ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ELOS


( imagem google )
ELOS

Letras se juntam e formam palavras,
palavras formam frases.
Mãos se unem e fazem uma oração.
Preto e branco no piano formam a canção.
Cores se misturam num mar de flores
formando um lindo jardim.
Depois da chuva
um arco-íris diverso
pinta o universo de norte a sul,
combinando o verde,o amarelo,o azul.
E eu vejo nessa aquarela
um exemplo pra gente,
a coisa mais bela que se pode sonhar...
seres humanos fazendo corrente,
como as flores,como as letras,como as cores,
numa mesma canção,
numa só oração,
afinal, elos separados, são elos em vão.

FELIZ NATAL A TODOS!!!
Estou meio sem net, por isso não os tenho visitado. Obrigado pelas mensagens bonitas. Fiquem com Deus!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

FOI JOHN LENNON QUEM DISSE



Uma re-postagem. Hoje completam 31 anos da maior covardia de todos os tempo contra uma artista. Ainda tenho minhas dúvidas se foi mesmo um fã maluco que o matou. Talvez a bala tenha saído sim de sua arma, mas a ideia... sei não, viu?

Quando John Lennon falou
que não era o único sonhador
não sabia o quanto acertou.
Os sonhadores estão por aí a cada dia mais .
São pequena minoria é verdade,
mas, ai da sociedade se morressem todos os ideais.
Foi John Lennon quem disse
que não é assim tão difícil
que basta dar uma chance à paz.
Jogar certo os jogos da mente,
não de forma individualista, mas altruísta.
Poder para o povo.
Já que deu tudo errado até agora... começar de novo.
Imagine e tudo será feito
O novo brota dentro de cada peito e se espalha
enxovalha todo o planeta,
e o que era difícil, fica fácil,
o ruim fica bom.
Ainda bem que aquela bala
não calou a música do John.

Nota: Eu também estou muito feliz de não ser o único sonhador.

Idéias extraídas de algumas músicas de John Lennon."Imagine,Power to the people,The war is over,Mind Games"

sábado, 3 de dezembro de 2011

RECICLAGEM



Chega dezembro e é quase invevitável fazer uma reciclagem do que se passou, embora eu nao goste muito disso, pois reciclagem tem uma tendência mesmo que suave de nos levar ao passado, e passado, se a gente deixar tomar conta e a gente se esquece do futuro, e o que é pior, esquece até do presente, esse sim o mais importante. Esse ano de 2011 foi atípico para mim, embora pensando assim rápido quase todos os meus anos foram assim, temperados de extremos, de divergências e convergências, de alegrias e tristezas. Estive no olho do furacão, lutei sozinho contra muitas coisas, mas isso foi bom, testou minha resistência e depois de alguns arranhões posso afirmar que me saí bem, mas teve momentos que quase fraquejei. O furacão ainda não passou todo, ainda joga umas rajadas de vento no meu peito que me assustam um pouco, mas o que seria de um pássaro se não fosse o vento? Sendo assim, uso o vento como impulso para meu próximo voo, ainda que turbulento. Sobre trabalho, foi tranquilo, não trabalhei muito esse ano , eu que vinha havia seis ou sete anos sem férias, nesse fiquei bem folgado. No próprio trabalho teve alguns desafios e eu os superei. Na parte literária, com certeza esse foi meu melhor momento quando lancei meu livro. Nâo vou me apegar a detalhes, apenas digo que foi muito bom e por mais que eu tenha me preparado para o dia, foi muito mais emocionante do que eu pensava. Tive algumas decepções, justo quando eu mais precisei, pessoas próximas que diziam gostar de mim, sumiram. Infelizmente enfrentei hipocrisia, cinismo, inveja, quanto mais falo contra essas palavras, mais elas me perseguem. Fui deixado de lado no meu melhor e no meu pior momento. Na hora de comemorar olhei ao lado e as pessoas não estavam. Na hora do apoio, olhei de lado e as pessoas estavam. Não para ajudar ou apoiar, mas para julgar, condenar , rir, execrar. Estou falando mais especificamente do meu livro, houve um boicote cruel, típico de gente mesquinha que até então caminhava comigo e torcia para meu grande dia. De tudo tiro algo bom, meu coração tem uma peneira que separa o joio do trigo, e na hora certa, sobre ela só ficarão as verdadeiras amizades, o resto vai para o lixo. Em termos gerais, considero que o ano foi bom, Deus, o único que tem o verdadeiro poder e discernimento de julgar, tem me ajudado como sempre, sabendo de minhas fraquezas, mas também de minhas virtudes, pois Ele também tem uma peneira que separa o bom do ruim. A grande notícia é que estou preparando o lançamento de mais dois livros para 2012, é isso que me move: A poesia, e nada vai me tirar isso, nem a inveja, nem a hipocrisia, ela é meu escudo e alento contra sentimentos negativos. Viva Deus! Viva a poesia! Viva Carlos... esse garoto sonhador, que carrega dentro de si a a difícil utopia de um mundo mais fraterno, com menos sentimentos ruins.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PROTESTO DE UM CANHOTO



(imagem materiaincognita.com.br)

Gosto muito de ser canhoto, e tem sido assim desde criancinha, tanto que durmo do lado esquerdo da cama, deito-me sobre o ombro direito para que o braço esquerdo fique livre, e se ando do lado de alguém, fico sempre à esquerda, e assim é em todos os lugares onde sento ou me posiciono. Eu tirava a maior onda por escrever com a mão trocada, por ser diferente dos outros meninos. O engraçado é que eles diziam: "Você é o único que tira onda e niguém fica com raiva, porque você é gente fina, sabemos que não faz por mal". É verdade, eu era um liderzinho deles, mesmo sem saber que era. O bom é que o tempo foi passando e fui ouvindo essa frase outras vezes, de pessoas diferentes, em fases diferentes. Voltando à infância, alguns adultos, se não me engano, minha mãe e alguma de minhas irmãs ficavam pegando na minha mão direita, me forçando a escrever com a mão "certa". Que bobagem rs rs. Até mesmo alguma professora tentava, mas eu dizia: "Ah 'fessora, eu gosto de escrever assim, acho bacana". Com meu jeitinho doce e ao mesmo tempo irreverente, um molequinho do bem, fui dobrando todo mundo, os anos foram passando e estou aqui. Estou aqui para fazer um protesto. O mundo é feito só para gente destra. Vejam só. A torneira da pia de meu pequeno apartamento tem a boca para o lado direito, tenho que ficar virando a mão, ou usar a direita, com a qual não tenho muita habilidade, até digo que ela só serve para pegar ônibus... e pra dançar agarradinho, claro he he. Outro dia fui abrir uma sardinha e o abridor também é do lado direito, daí sofri para abrir a lata. No colégio, já no segundo grau, fiz o diretor se virar e arrumar uma cadeira para mim, pois as cadeiras tinham o apoio para o outro lado. Se fosse enumerar, não ia parar aqui, e já que agora é moda, eu considero isso uma espécie de bullyng contra os canhotos. Aí está meu protesto, mas com um orgulho muito grande de minha pequena e lisa mão esquerda: Ela já escreveu muitas poesias importantes na minha vida.
Claro que isso é só uma brincadeira, só queria que vocês soubessem que sou canhoto. Será por quê? Por favor, e se eu tirar uma ondinha de vez em quando me perdoem, igual meus coleguinhas de infância. Não é por mal.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A POESIA QUE DEUS FEZ



( imagem retiradado google- Caso o autor se sinta ofendido ou prejudicado, é só contactar que serão dados os devidos créditos ou retirada a imagem, conforme preferir )

Tentei fazer uma poesia,
mas estava sem inspiração.
Onde está minha poesia?
Busquei na mente e no coração,
tentativas em vão.
Vou falar de quê?
De amor, de saudade, ou de flor?
Do passado sem futuro, do futuro sem passado?
Do presente sem presente?
De algo melancólico, bucólico, ou engraçado?
De mentiras, de verdades, ou de vãs filosofias?
Acho que as três coisas são uma coisa só.
Às vezes, meu peito dá um nó.
Onde está minha poesia?
Vai ser um dia chato, pensei.
Meio triste à janela cheguei,
e de repente, olhando o mundo à frente,
observando a passarada
corrigi minha insensatez.
Hoje não preciso escrever nada
vou ser expectador da poesia que Deus fez.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MOMENTO "THE END"


(IMAGEM image.php)

Às donzelas... as janelas, as novelas,
pois não passam delas.
Aos ingratos... as celas, as mazelas,
são prisioneiros delas.
Aos mortos, aos românticos e aos barcos... as velas,
conforme forem merecedores delas.
Ao menino... as telas, as aquarelas,
pois sabe bem o que faz delas.
Aos amores mal vividos...
as sequelas.

sábado, 5 de novembro de 2011

EU... UMA ILHA



Tudo oco, tudo pouco... e eu tão louco.
Louco de surdez, de mudez, nas teias desse quarto.
A vida me joga um flerte,
e eu inerte, ensaio um sorriso farto,
mas que é vencido pela timidez.
Todo mundo bem, todo mundo Zen,
e eu aquém.
Minha estrela está muito mais além
do que eu sonhava, do que eu precisava.
Ah, como eu queria tê-la! Como eu queria sê-la!
Tudo sem sentido... e tão sentido!
Preciso de qualquer anestesia
para aliviar esse dia... sem gosto, ou de mau gosto.
Olho no espelho e não vejo meu rosto.
Ai, que saudades de mim!
Agora eu sei o que sente o eremita
que não olha para trás numa estrada sem fim.
Seu coração trilha como se buscasse uma ilha
para se esconder um dia,
desdenhando uma pseudo felicidade.
Já o meu coração parece a própria ilha
cercada por todos os lados de carrascos e hipocrisia.
Preciso voltar para a cidade
reinventar a vida... mesmo sem ter poesia.

domingo, 11 de setembro de 2011

FECHE OS OLHOS

Feche os olhos!
Mergulhe no abismo da escuridão, da solidão que às vezes é bem-vinda.
Não fale nada...só escute o silêncio, o som do íntimo...
de dentro para fora, não de fora para dentro.
Deixe fluir qualquer coisa de seu coração, há tempos ele não fala.
Porque nunca fecha os olhos pra falar consigo mesmo.
A visão nos cega, o óbvio escraviza.
Nós mesmos preferimos assim, criamos tudo isso.
E se criamos, podemos desfazer... é só fechar os olhos.
Você consegue ouvir a folhagem das árvores... o vôo da borboleta...
percebe até os insetos.
A brisa suave acaricia seu rosto... há tempos não sentia isso.
Veja como tudo ficou calmo.
Suas antenas naturais, seus instintos estão ligados, despertos.
Sinta à sua volta todas as coisas que não percebe de olhos abertos.
Não, não tente voltar atrás para recuperá-las.
São como as ondas do mar... vem e vão... vão e vem.
Apenas se prepare para a próxima onda.
Você agora é um barco... sua bússola é o sentimento.
Puxa, como é grande o oceano!
Seria assustador se não fosse lindo.
Agora você é um pássaro... altivo, festivo, voando alto olhando os seres lá embaixo.
Perde-se no horizonte, pousa nos montes, cruza o arco-íris, bebe das fontes.
Como é grande o céu!
Seria assustador se não fosse lindo.
Agora você é uma poesia, ou uma canção, cheia de notas e rimas, abertas ou em falsetes.
Dentro de você agora há um perfeito concerto.
Puxa, como é grande a inspiração!
Seria assustadora se não fosse linda.
De olhos fechados você é tudo, pode tudo num instante.
Pode ser flor... pode ser folha ao vento.
Pode ser palhaço, pode ser Peter Pan.
Pode ser menino, pode ser gigante.
Puxa, como é grande a imaginação!
Seria assustadora se não fosse linda.
Você abre os olhos... agora é um ser comum.
Na multidão, apenas mais um
que não escuta, só grita, que não afaga, só bate
que não planta, só arranca com mão destruidora
que buzina e acelera pra lugar nenhum.
Volta à vida normal,
que seria linda...se não fosse assustadora.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O EREMITA



Olhou para trás para ver seus passos, mas não os viu mais. O vento os apagou como se eles não tivessem sentido, a areia cobriu tudo que ele percorreu, dando a impressão de que tudo foi em vão. Seus passos agora só existiam dentro de si, desejou arrancá-los também de sua mente, mas isso era mais forte que ele. Onde estavam todas as pessoas agora? Ecoavam em sua mente, só lembranças, vozes, gargalhadas, lamentos, imagens pálidas, nada mais era palpável. Olhou à direita, à esquerda, e contemplou o vazio. Como vazio é grande! Como o vazio é pesado! O sol escaldante era menos cruel que tudo isso, a areia do deserto queimava menos em sua pele do que a areia do tempo. Pensou em encostar, não havia paredes. Pensou em chorar, não havia ombros. Recuperou-se do breve momento de fraqueza, balançou a cabeça e a alma, desvencilhando-se do surto de tristeza. Nunca se permitira ficar triste, nunca tivera muito tempo para isso, passou a vida toda cuidando de seus passos... mas onde estão aqueles passos? Apesar do deserto impiedoso, não sentiu sede, pois uma sede maior o movia, a sede dos acostumados a caminhar sozinhos. Olhou adiante, vislumbrou um horizonte confuso, difuso, mas era o único que tinha, e seguiu em frente. Andou, andou, andou... até ser engolido pela solidão do deserto. Como se tivessse direito, pediu ao vento que apagasse também suas últimas pegadas. Nunca teve certeza se o vento atendeu seu pedido, porque nunca mais olhou para trás.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NO OLHO DO FURACÃO


( imagem fiocruz.br )
Ando meio assim...
Como a palmeira
oscilando entre os ventos da razão e da emoção
na consciência de estar fincado à minha raiz.
Só assim sou feliz.
Como folha seca que se finge indecisa
e vai aonde quer
gosto de estar aqui, ali, acolá, obedecendo sim à brisa
mas pronto para o que der e vier.
Se ela se torna furacão
não me importo, assim também é meu coração
Entre os réus do amor sou inocente
também não quero julgar.
Eu sou um balão, sou pipa no ar
sou Fênix reluzente,
não nasci para o solo.
Sou menino renitente,
sou adulto pedindo colo.
Em dias claros sou pássaro atrevido,
em noites escuras sou vagalume escondido
que escolhe quando brilhar.
Talvez não muito compreendido,
isso às vezes dói um pouco,
mas trago no peito um grito rouco
que não me permite calar.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

GAIOLA QUEBRADA


(imagem gettyimages.com / google
Sabiá cantava tanto,
mas eu não sabia que sabiá chorava em forma de canto.
E fui um dia saber:
-Por que canta triste, menina?
Seu choro me desatina.
Assim respondeu sabiá:
- Gosto de você e só tenho uma queixa;
quero ver outros mundos, mas a gaiola não deixa.
Com o coração partido, mas justo, num último abraço,concordei:
- Vá sentir novos ares,cruzar horizontes
beber de outras fontes.
A gaiola ficará aberta e vazia,
para que volte um dia .
A sensação de perda batia em mim,
mas tinha de ser assim.
Era um teste para mim mesmo e para ela.
Passei longos dias na janela
esperando-a voltar...mas nada de sabiá.
Até que um beija-flor me aconselhou:
- Fique triste não! Se não voltou é porque nunca foi sua
e talvez já pertença a alguém.
Então quebrei a gaiola pra nunca mais prender ninguém.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

HOJE EU VOU SAIR NU

Hoje quero sair despido...
de preconceitos e outros defeitos.
De medos, de segredos
De culpas e desculpas.
De egoísmo.
Quero sair despido...
De armas, de carmas, de revanchismo.
Quero andar pela rua de alma nua.
Sentir na pele o vento anunciando um novo tempo...
tempo de se despir...
de maldades, das más vontades.
de amargas saudades.
Hoje quero sair despido
de tesouros, de maus agouros
sorrir pra toda gente
de modo espalhafatoso
dar à vida novo sentido e nova razão
quero tudo diferente
se o mundo for teimoso
vou andar na contramão.
O amor é minha luz
Meu desejo é olhar para trás
e ver todos nus
para fazerem jus
e assim vestirem a vestimenta da paz.

domingo, 14 de agosto de 2011

CERTEZAS DE FILHO


És meu aconchego, meu sossego, meu apego.
Estás no castigo e no conselho.
És meu melhor amigo, és meu espelho.
Ainda que meu caminhar seja torto,
és meu conforto, meu seguro,
pois falas de fé, falas de amor
Na estrada para o futuro, és meu condutor.
Meu norte, meu oriente, meu forte, minha semente.
Ilumino-me no brilho de tua face.
A gente nasce, a vida floresce, a gente cresce
E pelo mundo a gente vai,
mas jamais a gente esquece
do amor que recebe do pai.
CARLOS SOARES DE OLIVEIRA

domingo, 7 de agosto de 2011

VOCÊ JÁ SENTIU DEUS HOJE?


VOCÊ JÁ SENTIU DEUS HOJE?
LIVRO 1REIS 19,9ª.11-13-a

“Naqueles dias , ao chegar a Horeb, o monte de Deus, o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nesses termos: “Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Passado o terremoto, veio um fogo. E depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta”.
//////////////////////////////
Quem quiser copiar esteja à vontade, o “Autor” não processa ninguém por plágio, pelo contrário, Ele quer mais que sua palavra seja divulgada. O livro é o maior best seller da História e chama-se BÍBLIA.

sábado, 6 de agosto de 2011

HOMENAGENS DE HOJE - CLAUDETE E MARLY BASTOS




Claudete do blog VIAS PERCORRIDAS, faz uma mistura bem bolada de poesia e didática. Tem belíssimos e tocantes poemas que às vezes leio até duas vezes. Tem também textos inteligentíssimos que falam de psicologia, filosofia e causas sociais e políticas. Está sempre nos alertando para algo atual e importante que muitas vezes nos passam despercebidos no dia a dia. Nem preciso dizer da boa companheira que ela é, todos os blogueiros dirão por mim. Um dos momentos mais legais que tive no blog foi quando fez uma homenagem bem legal para mim, eu, num blog tão diferenciado como o dela, foi pura alegria. Claudete, um grande abraço e obrigado por sua amizade.

Marly Bastos, essa é fera. A gente se diverte muito, disputando quem é o mais modesto da blogosfera. Entende como ninguém quando brinco sobre beleza e vem junto na brincadeira. Amorosa, delicada com todos, mas mais uma vez, modesto que sou, sinto que tem uma aproximação mais amiga e carinhosa comigo. Marly é de poucas palavras, mas as pronuncia nas horas certas. Tem poemas e textos contundentes típicos de mulher moderna e independente. Correta, gentil, sensível, mas também muito séria sem deixar de ser divertida. E só agora reparei direitinho que ela também é bochechudinha da mamãe. Pôxa, Marly até nisso? Não sei falar muito de Marly Bastos, só que sinto prazer enorme em tê-la entre meus amigos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

HOMENAGEM ANNE LIERI



Anne Lieri, certa vez viu um texto meu, se não me engano “Como se faz um país?”, onde conto uma passagem importante na minha vida e aproveito para exaltar as professoras. Minha relação com professoras, até mesmo já adulto sempre foi muito forte e próxima, alías com professores (homens) também, mas com elas foi ainda mais, me passavam algo maternal. Ela perguntou se podia utilizar para aplicar nos ensinamentos com seus alunos. Fiquei envaidecido. Pensei: Poxa, uma educadora usando um texto meu? O benefício é só meu. Claro que pode”. Depois disso fui acompanhando de perto o trabalho dela e pude constatar sua preocupação com a cultura ,e claro, com as crianças principalmente. Com ose faz um país? Vou copiar de um de meus ícones da literatura: Monteiro Lobato. “Um país se faz com homens e livros”... e com professoras. Anne Lieri, sinta-se abraçada.

terça-feira, 2 de agosto de 2011



Dupla homenagem hoje. Primeiro, Evanir do blog aviagem1.blogspot.com. Justa por dois motivos. Homenageia a tanta gente n oseu blog fazendo uma interação BRASIL/ PORTUGAL, acho legal isso. Eu mesmo já fui homenageado lá. E o principal, esse slide aí do lado divulgando meu livro, ela fez em parceria com a filha. E o mais bonito, foi espontâneo, eu nem sabia, quando vi a imagem no seu blog fiquei muito surpreso e emocionado. Ainda existem pessoas que fazem o bem espontaneamente e sem olhar a quem. Definitivamente, esse mundo tem jeito.
A outra pessoa homenageada é Everson Russo, o Poeta da Lua. Esse apelido carinhoso foi dado por mim. Todos os poetas namoram a lua, todos já fizeram versos para a lua e todos que os que vão nascer também farão. A lua é um tema sem fim. Só que o Everson tem algo especial com a lua, é como se ela fosse coautora dos belos poemas dele, uma parceira dele. Fala com ela, como se ela o ouvisse, eu até fico imaginando a cena: Ele falando e ela prestando atenção. Não é fácil falar com a lua, ou da lua ,sem ser repetitivo... e ele consegue. Só os bons podem. Por isso, não tinha outro apelido mais apropriado. Além disso tudo é homem correto, amigo fiel, sempre atento e preocupado com a turma do blog. Eu mesmo recebi emails dele de apoio em momentos que esquentei a cabeça, também sou prova de outras campanhas que ele sempre começou em prol de um ou outro amigo blogueiro. Estou lendo seu livro, estou quase no finalzinho, não que eu seja lento para ler, é que acabo voltando atrá para reler algumas. O livro é ótimo e eu recomendo. Graças a Deus, O Brasil ainda tem cultura. O LIVRO DOS DIAS DOIS: Eu recomendo. Amizade do Everson Russo: Eu recomendo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MAIS UMA HOMENAGEM


( imagem funscrape.com)
Bem, iniciei uma semana de algumas homenagens. Ai,ai, difícil homenagear a cada um, mas quero dizer que todos são amigos igualmente. Passei e tenho passado muitas emoções desde o dia 7 quando do lançamento do livro, recebi com alegria todas as manifestações de apoio e carinho. Portanto, quem não tiver seu nome citado aqui, não se sinta preterido, a minha consideração é a mesma com todos.
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RIMAS E CURVAS

Delineia curvas em forma de versos
num sensual universo.
Aguça a imaginação, é pura vibração.
Fala de amor com muita propriedade
a inspiração invade todo o lugar
palavras dançam nos chamando também a bailar.
Faz poesia com maestria
iluminando mais um dia na blogosfera
no que escreve é leal, é sincera
é coragem
a poesia é seu espelho.
Eis minha singela homenagem
à poeta SANDRA BOTELHO.
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Um abração, Sandra, continue nos escrevendo suas pérolas

CÉU DE POETA


Céu de brigadeiro é uma expressão muito usada na aviação para definir um céu perfeito, azul, sem nuvens, permitindo assim um voo tranquilo às aeronaves. Ao mesmo tempo homenageia com muito mérito, a patente maior da aviação militar, que é o brigadeiro. Num resumo rápido, a expressão quer dizer que um brigadeiro merece um céu lindo.
Foi aí que pensei deitado no sofá da sala “tentando” ver tv. Tentando sim, porque a tv não tinha nada. Aliás, tinha, mas nada compatível com meus anseios. Eram umas 20:00h. Telejornais repetiam notícias de dias e meses anteriores, ou até mesmo de décadas: o cara matou a ex-mulher, guerras, polícia, bandido e milícia se confundindo em tiroteio no Rio, roubalheira em Brasília, pedofilia, cracolândia, copa do mundo no Brasil, o galã vai casar, a atriz gostosona que se casou mês passado já separou, o outro pulou do vigésimo andar, rainha disso, rei daquilo, crise nos EUA, aids, apartheids. Notícia cultural não vi nenhuma. Que salada indigesta! Mas tudo dentro do “normal”.
Minhas perguntas eram: “E o céu de poeta, como seria? Que céu um poeta merece? Ou que céu ele visualiza com o dom de seus olhos?”.
Então já sem paciência, num gesto de desdém, sem nem mesmo olhar para a tv, apertei o botão do controle remoto, andando, joguei-o sobre o sofá e subi ao terraço, depois de passar na geladeira e pegar uma boa garrafa de vinho e um pouco de gelo. Ah, minha rede! Lá estava ela, aconchegante, doidinha para me abraçar. Moro num bairro comum, popular, mas por sorte com uma visão incrivelmente privilegiada. Minha casa dá de frente para uma serra de 1.123 metros, que fica a sete kms, então fica enorme aos meus olhos e é justamente onde a lua nasce. Não fui direto para a rede. Um certo visual pediu minha atenção. Encostei na paredinha e fiquei contemplando enquanto saboreava o vinho. Que lua redonda! Enorme e dourada! Estava um pouco acima da serra fazendo nela um clarão enorme. Exatamente acima do topo, raios desciam como se estivessem chuveirando a montanha . Estava tão claro, tão límpido que podia facilmente observar a silhueta da serra gigante. Ao fundo, bem distante, uma estrela solitária, diferente das demais. As simpáticas Três Marias. E o imponente e místico Cruzeiro do Sul apontando sul e norte. Outras estrelas, tantas, coadjuvantes daquele cenário, cintilavam, parecendo me dizer: “Eis a sua resposta. Esse é o céu de um poeta”. Coisas que a parabólica não pode captar... mas os olhos do poeta, sim. Os olhos que tudo veem. Os olhos da simplicidade. Um grande pensador já disse: “Onde a ciência pensa em chegar, o poeta já viajou por lá”.
Noite fria, corri para a rede e envolvi-me nela, pois agora podia ver a lua deitado, pela altura em que ela já estava. O vinho já estava no meio. Mais um gole. Mais uns para dizer a verdade.
Um terraço. Uma rede. Uma garrafa de vinho. Uma noite enluarada salpicada de estrelas. Muita tentação para um poeta.

domingo, 31 de julho de 2011

HOMENAGEM


( imagem google )
Essa é uma homenagem dupla à minha amiga muito especial, IRLENE dos blogs...(leneteixeira.blogspot.com e coracoes.blogspot.com)

A BORBOLETA AZUL
Depois de uma noite insone
deitado em meu divã
mal veria chegar a manhã
não fosse a borboleta azul.
Pousou em minha janela, invadiu meu lugar
nessa doce invasão me chamou pra brincar
me convidou a dançar no horizonte azul,
a ver a vida lá fora a todo vapor.
Me chamou de amigo, me falou de amor.
me chamou de anjo, de menino, de querubim
e eu disse: quero sim.
A borboleta azul sorriu para mim. A borboleta azul gostou de mim.
No nosso passeio por aí
disse-me que não posso desistir.
- 'Põe uma coisa em seu coração, menino. E também em sua mente.
Sorrir e chorar, fazem parte do destino.
Impossível sorrir sempre,
mas é bobagem chorar eternamente'.
Propositalmente agora, a cada dia que nasce
deixo aberta minha janela, esperando a visita dela, a borboleta azul
para azular minha aurora
que pouse em minha face e me leve de novo a viver um sonho azul.
Pois sou assim, facilmente fico feliz
se me chamam de menino, de querubim... quero bis
quero sim.
//////////////////////////

UM SOM PARA O MEU CORAÇÃO
Eu quero um som para o meu coração.
Que me amanse, para que eu alcance
a plenitude da mais pura emoção.
Não quero farpas,
Quero a paz dos campos, chamar de amigos os pirilampos
quero som de harpas embalando meu sono.
Não quero buzinas, quero uma voz de menina
que sussurra, me alucina
e me tira do abandono.
Passarinhos na janela
me cantando que a vida é bela.
Não quero ira.
Quero toques de lira embalando cânticos
Quero dançar nas notas de violinos românticos.
Ah, quero nessa vida, só harmonia.
Se houver sinfonia quero a nona de Beethoven.
Tcham, tcham, tcham, tcham
e vem mais uma emoção
meu íntimo guarda tudo
que meus ouvidos ouvem,
por isso quero ouvir algo bom
pode ser em qualquer tom, mas que toque meu coração.
////////////////////////////////////////////////////
OBRIGADO, IRLENE. Você é uma grande amiga!! Deus lhe abençoe!!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O DIVÃ DO AMOR- UM DIVÃ PARA DOIS ( PARTE FINAL)


( Imagem arquivo pessoal - UM DIA DE NARCISO )

Foi um processo lento, passaram-se uns meses, ocorreram dezenas de sessões de terapia, mas Sandra aos poucos foi se soltando, se recuperando de um baque até então considerado por si como insuperável, tanto que Doutor Carlos comentou. “Tenho notado sua evolução, ainda faltam alguns detalhes, mas estou muito feliz com o resultado até aqui. Não vamos pular degraus, é passo a passo. O importante você conseguiu, devolver a si mesma a autoconfiança. Sandra não sabia por quê, mas sentia muita segurança ao lado dele. Quando ficava sozinha ainda sentia vazios, melancolias, quedas de humor, mas ela mesma sabia que havia melhorado, pensava sempre na voz meiga e rouca do doutor, dizendo palavras de incentivo o tempo todo e não se permitia mais chorar. O médico amigo devolveu-lhe uma centelha de vida. Quase sempre era a última cliente, gostava disso, pois as sessões invariavelmente se alongavam e nem percebiam. Numa dessas, doutor Carlos olhou o relógio na parede. “Puxa vida, já são 20:00h”. Ainda brincou. “Meu estômago gritou que já é tarde. Aceita jantar comigo?”. Tímida no olhar, mas meio saltitante por dentro, respondeu. “Mas assim... de repente, sem tomar um banho?”. Dando-lhe a mão para erguê-la do divã, convenceu-a. “Não faça cerimônias. Fosse um jantar programado tudo bem, mas estamos aqui agora, os dois com fome e estou lhe convidando para jantar. Lembre-se, não faz parte da sessão de terapia, mas de experiência pessoal, as melhores coisas são as de improviso, pois nos pegam tal qual somos e estamos. A não ser que minha presença não lhe agrade”. Ela sorriu, ainda tímida. “Ora, sua presença me faz muito bem. Pronto, aceito”. O jantar ainda foi meio profissional, vez ou outra uma pergunta particular em alguns momentos de descontração. Mais algumas sessões e o doutor investiu. “Amanhã não tem sessão, mas podemos jantar de novo”. Sandra sentiu a vida cada vez mais aflorar dentro de si, há tantos anos não jantava com um homem. Ainda tinha um pouco de receio, mas alguma coisa gritava dento de si: 'VAI! VAI!'. Chegou a chorar nos ombros dele que carinhosamente a acolheu. “Ora, que é isso? Não quero ver mais esses olhos chorarem. É só um jantar. Podemos deixar para outro dia se quiser”. Ela se recompôs. “Não, eu quero. Pode me pegar amanhã às 20:00h”. Pela primeira vez doutor Carlos levou-a em casa. Na noite seguinte, Sandra estava linda, um longo vestido vermelho delineando seu belo corpo, uma flor no cabelo. Era sinal de autoestima elevada. Foram a um restaurante dançante e se divertiram muito, mais que isso, se conheceram melhor. Não eram mais médico e paciente, eram homem e mulher. Na mesa, ela se encorajou. “Você tem uns quarenta e poucos anos, ainda é solteiro. Nunca se casou?”. “Fui noivo... abandonado na igreja. E olha que eu não podia pagar um analista. Imagine tudo o que passei para superar. Tudo o que você viveu, eu vivi antes, acho que esse é um ingrediente a mais na minha profissão, eu vivi a experiência. Demorei longos oito anos para me libertar”. Surpresa, ela perguntou. “Como é? Um homem tão bonito, tão íntegro, inteligente, com um futuro belo à frente, abandonado na igreja? Quem é essa louca?”. “Aí que está, Sandra. O amor é um carrasco cego, não seleciona vítimas”. Sandra fez mais uma pergunta. “Quer falar sobre isso?”. De pronto, respondeu. "Não, passado tem que ficar no passado. Olha esse momento lindo que estamos vivendo aqui, é isso que vale. Tome isso como mais uma experiência de vida. Viva o presente, enterre o passado e não especule o futuro. Vamos dançar mais uma?”. A orquestra tocava BESAME MUCHO, mas não se beijaram, apenas sentiram-se um ao outro. Pareciam dois gatos escaldados, ela mais um pouco, mas ele era respeitador. Dias depois, outras sessões, ela já entrava no consultório como se fosse a dona dele. Estava feliz, eufórica. Ele também, seus olhos denunciavam. Deitada no divã ela o esperava olhando-o o tempo todo. Ele aproximou-se, sentou-se na cadeira e perguntou. Como passou esses dias? Dormiu bem?”. Fitou-o por segundos e disse. “Dormi muito mal”. Temendo algum retrocesso, ele ficou preocupado. “Por quê? Algum problema?”. Convicta, ela disse. “Sim. Um problemão. Pensando em você”. Olharam-se... acariciaram-se... e se beijaram. E fizeram amor ali mesmo. Foi a última vez que Sandra Botillo se deitou naquele divã.
Afinal, definitivamente ela reencontrou o amor.

terça-feira, 26 de julho de 2011

DIVÃ DO AMOR - PARTE I


(imagem arquivo pessoal "UM DIA DE NARCISO')

Ela entrou deprimida no consutório, claro, ninguém vai ao analista por estar feliz. Depois da conversa inicial com o médico quando se pergunta os dados básicos, como idade, religião, hobby etc, deitou-se no divã. "Pois bem, o que a aflige? Fale-me de tudo, sem traumas, vergonha, timidez. Está aqui, mais que um analista, um amigo. Fale como se estivesse falando com sua melhor amiga ou amigo", disse o doutor Carlos. Esse doutor Carlos... rs rs... também está em todas, né? A moça suspirou, pensou e começou a se abrir. "Perdi um grande amor há quatro anos e não consigo esquecer. Minha vida desandou, não sei por que ainda tenho emprego, pois ando desinteressada. Nâo saio mais às noites, e se saio, fico entediada, nada me interessa. Choro a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. Ando traumatizada com homens, com eles não quero nem amizades. Sei que preciso reagir, mudar de vida, nascer de novo, mas não sei como. Ajude-me doutor". Doutor Carlos . "Sandra... não me esconda nada. Como foi esse rompimento? O que ele exatamente ele lhe fez?". Pausa de segundos. "Ele me fez feliz, me fez mulher,me fez princesa. Eu não andava nas ruas, doutor, eu flutuava. Para mim só existiam ele e eu nesse mundo. Um dia, sem motivo aparente ou justificável, me disse que não me queria mais, que o amor havia acabado e nao o procurasse. Foi áspero comigo como jamais havia sido. Quando tentei interceptá-lo, teve coragem de me empurrar, eu até caí no chão chorando. Caí e não mais me levantei". Mas você fez algo que se lembre para deixá-lo assim? A ponto de não querer nem conversa com uma pessoa que ele dizia amar?". Sandra Botillo respondeu. "Doutor, tudo que fiz foi amá-lo, e ele também parecia amar. Só sei que minha vida não mais andou. Perdi grandes oportunidades na vida depois disso. Pior, não quero mais nada. Só não pensei ainda em suicídio, acho que nem para isso tenho coragem, até porque estou morta de pé". O analista interrompeu. "Jamais repita essa palavra, a esperança tem que estar acima de tudo, nunca é tarde para recomeçar, passe o tempo que passar. O tempo cura tudo, porém mais que isso, o que cura mesmo é o seu amor próprio. O grande erro das pessoas é centralizar numa outra a felicidade, como se a felicidade fosse diretamente condicionada a essa pessoa, se essa pessoa morre ou se vai, a vida acaba. Os amores é como um pássaro. O coração deve ser ninho e não gaiola. Quando é ninho, o passarinho volta, mas quando é gaiola, jamais voltará, pois não estava feliz ali. Passarinho na gaiola, canta é de tristeza. O amor não é uma pessoa, é um sentimento, está dentro de você. Pode-se perder a pessoa, mas não a capacidade de amar. Guarde o amor no seu peito, como uma joia rara, até que alguém o mereça. E você guarde-se para tal momento. Mantenha-se viva, brinque, alimente-se, passeie, trabalhe, brinque, dance, não se permita morrer". A moça só percebeu que segurava a mão do médico quando ele puxou, dizendo. “Volte na quarta-feira no mesmo horário. Tenha bom dia”. “Bom dia”, respondeu, levantou-se e saiu, sentindo-se um pouco aliviada. (CONTINUA)...

sábado, 23 de julho de 2011

SUCESSO 10 X INVEJA 0


( imagem google )
Esse texto completa um comentário que fiz num blog um dia desses. O tema é inveja(coisa chata falar disso logo agora que estou num grande momento), fala de quanto tempo o invejoso perde na vida, que o invejoso é até digno de dó, etc etc. Eu diria que nem é vida, pois nesse caso tem que ser um invejoso contumaz, viciado na inveja para chegar a esse ponto. Tem vários tipos de inveja. As pessoas não têm inveja só de coisas materiais, ou de posição na sociedade. Tem gente que tem inveja de tudo. Inveja porque o outro tem mais amizades, inveja porque o outro chega num lugar e brilha mais por ter carisma, e por aí vai, inveja de todo tipo. Cremos no amor, na paz, em Deus, mas não podemos esquecer que a presença do ódio é muito forte na humanidade, claro, porque deixamos. Até falam em paz praticando guerra, e não falo só de guerra país x país, falo de guerrinhas das pessoas no dia a dia. A inveja é prima irmã do ódio. O ódio tem várias ramificações, como ganância, incompetência, rivalidade, e com certeza a inveja é uma delas, estando entre as principais origens desse sentimento ruim que eu chamo de ferrugem das relações humanas. Por que a inveja vira ódio? Porque a pessoa inveja tanto e quando não consegue alcançar ou ferir o invejado, toma ódio. Falei das várias modalidades de inveja, mas acho que descobri mais uma. É quando uma pessoa caminha junto da outra, "ajudando-a", e quando esta consegue, fica parecendo que não era o desejo daquela pessoa que fosse alcançado o objetivo. É como se a ajuda fosse só pretexto para ter a outra sob custódia, a mercê. E aí, o que esse novo tipo de invejoso faz? Afasta-se, pois o fato de o outro ter conquistado, incomoda, e o grande tesouro que devia uni-los ainda mais, na verdade os separa. Coisa de doido esse texto, não? Não, coisa de seres humanos. Uma vez cheguei a dizer algo que hoje me arrependo. Modéstia à parte, sempre fui muito invejado, nunca tive grandes posses, mas sempre tive sucesso entre as pessoas . Se estou numa roda, roubo a cena, tudo isso com simplicidade,todos querem perguntar algo ao Carlos, todos querem falar com o Carlos. E olhem que não chego cheio de pompa, não gosto de gente metida ou falastrão, mas sei que tenho meu carisma. Sou o que sou na minha própria medida,sem ferir ninguém e as pessoas veem isso. Também sei que não sou a última coca-cola do planeta, pra começar nem é meu refrigerante preferido. Como disse acima, me arrependo de uma coisa que falei. Que gosto de ser invejado, pois a pessoa só tem inveja daquele que lhe é superior. Isso é uma verdade, mas o invejoso é uma pessoa perigosa e isso vira bola de neve, então retiro o que disse, pois tenho medo de gente assim. Completando, tenho pena sim do invejoso, pois é gente que não está no nosso nível, não de sociedade, pouco me lixo pra sociedade, mas nível de excelência humana, de evolução espiritual, a verdadeira evolução, diferente das vendidas nas vitrines ou nas bancas de jornais. Sim, as melhores coisas, não estão nas vitrines, nem nas banca de jornais. E eu odeio FOFOCA!!! Eis mais uma ramificação do ódio: fofoca. Só sei que ando muito feliz por aí, ninguém vai me deixar triste, eu só quero voar através das minhas poesias que são minhas asas, foi para isso que eu nasci. Não tenho tempo de olhar pra baixo, o horizonte fica na frente.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A ESTRADA DOS SONHOS





Eu vi o menino nascendo.
Eu vi o menino vislumbrando o longo caminho.
Eu vi o menino brincando.
Eu vi o menino sozinho,
eu vi o menino sonhando.
Eu vi o menino sorrindo,
eu vi o menino partindo,
eu vi o menino chorando.
Eu vi o homem renascendo, relendo
refazendo o caminho.
Eu vi o homem sozinho .
Eu vi o homem sonhando.
Eu vi a estrela vindo
eu vi o homem realizando
eu vi o homem sorrindo.
Eu vi o menino e o homem se abraçando,
formaram um poderoso nó
unindo as duas pontas da longa estrada
foi então que percebi, eram um só
pois olhei para trás e vi
que eram as mesmas pegadas.

domingo, 17 de julho de 2011

DVD LANÇAMENTO DE 'O VOO DO BEIJA-FLOR'


Olá,amigos. Um breve dvd com algumas fotos da noite de lançamento. Tem mais fotos que ainda não chegaram, mas não aguentei esperar. Depois ponho mais. Espero que gostem e obrigado por participarem comigo mesmo estando distantes, o que vale é a energia positiva de todos que captei naquele noite única, mágica e inesquecível. vejam como eu estou lindo, não de beleza física, iss eu já sei que sou, mas falo bonito de feliz, tem uma aura linda que algum anjo me emprestou, contornando meu corpo. Eu já vi umas quinhentas vezes,não precisam ver tanto, mas vejam bastante. Um abração geral.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

MOMENTO MÁGICO




( aguardem mais fotos )

Como já disse, por mais que tente, não saberei descrever o evento. Vou tentar. Os minutos que antecederam, foram um misto de expectativa, alegria, emoção e stress. Dirigi por uns dez minutos antes de chegar ao teatro, o carro parecia flutuar pelas largas avenidas. Era como se eu estivesse num grande túnel, enxergando uma luzinha lá no fim. Quando cheguei carregando um punhado de livros, ainda havia pouca gente. Pensei na porta do teatro. “Meu Deus, é hoje o dia. Dê-me forças, controle meu emocional”. Aos poucos, além dos desconhecidos, foram chegando familiares e amigos, alguns até de infância e adolescência. Muito bom vê-los, disseram que outros queriam ir também, mas devido ao trabalho não puderam, mesmo assim eu vi todos ali na minha mente. Primeiro foi a premiação do concurso do ano passado, no qual fiquei em segundo lugar com MIMOS DE DEUS. Recebi ainda duas Menções Honrosas com CARLOS E CARLITOS e HOJE EU PRECISO DE UM ANJO. Portanto fui ao palco três vezes para receber esses prêmios. E ainda tive MIMOS DE DEUS, encenada por um excelente ator. Isso foi de arrepiar. Mas nada se compara ao grande momento do meu discurso antes do lançamento e da sessão de autógrafos. Foram três minutos de êxtase, de auge, eu estava no cume do que tanto esperei. Impossível não ficar nervoso num palco onde já pisou muita gente famosa do teatro brasileiro. No início do evento, a coordenadora perguntou se eu tinha preparado algo para falar, e eu gelei, pois não havia preparado nada. Mas pensei. “Comigo tudo tem ser assim. De improviso, espontâneo, das entranhas”. Isso é bom, pois sai mais real, sai exatamente o que está dentro de você naquele momento. E saiu sim, uma explosão de sentimentos. Fui cumprimentado também por muita gente desconhecida, isso me comoveu ainda mais. A sessão de autógrafos foi uma delícia, agora sim, mais descontraído, mas não menos emocionado. Quem estava ali não era o homem Carlos, e sim, o menino Carlos, pois é assim que me sinto quando estou rodeado de gente. Bem, contei alguns detalhes, alguns fatos, mas a magia que envolveu essas duas horas, essa não sei descrever. Resumo assim: Se eu tiver que escolher cinco momentos mágicos de minha vida, com certeza, esse estará no meio deles. E olhem que minha vida toda foi feita de momentos mágicos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ÊXTASE


Imagem (coração.bazar.com.br- google )

Essa é a palavra para definir o que vivi no dia 07 de julho. Sinceramente, pela primeira vez não estou conseguindo fazer um texto para contar os detalhes, acho que ainda estou no céu. Quando pisar em terra de novo talvez eu consiga. Uma noite mágica. Devo postar fotos e vídeo ainda hoje, no mais tardar amanhã. Vou dedicar essa semana só pra contar aos poucos porque foi emoção demais, me senti muito amado por todos que estavam ali, além disso recebi cumprimentos de várias pessoas desconhecidas. Leiam abaixo meu discurso falando do lançamento do livro. Improvisado, eu não havia preparado nada, mas a emoção estava aflorada em mim, só fiz colocar pra fora o que gritava dentro de mim nos últimos dias que antecederam a grande noite.. Tirando o nervosismo, acho que me saí bem. Esse discurso está em vídeo e postarei breve.

‘Quando escrevi meu primeiro poema... eu era bem garoto... esse poema saiu inteiro, sem rascunhos, sem rasuras, sem ressalvas. Fiquei me perguntando se era eu mesmo que havia escrevido aquilo. Como disse, eu era bem garoto e não entendia. Hoje eu entendo... o poema saiu tão rápido e inteiro porque mais que um poema, era um grito. (desculpem, estou emocionado). E mais que um poema, virou um sonho, uma meta. Enquanto o sonho não acontecia (pausa)... o sonho pode demorar , só não pode morrer dentro de você... enquanto o sonho não acontecia, a poesia foi fazendo outro benefícios em mim. Com a poesia, me senti mais gente, mais homem, mais amigo, mais... crente nas coisas boas. Esse poema começa assim: eu queria ser uma estrela... não no sentido de ser o maior, ou melhor... (desculpem, estou tenso aqui)... mas no sentido de que todo mundo tem brilho, e no caso específico, o meu brilho. Hoje eu estou muito feliz e posso dizer com tranquilidade que estou me sentindo entre as estrelas. Muito Obrigado a todos’.

sábado, 9 de julho de 2011

NOTÍCIAS DO LANÇAMENTO - O VOO DO BEIJA-FLOR

Amigos, desculpem-me pela demora de notícias, ainda estou em Ipatinga e sem net. Posso adiantar que o evento de lançamento foi simplesmente maravilhoso, uma noite inesquecível... ah e não chorei, mas tremi todo na hora do discurso. Graças a Deus arranquei muitos aplausos e ganhei muitos abraços, inclusive de estranhos. Em breve colocarei fotos e vídeo aqui. No mais, agradeço a todos vocês pela força. Um abração geral.

domingo, 3 de julho de 2011

A GUERRA DO JILÓ



Montado numa égua o forasteiro chegou àquela cidade, trazendo no alforje, além de bugigangas, um saquinho de sementes. Todos os notaram, ele passou dando "bom dia". Tinha algum dinheiro e comprou um terreno afastado da cidade. Foi conhecendo pessoas aos poucos, frequentando bares, lojas, igreja. Um dia num bar abriu a mão e mostrou a semente. Perguntaram: "Que é isso?". "Jiló, não conhecem? Um legume amargo muito gostoso no meio do arroz, também pode ser cozido, ou frito, dá um delicioso tiragosto com carne picadinha . Só precisa por na água umas horas para tirar um pouco do amargo, ou não, se preferir". Gritaram logo. "Está maluco, senhor? Não queremos jiló em nosso reino. Não conhecemos, mas já ouvimos falar, dizem que amarga até a alma. Acho bom o senhor guardar isso". Não conheciam, só de ouvir falar, o jiló já era condenado. Oh, seres humanos! O homem foi embora, mas acabou plantando no seu terreno e fez um tremendo jilozal ( existe isso? rs rs). Imaginou que com o tempo convenceria as pessoas a no mínimo provar, daí se não gostassem, tudo bem. Corajoso, levou uns dez jilós para a cidade e pediu ao dono do bar, explicando como fazia, que fizesse uma porção para todos, ainda levou um pedaço de carne. Quando comeram.. "argh. isso é horrível. Olha moço, o senhor está afim de confusão. Por quê não vai embora daqui?". Porém, nem tudo é perdido, alguns dois ou três comeram e acharam uma delícia e comeram de se lambuzar. Assim é a vida, existem opiniões pró e contra, mas cabem todas no mesmo lugar. Vencido pela maioria, mas também feliz por ter convencido alguns, retirou-se mais uma vez. Numa grata surpresa, nos dias seguintes, seu sítio começou a ser procurado. Se antes eram só dois ou três, agora eram vinte querendo conhecer o famoso jiló. Dali uma semana, eram cinquenta. Ôpa, já estava incomodando. O prefeito baixou um decreto. "É PROIBIDO O CULTIVO E COMÉRCIO DE JILÓ NOS DOMÍNIOS TERRITORIAIS DA CIDADE". O forasteiro recebeu ordem judicial para queimar a plantação, e insistente acabou pagando multas e foi até preso por desobediência. Mas acontece que para toda estória e história existe um mártir, existindo mártir, existem seguidores. O grupo de pessoas que gostavam de jiló foi crescendo, aos poucos eram centenas... milhares. Evidente que a oposição ao prefeito engrossou fileiras. Pronto... a cidade estava dividida. Metade pró jiló, metade contra. Pessoas se hostilizavam na ruas. "Olhá lá o comedor de jiló". O outro respondia. "Melhor ser comedor de jiló do que ser almofadinha tomador de milk shake". Virou um Cruzeiro x Atlético... Corinthians x Palmeiras.. Bahia x Vitória... Spor tx Náutico... Grêmio x Inter. O conflito foi inevitável. Vendo que o forasteiro cada vez mais plantava jiló, a turma do contra partiu para invadir a fazenda. Foi jiló para todo lado. Dona Benedita (gosto desse nome, xará de meu irmão falecido, e lembra Bendita, coisas de Deus, assim como gosto de Maria), foi a primeira a tomar um na testa. Pegou uns quatro e jogou na nuca do seu Efigênio que por sua vez atolou um na boca de Genivaldo. "Come, cabra da peste". Gelson acertou um na grande barriga de Adamastor que gritou. "Joga um fritinho na minha boca, seu corno". Seu Zé, coitado, com seus doze graus de miopia, defensor incondicional do jiló teve seus óculos acertados por uma jilozada, caíram e foram pisados. Mesmo não vendo nada, com raiva jogou jiló a 'Deus dará', acertou até nos amigos e quando via o erro, pedia desculpas. E foi assim, mulher rolando no chão tentando fazer outra engolir jiló. Até um cadeirante jogava. Um maluco esfregou a cara do outro no chão do chiqueiro. "Come merda, é melhor que jiló". E tome catiripapo e pescotapa. Jiló no olho, na testa, na boca, na nuca, na bunda. Pode falar bunda? Na tv não é chique falar bunda. Mostrar a bunda pode, mas bonito é falar bumbum. Oh, seres humanos! Que hipocrisia! Só sei que até o prefeito levou. Tomou uma jilozada nos bagos, mas essa ele mereceu, era muito ladrão. Deitou em dores. O assessor que até comia um jilozinho escondidinho em casa, deitou-se sobre ele. "Não, não machuquem o prefeito". Eu hein? Tem puxa saco pra tudo. Por fim, não havendo mais jilós, e exaustos, acabou a briga. Num cantinho, vendo tudo, o único que estava ainda limpinho sem marcas de jiló ou de barro, o forasteiro chorava. Não conseguiu acabar com a intolerância na cidade. Pegou suas coisas, montou na égua, e passando sob olhares curiosos de todos, disse. "O que lhe parece amargo, pode ser doce para mim... e vice versa. O fel é tão importante quanto o mel. Mas que acima de tudo estejam a tolerância, o respeito à opinião e o diálogo. Não precisamos fazer guerras em nome da paz, senão ela terá sido uma paz mentirosa. Paz real só quando for paz geral". E partiu para tentar semear em outros lugares... não o jiló... mas o entendimento humano. (Pensamentos de um Menino Passarinho)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CONTAGEM REGRESSIVA


( música THE FINAL COUNTDOWN - EUROPE )

Faltam 6 dias e algumas horas para um momento muito esperado, e como já disse, por mais que eu tenha me preparado, não sei como vou me comportar. Eufórico? Tenso? Feliz? Emocionado? Frágil? Forte? Talvez um pouco de cada, aliás não sei se em algum momento de minha deixei de ser tudo isso ao mesmo tempo. Espero não chorar para não estragar a maquiagem rs rs. É sério, uma irmã disse que vai me produzir para ficar bem bonito. Se eu ficar mais bonito que isso não vai haver lançamento, e sim agarramento. Brincadeira, é só uma ajeitada no cabelo, um perfume bem cheiroso e uma roupinha bem chique. Foi brincando assim que fui aceitando o adiamento, reciclando, moldando esse sonho até chegar aqui e ver que a estrela que me norteou por todos esses anos, que eu via como um pequeno ponto luminoso, agora está bem próxima, tão próxima que já clareia minha face. Vai ter muita gente me olhando, todos vão querer saber como vou estar, porque me conhecem e sabem de minha espera. Incrível como as pessoas me conhecem! Isso não é tão difícil, em termos de emoções sempre fui um livro aberto, com o perdão do trocadilho. Nesse longo tempo perdi gente, perdi coisas, mas nunca perdi a poesia. Com ela fui mais feliz, mais forte, mais gente. A poesia colocou as melhores pessoas na minha vida. Cheguei a dizer a heresia de que no dia 8 de julho (o lançamento será no dia 7) eu poderia até morrer, pois morreria feliz. Nada disso, quero viver muito, ainda tenho muita poesia dentro de mim, foi só para dar ênfase à importância disso tudo. Foi também enfatizando que não me perdi da poesia, eu não me permitia parar de sonhar. Criei uma ladainha dentro de mim, instalei sinos dentro de meu coração para tocarem todos os dias para que eu não me esquecesse do que eu mais queria. Não vou me alongar, se for escrever nesse post, o turbilhão de coisas que estão acontecendo dentro de mim, vai sair outro livro aqui. Por tudo isso vou recordar alguns momentos ( só os bons) dessa caminhada que foi longa, árdua e divertida, desde os tempos de menino... um menino que não tinha condições... mas tinha asas, asas da imaginação, e ousou se chamar... BEIJA-FLOR.

‘Um dia vou escrever um livro’ – eu, aos 15/16 anos dizendo a um amigo sentados no meio fio de minha casa.
“Quando você fala de poesia seus olhos ganham um brilho diferente”- uma amiga
“Esse é o mundo do Carlos. Muito bacana o seu mundo” – um amigo num stand de livros durante um coquetel de premiação.
“Deixem que lhe xinguem, critiquem, que zombam de você, mas nunca deixe que lhe tirem a poesia. É um dom divino. Ela é sua essência”. – uma senhora, produtora literária de mais de 80 anos também durante uma premiação.
“Você também é poeta? Eu devia ter imaginado, você tem mesmo jeitinho de poeta” – a mesma senhora.
‘Olha que quadro lindo! Foi Deus quem pintou’ – eu mesmo, vendo o por do sol durante o trabalho e que me inspirou OS TRILHOS que fiz em cinco minutos.
“Não tenho filho homem. Tenho três moças que amo. Mas se eu tivesse um filho homem queria que fosse igual a você” – professora Zelina
‘Dizem que voo muito, que pareço um balão, que é preciso ter sempre alguém puxando a cordinha, senão vou longe’- eu mesmo.
“Se eu pudesse lhe ajudaria. Você é um rapaz muito inteligente, mas mais que isso é poeta dos bons. Merecia mais sorte” – professor Jarbas.
“Puxa, Carlos!. Você conseguiu, estou emocionada ( segundos de silêncio). Lembro que era seu sonho, você sempre dizia” – uma amiga pelo fone que localizei e liguei para falar do lançamento.
“Lembra da estátua de gesso do menino jornaleiro? Tenho até hoje. Lembro que você disse. ‘Faz de conta que sou eu distribuindo poesias’. Nunca me esqueci disso”. – a mesma amiga.

Agradeço a todos por estarem torcendo por mim.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

DESTINOS CRUZADOS - FINAL


( imagem google )

Os quatro dias que antecederam a cirurgia ele passou pensativo. Prevaleceu o dever médico, associado à boa índole e aos conselhos de dona Deda. “Vou operá-lo, não vou me revelar, ele que siga sua vida”. No entanto outras indagações surgiram no seu labirinto de sensações . Orgulhava-se de nunca ter perdido um paciente, e se o homem morresse em suas mãos? Dona Deda pensaria que ele o deixou morrer? Fervoroso na fé, orou na véspera. “Cristo. O Senhor que foi o maior salvador de vidas, foi Quem me deu o dom da medicina. Humildemente peço, controle minhas mãos durante a operação, não posso perder aquele homem”. Só não falou de perdão durante a oração, ainda não estava preparado. Perdão tem que ser espontâneo, precisa nascer dentro de você, antes mesmo de ouvir o pedido. Se o perdão não acontece dentro de você, não adianta ficar fazendo permutas. Cinco horas cansativas, mas a cirurgia foi um sucesso. Aliviado com o estado clínico do paciente, simultaneamente uma brisa, mesmo numa sala fechada, passou-lhe pelo rosto e pareceu lhe arrancar algo ruim. Estranha e divinamente não sentiu mais ódio. Isso o deixou duplamente feliz, não o amava, isso ainda era precoce, mas também não odiava. Pelo contrário, nos dias em faltavam para a alta do paciente, mostrou-se empenhado demais, a ponto da enfermeira comentar. “Puxa, doutor. O senhor mal está almoçando, visita esse paciente a cada hora, mesmo fora de risco”. Com um sorriso no canto da boca, respondeu. “Talvez eu tenha me identificado com ele”. O homem ainda não tinha recobrado os sentidos, às vezes ele mesmo o sedava e numa dessas ‘visitas’, olhou-o e murmurou. “Eu o perdoo, pai”. Quando saía do quarto, a voz que nunca ouvira antes, chamou. “Filho, espere”. A voz do pai ecoou dentro de si provocando tremedeira, abalando suas estruturas. Virou-se devagar, caminhou lentamente até a cama. “Como sabe que sou seu filho?”. Ainda grogue de remédios, o velho respondeu. “Sei tudo de você, meu filho. Sei também que devo explicações e um pedido de perdão. Prometi lhe conhecer um dia, mas jamais tentar tirá-lo de Deda, não seria justo. Num dos encontros sua mãe disse à Deda perto de mim. ‘Pressinto algo terrível. Se algo me acontecer cuide de meu filho’. Chorei muito a morte dela. Quando soube que o bebê ficou com Deda fiquei aliviado, pois eu era um irresponsável. Voltei para essa cidade há uns dez anos e por várias vezes escondido na esquina vi você sair e voltar do trabalho. Tive medo de morrer sem pedir seu perdão e agora estou aqui fazendo isso”. Doutor Suarez, interrompeu em lágrimas. “Claro que perdoo, pai. Não quero saber de passado, nem de explicações mais, quero ver no futuro breve, o senhor morando comigo e Deda, temos uma casa enorme”. Abraçaram-se demoradamente. Disse para a enfermeira que entrava. “Cristina. Cuide muito bem desse paciente, ele é meu pai”. E saiu eufórico, falando alto pelos corredores, sob olhares perplexos. “Meu pai está vivo. Encontrei meu pai. Venham ver o meu pai”. Alegria maior teve Deda. “Esse sim é o filho que criei. De bom coração, receptivo, humano. Não sabe como estou aliviada, é como se estivesse recebendo você de volta”. Faltavam poucos dias para a alta, doutor Suarez descansava em casa, quando o celular tocou. “Doutor, venha rápido, seu pai inexplicavelmente entrou em coma”. “Como assim... em coma? Ele estava tão bem. Estou indo”. Em alta velocidade passou sinais vermelhos, quase bateu o carro e entrou às pressas no hospital. No quarto, enfermeiras tentavam de tudo. “Deixe comigo, com licença”, disse. Dezenas de massagens toráxicas, oxigênio, choques, e tudo que eram tentativas de reaver o pai foram repetidas incessantemente, inultimente, mas ele não parava. Até que a enfermeira, pôs a mão em seu ombro. “Não adianta, doutor. Sinto muito, ele morreu”. Aos gritos ,debruçou-se sobre o corpo inerte. “Não... não... pelo amor de Deus. Não me deixe de novo, pai. Vamos morar juntos, a gente combinou”. Sem resposta. As enfermeiras o abraçaram chorando também. No fim do sepultamento, abraçado à mãe Deda, comentou. “O melhor médico não conseguiu salvar o pai”. Dona Deda o corrigiu. “Não diga isso. Tudo isso estava traçado, essas coisas não nos pertencem. Deus permitiu que ele vivesse mais uns dias para lhe dar a oportunidade de perdoá-lo. Saiba que ele mesmo se penitenciou todos esses anos, e morrer com seu perdão foi a absolvição para ele, pois passou a vida preso em culpa. E você por sua vez, não ficou diminuto como médico, mais dia menos dia algum paciente morreria em suas mãos. Ao contrário disso, você cresceu como gente, pois o perdão ao mesmo tempo que liberta quem pede, dignifca quem o concede. Eu me sinto honrada de meu destino ter cruzado com o seu”. Foram para casa abraçados. Um grande filho, uma grande mãe.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

DESTINOS CRUZADOS - PARTE II

Dois anos se passaram. Era plantão do Doutor Carlos Suarez, numa noite tranquila, mas não imaginava que aquela noite mudaria para sempre sua vida. Passado, presente e futuro brincam de ciranda com a gente e nem perguntam se a gente quer brincar. O interfone interrompe a calmaria. “Atenção, doutor Suarez, favor comparecer urgente à UTI”. Levantou-se rápido e foi atender o chamado. Chegando à sala, perguntou do que se tratava, a enfermeira respondeu. “Infarto doutor, o homem está mal. Fizemos atendimento de emergência, mas acho que não vai aguentar”. “Deixe-me ver”. Quando chegou perto do paciente sem camisa, um homem aparentando uns sessenta anos, o mundo parece que lhe caiu nas costas. O homem tinha uma mancha no peito idêntica à dele. Ficou atônito, trêmulo, enquanto o paciente agonizava no leito. Não resistiu, afastou-se e sentou balbuciando coisas como... “não, não pode ser” , até que a enfermeira o despertou. “Doutor, o homem está morrendo... Doutor, o senhor está bem? Doutor Suarez, o homem precisa de socorro... doutor... doutor”. Foi preciso sacudi-lo para voltar ao normal. Controlando a tensão, começou a pedir os medicamentos de urgência e até desfibrilador acabou sendo necessário. O homem chegou a apagar, mas o Doutor Suarez era o melhor, e salvou a vida do homem. Situação acalmada, disse ao grupo de enfermeiras. “Ele não suportaria uma cirurgia hoje, está muito debilitado, eu o induzi ao coma, está sedado e estabilizado. Verifiquem a pressão de hora em hora. Vou passar a medicação para vocês”. No prontuário pôde confirmar. O nome do paciente era Heitor Villanueva... seu pai. “Boa noite para todas”. Disse isso e se afastou tentando disfarçar as lágrimas, mas a amiga e enfermeira chefe, viu e foi até ele. “Algum problema, doutor? ”. Respondeu com a mão no ombro dela. “Destinos cruzados, amiga”. Chegando em casa foi ao quarto da mãe para beijá-la como sempre fazia, mas ficou na porta olhando-a dormir, chamou-a de anjo em voz baixa, visualizou a cena da mãe legítima agonizando nos braços dela, e chorou muito. Passou a noite em claro na janela. De manhã não deu uma palavra e Dona Deda o olhava o tempo todo. Mãe tem disso, percebe as coisas. No hospital, após constatar que o paciente estava estável, renovou a medicação e pediu para ficar sozinho no quarto, e como se ele o ouvisse, perguntava. “Como pôde ser tão canalha abandonando minha mãe grávida?”. De noite, não escapou de Dona Deda. “Sonhei que você chorava e hoje está tão diferente”. Não havia mais espaços para segredos. “Estou com um homem em coma chamado Heitor Villanueva,.. é meu pai. Daqui a cinco dias terá que ser operado e não me vejo em condições para isso, nem sei se quero, pois o odeio cada vez que imagino minha mãe, parindo na rua como animal e morrendo como mendiga. Tive vontade de sufocá-lo com o travesseiro. Vou passá-lo para outro médico, pois sou capaz de matá-lo durante a cirurgia”. Dona Deda, assustadíssima, pálida com o que ouvia ainda teve forças para corrigi-lo. “Não faça isso. Esse não é o filho que eu criei. Você é homem bom e acima de tudo tem seu dever de médico que é salvar vidas. Não mate sua segunda mãe de tristeza. Deus está lhe dando uma oportunidade de mostrar a ele o quanto ele errou, mas que o filho dele é diferente. Não o ame, se assim desejar, mas salve-o. Por Deus... pela sua mãe legítima... e por essa mãe velha que não sofreu todos esses anos para ver ódio nos seus olhos”. Pela primeira vez, doutor Carlos Suarez gritou. “A senhora não entende. A senhora me deu o seu amor, mas não sabe o que é crescer sem um pai. Sou médico, mas odeio aquele homem”, e saiu batendo a porta, nem para casa voltou naquela noite. ( continua...).

Para a terceira e última parte deixo as seguintes indagações:
1) Será que o dever de médico vai falar mais alto e doutor Suarez vai salvar o homem?
2) E salvando, ele se revelará ao pai... ou apenas cumprirá seu dever profissional carregando para sempre esse segredo?
3) E revelando, será que vai amá-lo como pai ou a revelação será apenas para lhe cobrar a omissão e a covardia com a mãe legítima?
4) Será que doutor Suarez tomado pelo ódio o deixará morrer durante a cirurgia? Afinal ninguém vai saber.
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Obs: Eu já tenho os quatro finais previstos prontos, mas estou aberto a sugestões entre esses quatro.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

(MAIS UMA NOVELA MEXICANA DO CARLOS rs rs) - DESTINOS CRUZADOS

Carlos Suarez ( qualquer semelhança com nomes da vida real é mera coincidência he he), embora meio jovem era um renomado médico, altura mediana, cabelos castanhos enrolados, bonito, solteirão convicto e dedicava-se só ao trabalho e a cuidar da velha mãe adotiva. Passou infância e juventude se perguntando sobre seus pais, sabia muito pouco, que teria sido achado na rua, que o pai havia sumido e que a mãe era peregrina. Nem o carinho que recebia de dona Deda desde o berço, e os estudos, conseguiram lhe subtrair essas perguntas. As ocupações apenas distraem, não nos tiram inquietações. Num raro dia de folga, sentado ao lado de Dona Deda no sofá abraçou-a, dizendo. “Para mim a senhora é a minha mãe, aquela me criou, que me deu carinho, que me fez virar um médico famoso e rico. Porém, algumas perguntas não saem de mim. Acho que mereço saber sobre meu passado. Estou bem crescidinho, não acha? Posso suportar qualquer verdade e a senhora é meu único elo com meu passado”. A mãe virou o rosto desconversando. Ele insistiu, virando o rosto dela com a mão. “Por favor, mãe. Eu preciso saber. Nada do que vai me contar pode mudar nossa vida”. Ela pensou, abaixou a cabeça, chorou um pouco e olhou-o com ternura de mãe... a mãe que o destino deu. “Espero que me perdoe por não ter contado antes. Você sempre me perguntando desde pequenininho e eu fugindo do assunto. Mas juro, era para proteger você e por medo de lhe perder, pois você também era a única coisa que eu tinha na vida”. Ele interrompeu. “Claro, já disse, nada vai mudar meu amor pela senhora. Conte tudo por favor”. E ela começou. “Sua mãe era de família tradicional, tinha um pai severo. Eu, mais que empregada, era a amiga confidente dela. Até que apareceu um rapaz na cidade e se apaixonaram. Só que ele, apesar de muito bonito, era largado, boêmio, beberrão, gostava de jogo. Eu avisava que não daria certo, logo ela uma moça tão fina, mas vá dizer isso a quem ama... não adianta. Sua mãe que o via sempre às escondidas, acabou engravidando. Imagine naquela época. O pai, expulsou-a de casa, a mãe não podia falar muito, era assim naquele tempo. Fiquei desesperada por não poder ajudar aquela moça.Aquela casa nunca mais foi a mesma.Triste, pedi demissão e fui trabalhar num restaurante como cozinheira. Um dia, voltando bem à noite, uma mulher, estirada sob um viaduto, com uma voz de dor chamou meu nome. Reconheci logo, era Samanta, sua mãe. Corri até lá, abracei-a forte e vi que tinha da cintura para baixo tudo ensanguentado, ela deu à luz ali mesmo. A criança deitada no chão envolvida em panos velhos, mamava. “Meu Deus!”, exclamei quando vi que parecia ser uma hemorragia grave, sua mãe ardia em febre e mal podia falar. 'Cuide de meu filho, Deda... como cuidou de mim'. Eu disse. ‘Não desanime, vou chamar uma ambulância’. Saí louca para buscar ajuda, mas foi tarde, ela estava ali havia muitas horas, tinha sangue já frio e velho no local. Não sei se os pais tiveram conhecimento de sua morte, acho que não, pois não foi muito difícil para mim conseguir a sua guarda. Bem, meu filho, essa é sua história, o resto você viveu comigo'. Doutor Suarez não se aguentava de lágrimas. 'Como pôde minha mãe de sangue passar tudo isso? Quanta intolerância! Falta ainda um detalhe que não me disse. E meu pai? Onde estava?’. Dona Deda, olhou-o, alisou seu rosto. 'Seja forte, pois essa é a pior parte. Seu pai não quis saber dela, deixou-a quando mais precisava. Gostaria de não contar isso, mas já passou da hora de você saber de tudo. ‘E como ele se chamava?’, perguntou. Deda respondeu. ‘Heitor Villanueva’. 'Eu me pareço com ele?'. Deda conseguiu rir. 'É idêntico. Até essa mancha que você tem no peito, ele tinha igual'. Respirando fundo, olhando o vazio, ele disse. 'Gostaria de conhecer meu pai para dizer que o odeio'. ( continua... )
Não percam a segunda parte, vêm emoções fortes por aí.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

AVISO AOS BLOGUEIROS

Amigos(as). Estou uns dias sem postar e sem visitá-los, peço que me desculpem. Ficarei uns dias fora do blog, estou cuidando de detalhes do lançamento do livro, uma correria cheia de detalhes. Moro em duas cidades, GV e Porto Seguro, quando esto fora de GV, atrasa um pouco o processo. Mas posso dizer que está bem adiantado, a editora já deu o OK e dentro de no máximo quinze dias, estarei com os livros na mão. O evento será no dia 07 de julho, no Teatro do shopping de Ipatinga. Terá divulgação na mídia falada e escrita de Ipatinga,GV e BH, com foto( foto eu gosto né?), e se não me engano com entrevista também. No domingo dia 10, terei uma manhã de autógrafos na FEIRARTE, também em Ipatinga das 09:00h às 13:00h. Hummmm... menino importante, hein? O mais legal de tudo é que consegui reunir além de familiares, velhos amigos de trabalho que não vejo há anos. Como se diz no bom mineirês... vai ser emoção pra lá de metro. Estou feliz e com saudades de todos do blog. Um abraço apertado em todos vocês. Fiquem com Deus.

terça-feira, 14 de junho de 2011

EVOLUÇÃO



LEVANTE A CABEÇA!
MEREÇA!
FLORESÇA!
CRESÇA!
APAREÇA!
QUE SEU SONHO PREVALEÇA!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

EU TE AMO TODO DIA


( imagem google )

Esse sentimento reside aqui dentro
mas se espalha pela rua
tal qual o clarão da lua
que invade toda a cidade,
do meu universo és o centro.
Meu ponto de partida e meu fim.
Tudo de mim é por ti
tudo de ti é por mim.
Tens um pouco de tudo, estás em tudo
no meu riso, na minha tristeza.
Para meus pés, és a firmeza
pro meu coração, alento.
Tocas meu rosto como o vento,
mas o vento suave da manhã.
Tens um toque de lã,
que acalma todo o meu afã.
Fonte para minha sede
e me refrescas como cascata
teus braços são minha rede
razão da minha poesia
não sei por quê comemorar uma data
se eu te amo é todo dia.

Espero que nesse 12 de junho, o amor esteja em todas as agendas.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A ESTRADA QUE EU FIZ


A estrada que eu fiz começou desde cedo.
Jamais quis saber os segredos.
E assim fui aprendendo... reticente... pertinente
que a estrada, a gente conhece fazendo
caindo, levantando, amando, sofrendo, amando novamente.
A estrada que eu fiz teve subidas e descidas.
Teve retas monótonas e perigosas curvas, e nas minhas ilusões turvas
cobertas de chuva, de nuvens e neve, vivi muita emoção,
pois dentro de mim só um ritmo batia... meu coração.
Nem sempre a dor foi breve, a alegria também não.
Nem sempre a fonte saciou minha sede, meus desejos
por isso aprendi a ser sozinho e a conter meus lábios
esqueci as águas, as mágoas e até os beijos
não estou entre os grandes sábios, nem entre os perdidos também.
Nem sei o que sou, ou como me classifico
às vezes, complico, mas vou, sigo sem ferir ninguém.
Na estrada que eu fiz, chorei,
mas também brinquei, sorri, porque me permiti.
Tolo é quem não chora... não sente a leveza do que é ser.
Eu sou como a natureza,
durmo na penumbra e acordo em aurora. A dor me faz crescer.
Na estrada que eu fiz, abri minha rede.,
dormi com a saudade, apanhei da insônia, namorei estrelas
e quando não podia mais vê-las...
vinha o sol avisando que não era tempo de lamentações, nem de comemorações
que havia uma nova batalha depois daquela curva
que a visão pode estar turva
desde que tudo esteja claro no coração
só o sentimento pode nos dar orientação.
O fim, não sei, e isso também não é um resumo,
preciso retomar meu rumo na estrada que eu fiz.
Que venham os ventos...
neles encontrarei a força para novos momentos
ainda que nessa estrada, eu seja só um aprendiz
mas, só lutando eu sou feliz.
Talvez eu olhe para trás um dia
e contemple a estrada marcada
por minhas pegadas...
pegadas de poesia.

sábado, 4 de junho de 2011

PALAVRA MÁGICA


( imagem conplumaypapel.comt.jpg google )

Encontrei uma ilha escondida
a centenas de milhas daqui.
Não acreditei quando vi.
Meu coração navegava
num mar difícil, mas com esperança
de que depois da tempestade viesse a bonança.
A primeira impressão já foi bela.
Meus olhos pareciam uma aquarela.
Mas eu tinha que conhecer, desbravar.
Então entrei, entrei bem devagar.
Não por medo,
é porque segredo a gente precisa saber desvendar.
E desvendei.
Descobri muito mais...
que aquela ilha charmosa
também estava ansiosa por ser descoberta,
mas era preciso dizer a palavra certa.
E eu, pirata sonhador
que não resisto a uma flor,
pronunciei a palavra mágica: amor.
E a ilha se abriu. Sorriu.
Fui descobrindo maravilhas e maravilhas
na ilha que encontrei a centenas de milhas.
Eu, este pirata cansado de tantas viagens,
desfiz as bagagens,
abri minha esteira,
lancei âncora.
Finquei minha bandeira!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

POETICAMENTE GRÁVIDO


( imagem google )
Entre 1983/1984, vi uma reportagem de Gonzaguinha, cantor e compositor dos bons, homem sensível, tímido, controvertido, dizer que estava grávido. Antes de explicar o motivo real deste texto, quero dizer que jamais esqueci essa entrevista e nem sabia que a usaria um dia para falar de mim. E digo mais... eu gostava das músicas dele, mas não era tão seguidor assim, fiquei muito fã a partir dali o que me levou a acompanhar mais e vi que realmente ele era bom . Por quê? Pelo conteúdo sincero, humilde e inteligente da entrevista. O primeiro fator que me levou a ler a reportagem, foi que achei estranho um homem usar um termo tão feminino que é a gravidez para falar de si, ainda mais há trinta anos. Se hoje tem preconceito imagine naquela época? Só mesmo os poetas têm essas atitudes de dizer coisas diferentes em qualquer época. A letra da música “Grávido” que também intitula o disco, é simplesmente linda, recomendo conhecerem. Quando disse "estou grávido", referia-se a um novo disco que estava sendo preparado para lançar dali a alguns meses. O disco era como um filho para ele e estava sendo gerado dentro dele. Talvez sua esposa estivesse grávida também, só achei genial a relação que ele fez entre a gravidez e o disco, sentindo-se duplamente grávido. Confesso que fiquei arrepiado ao ler isso. É o tipo da pessoa que valoriza sua arte. Pensei. "Esse cara é dos meus!".
Então, meus amigos, eu também estou grávido e estou prestes a dar à luz um livro meu.
Não sei como vou me comportar no dia, acho que tenho um pouco de medo de minha reação, pois não sei ser mais ou menos. Penso que vou tremer muito, vou ficar ansioso, muita emoção pro meu coraçãozinho, mas estarei amparado, vai ter muita gente querida lá.
Uma gestação meio demorada, mais de vinte anos, mas a gente precisa saber esperar o tempo das coisas. A gente sabe quando é o momento. Uma voz assoprou no meu ouvido. “É agora!”. Deus me deu paciência para esperar. E agora que Ele me faça humilde para merecê-lo. Não será um best seller, não tem essa pretensão, mas será minha impressão digital, um jeito de dizer: “EU ESTOU AQUI! Uma pequena gota do mar de sensações que se agita dentro de mim.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

AVENTURAS DO CARLOS - UM TOQUE DE BRUXO BOM


É evidente que as crianças de hoje são diferentes das do meu tempo, acreditávamos em estórias de terror como, lobisomem, mula sem cabeça, etc, por isso fiz esse pequeno teste com meninos de hoje. Esse caso tem uns dez anos. Do lado de minha casa havia um lote vazio, os meninos fizeram até um campinho lá, inclusive eu brincava de vez em quando com eles. Noite sem lua, alguns postes apagados, o cenário ficou perfeito para meu plano. Fiz de uma abóbora uma cabeça de caveira com olhos e boca. Fiz um buraco em cima e pus uma vela acesa. Quem do meu tempo não fez isso um dia? O lote era sempre escuro, devido ao matagal, dividindo o espaço com o campinho. Coloquei a caveira sobre o muro, fiquei do lado de dentro, na escada esperando algum menino passar. De repente vi uns meninos, talvez vindo de alguma festinha, e me preparei, com o rosto atrás da caveira. Começaram a dizer baixinho. "Olha lá... que negócio esquisito. Parece que está pegando fogo". Outro. "Parece uma cara, uma bruxa". Mais um. "Coisa feia! Ai, meu Deus. O que é aquilo?". Ficaram do outro lado da rua agrupados. "Vamos lá perto?". Outro. "Tá doido? Eu vou é pra casa". Um mais esperto disse. "Seus medrosos. Tá parecendo mais é uma lanterna, uma tocha. Vou lá ver". Pegou umas pedras no chão e veio, os outros desconfiados, vieram atrás em passos indecisos, murmurando. Quando chegaram a uma meia distância, eu que tenho uma voz forte, soltei um urro enorme, agitando a caveira, e só vi meninos correndo apavorados, gritando, chorando, passando sobre os outros que caíam. Tive dó de um menorzinho que não teve forças pra correr tamanho foi o medo, chamando pela mãe. Menino em perigo sempre chama pela mãe. Pensei. "Coitado, deve ter feito xixi na calça". A vela acabou apagando por ter agitado tanto, eles ficaram lá longe na esquina ainda tentando entender. Levantei a cabeça sobre o muro e gritei. "Ô, cambada de 'oreia'. Sou eu, o Carlos". Vieram protestando. "É, né Carlos? A gente não vai deixar você brincar mais com a gente". Saí à rua levando meu brinquedinho, e depois de gozá-los demais, cada um pegou na caveira, admirando a novidade. Acabei contando como era antigamente e um disse. "Devia ser bem legal no seu tempo, né Carlos?". Respondi. "Era sim. Mas o tempo de vocês também é legal. Todas as épocas são legais, a gente é que tem que fazer valer. Só têm que saber aproveitar, brincar muito, estudar, porque tudo isso passa e não volta mais. Respeitar os colegas e os mais velhos". Achei mais legal que o novinho, que realmente fez xixi na calça, estava com a caveira na mão e perguntou. "Posso levar pra mim?". Não só ele, mas todos, levaram muito mais que o objeto da caveira, levaram nas mentes a visualização de um tempo que talvez gostariam de ter vivido. Só espero que tenham aproveitado seu próprio tempo.