por egoísmo, vaidade ou poder,
apenas para todo o universo ver
o brilho que posso fazer.
Eu queria ser uma estrela única...
tão brilhante que iluminasse as outras estrelas,
que meu brilho tirasse o mundo do escuro.
Brilharia pra clarear pensamentos
para nesse clarão aliviar os tormentos.
Eu queria ser uma estrela, mas uma estrela única.
Tão estrela a ponto de ser amado pelas próprias estrelas.
que todas elas me vissem, me sentissem.
Êta sonho difícil, impossível talvez
porque as pessoas não têm muito tempo de olhar para o céu ,
pois estão todas preocupadas em serem estrelas.
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Esse blog vai dar um tempo. Uns 15 a 20 dias. Não, não são férias, quem dera. Preciso redirecionar algumas coisas, dar uma ajeitada na bússola. Sim, bússola mesmo, não tenho GPS. Mundo tão digital, coração analógico. É uma coisinha que fica num 'tum tum tum poético' dentro do meu peito e que norteia minhas ações. Coração de poeta não bate, declama.
FELIZ NATAL! No verdadeiro sentido da palavra. Que a Estrela que brilhou no oriente ilumine o caminho de todos.
TIAU!

(Em tempo.Darei uma passadinha aqui para dar notícias de minha amiga)

domingo, 12 de dezembro de 2010

SÓ ELA SABE


Mais uma vez é ela quem me acode
Só ela sabe, só ela pode.
Em dias escuros e noites frias,
só ela deita em minha cama
só ela me traz alegria.
Só ela me inflama quando pareço gelo
Só ela me desperta sonhos e me livra do pesadelo.
Ela senta-se à minha mesa, fala comigo da vida, da beleza
quando a certeza por entre meus dedos escorre.
Só ela me socorre.
É ela quem me entende
quando minh’alma se rende a uma dor sem fim.
Eu nasci para ela e ela para mim.
Ela é meu tudo, meu escudo, amparo na solidão.
É assim que eu brinco de ser feliz...
recolho-me à minha poesia,
meu coração é quem diz
ela é minha melhor ilusão.

sábado, 4 de dezembro de 2010

UMA SEMANA EM VÊNUS- QUANDO EU TE ENCONTRAR


( imagem fotos_net_oo6- google )
Não. Não peguei nenhuma espaçonave, nem fui abduzido por algum disco voador. Embarquei na minha imaginação que voa mais longe que qualquer cometa, que vai aonde se esconde a última estrela e que vai até a curva do vento. Foi assim que conheci Vênus. Não o planeta, mas a deusa e ela me disse algo especial. “Para amar uma deusa é preciso se portar tal qual”. Quando eu quis dizer “eu não sei me portar tal qual”, ela disse logo. “Simples. É só despir-se”. “Despir-me? Simples assim?”, pensei. Ela disse. "Despir-se não de roupas, mas de preceitos, de medos, é preciso ser intenso". Então eu tentei, digo, continuo tentando. Vez em quando faço uns poemas sensuais como esse, foi ela quem me ensinou.

QUANDO EU TE ENCONTRAR

Quando eu te encontrar
serás rainha...
do meu dia,da minha noite
só beijos como açoite.
Também serei teu dono
Amarei-te sem perdão
ficarás trancada em meu coração.
Quando eu te encontrar
serás amada,serás amante
como nunca foste antes.
Serás menina mimada
alucinante e alucinada.
Vou pousar em tua flor
como passarinho atrevido que busca o mel,
o néctar do seu amor.
Quando eu te encontrar quero tudo.
Quero boca,quero olhos
quero teu corpo e teus cabelos .
Serás deusa... e eu obediente
atenderei teus apelos.
Quando eu te encontrar
vou ser gigante domado
vou ser menino em desatino,
deliciosamente perdido
entre braços e pernas
com tal afã
que nem veremos nascer a manhã.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

CASAIS MODERNOS (Vamos brincar um pouco, essa vida está muito séria))


O marido cheio de “más” intenções abraça a mulher por trás dizendo.
-Amor, vamos trocar de posição hoje?
E ela responde.
-Vamos. Eu fico deitada no sofá vendo futebol e você vai pro tanque.
//////
Essa é antiga, quase todos sabem.
O casalzinho de namorados sentado na praça, a menina olha pro céu e pergunta, toda romântica.
-Mozinhooooô... por que será que a lua se escondeu?
E o cara ainda mais romântico, cheio de tato, responde.
-Ora, minha princesa. Com certeza a lua está com inveja de sua beleza.
Vinte anos depois, casados, sentados na varanda, ela pergunta.
-Benhêêê. Por que será que a lua se escondeu?
E ele sem nenhuma paciência, responde.
-Não está vendo que vai chover, sua burra?
//////
No leito de morte, o marido olhando a esposa sentada ao lado na cama. Ele começa
-Mulher. Estive pensanndo aqui nessa cama para morrer. Em todos esses anos você sempre esteve comigo. Nos piores momentos.
E ela interrompe.
-Ora, marido. Não fale disso agora. Eu estava no meu papel
E ele.
-Que nada. Preciso falar tudo o que sinto. Não posso morrer sem dizer isso, é importante para mim.
Ela acaba concordando
-Pois bem, se lhe fará bem, fale.
Ele continua.
-Lembra quando fiquei desempregado e quase passamos fome? Você estava comigo.
E ela humildemente.
-Sim, eu estava.
-E quando capotei o carro dando perda total? Você também estava ao meu lado.
E assim foi. Ela sempre concordando com a cabeça, ou dizendo “sim, eu estava”.
-Quando me meti na política, arranjei empréstimo, não fui eleito, fui à falência... e você estava ao meu lado.
A esposa se emocionando deixando cair lágrimas.
-Quando abri uma lojinha de calçados e ela pegou fogo... você estava ao meu lado.
Ela cada vez mais emocionada
E ele completou.
-Depois de tudo isso, mulher, cheguei à uma conclusão.
Olhando nos olhos dele, esperando uma declaração de amor, ela pede.
-Fala, meu amor. Fale tudo que seu coração sente. Diga a que conclusão chegou.
-Cheguei à conclusão de que você me dava um azar do caramba.
/////
Situação parecida, o marido no leito de morte, resolve se penitenciar à esposa.
-Amor, sei que vou morrer e preciso lhe confessar uma coisa.
Ela sabendo do estado do marido tentou lhe poupar.
-Não. Não quero ouvir confissões no estado que está. Vai se martirizar pra quê? Seja o que for já lhe perdoei, meu bem.
- Mas, eu insisto, meu amor.
Já que era importante para ele, ela consente.
-Pois bem, fale, sou toda ouvidos.
Segurando firme na mão dela, ele começa.
-Lembra da Ritinha da mercearia?
-Claro que lembro- responde a esposa.
-Pois me perdoe. Aquele corpo foi meu.
A esposa perdoou, não fazia mesmo mais diferença. E ele prosseguiu.
-Lembra da Joana, professora particular do nosso filho? Aquele corpo também foi meu. Perdoe-me por favor.
-Claro que perdoo.- Disse a esposa. Só que ele tinha mais.
-Até sua prima Luzia. Desculpe, mas aquele corpo foi meu.
Minutos de silêncio e ele retoma a conversa.
-Mulher, já que vou morrer mesmo e estou fazendo confissões e nada vai mudar mesmo entre nós, diga-me ... e você, ao longo dessa vida, já me traiu também?
E ela.
-Lembra quando a gente morava perto do Corpo de Bombeiros? Pois é. Aquele corpo também foi meu.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

COISAS DE POETA II


Esse também é um caso recente. Já cheguei à conclusão de que tudo que faço meticulosamente, dá errado, e claro, tudo que deixo acontecer espontâneo, as coisas que nem estou aí para elas, que nem lembro, saem melhor. Parece que a vida me permite ser um pouco moleque. Acho mesmo, pois ainda tenho muita sorte, mesmo não ligando muito de abraçar as coisas. Estou vivendo em outra cidade, trabalhando com outras pessoas, tudo muito diferente, e é natural que eu tente me adaptar ao novo que se faz em minha vida, qualquer um faria assim. Só que “pau que nasce torto, morre torto”. Melhor, poeta que nasce torto, morre torto. Vez em quando emerge o poeta, superando o profissional, o cidadão comum. Até já ouvi por aqui que sou ‘voado’. Gozado, acho que já ouvi isso antes... algumas vezes rs rs. Ora, eu não posso ser voado no trabalho, e não sou mesmo. Sou voado no que a maioria das pessoas se concentram. O importante é que as pessoas que me chamam de voado, tanto do passado como de agora, também me chamam de inteligente, de bom rapaz, de bom funcionário... e até de bom partido he he. Como eu rio dessas coisas. Vamos ao fato.
Acordei cedo, alías já havia dormido cedo, ia trabalhar antes do horário. Viram como no trabalho sou responsável? Fui chamado à uma festa e não fui porque precisa madrugar. Sentei-me ne cama, fiz pequena oração. Procurei chinelos, calcei, fui direto à escova. Rosto lavado, dentes escovados, tomei um gole de água levemente gelada.. Tenho esse hábito. Toalha limpinha para tomar um belo banho. “Não, sabonete comum hoje não. Vou pegar aquele de aromas”. Um banho de vinte e cinco minutos. Só de água no rosto foram uns dez. Cantarolei umas canções antigas enquanto sentia a água acariciar meu corpo. “Ô banho gostoso”. É verdade, eu falo em voz alta comigo, é um jeito de não me sentir muito sozinho. Enxuguei-me cuidadosamente, entre os dedos dos pés, atrás da orelha . Perfuminho bom. “Onde está meu uniforme?”. Dobradinho no guarda-roupas, calça e camisa cheirosos e macios. Peguei só a calça, pois ainda faria um café e não queria vestir ainda a camisa, era uma chance a menos de amassar ou sujar. “Quando for sair visto camisa. Só de calça e chinelo portanto enquanto esquentava leitinho para tomar com achocolatado, acompanhados com meio pão com manteiga. ”. Por quê tudo isso? O chefão vinha para dar uma reunião geral, com instruções gerais, novidades na empresa, etc. Sem contar a esposa e o “Tiarlie”, o cachorro que pensa que é gente, lembram? Agora meu check-list. “Já desliguei fogão? Já. Já desliguei ventilador? Já. Janelas dos fundos, já fechei? Já. Abri a toalha para enxugar no varal do meu pequeno apê? Abri. Tv desligada. Água na geladeira. Guardei a manteiga. Passei água no copo. Tudo certinho. Se mamãe visse agora ia ficar orgulhosa”. Ou então com muita raiva, pois quando era pequeno não fazia nada disso. Coitadas das mamães. Olhei as horas na parede. 06:20h. Eu estava adiantado, o carro passaria às 06:40h. Fui andando devagar , porém uma sensação estranha me acompanhou até o ponto de pegar o carro de que estava me esquecendo de algo. Busquei e rebusquei na memória e nada. Caso me lembrasse teria tempo de voltar em casa. “Ah, não deve ser nada importante, as coisas essenciais eu cuidei”. Vem de lá o carro, entrei, dei bom dia e todos responderam bom dia, rindo ou tentando não rir. Uns até com a mão na boca. Um disse. “Bom dia Carlos. Dormiu bem?”. Respondi na maior naturalidade. “Claro. Dormi demais. Rapaz, acho que dormi antes de dez horas”. Outro completou. “ Pode ter dormido bem, mas foi no mato. Você nem penteou o cabelo”. Risada geral. “O quê?”, falei espantado. “ Ah , então era isso, esqueci o cabelo”. Olhei rápido no espelho. Eu parecia um ouriço. Quando chegamos, a menina me emprestou um pente e me arrumei . Já me aconteceu isso, há muito tempo na juventude, quando meu cabelo era bem maior e mais encaracolado. E a cena foi pior naquele tempo. Felizmente agora está bem menor. Imaginem se fosse como na foto acima. Pois é, foi nesse tempo a primeira vez.