ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A LENDA DO MENINO BEIIJA-FLOR



O menino avistou uma fadinha caída na beira do lago e correu em seu socorro. Ela contou que havia sido ferida por um bruxo terrível, e que só uma florzinha mágica do topo da montanha poderia salvá-la. O menino não poupou esforços, foi em busca da tal flor, a fadinha comeu as pétalas e logo ficou boa. “Salvastes minha vida e posso recompensá-lo com um desejo. Faz teu pedido!”. O menino respondeu. “Tenho vontade de voar”. Ela assegurou. “Será feito. Amanhã quando acordares, terás asas. Serás o único menino com asas, basta pedir e elas brotarão de teu corpo sempre que quiseres. Terás também o dom de alternar, sendo, ora menino beija-flor, ora homem. Voarás tão alto quanto um condor. Tua idade não passará, serás sempre jovem. Mas não esqueças. Jamais poderás revelar tua idade, pois o encanto se quebrará e estarás condenado a arrastar tuas asas por toda a vida, mas sem o dom de voar”. No dia seguinte, ao acordar ele sentiu algo incomodando... eram asas. Não foi um sonho. Subiu na janela e decolou sem medo. Voou alto, soberano, efetuou evoluções no ar, voou de cabeça pra baixo, de ré, mergulhou no espaço, fez o que quis. Alguns passarinhos que passavam, disseram. “Vejam, é um menino passarinho”. Ele cumprimentou acenando com as asas, e seguiu viagem. Ultrapassou até o arco-íris, mas nem quis saber de pote de ouro, o tesouro estava em voar. Voou tão alto que pensou ter visto um anjo. Gostava tanto que passava a maior parte do tempo como menino beija-flor. Todos perguntavam sua idade por vê-lo sempre jovial e feliz, enquanto a idade de todos passava. Ele disfarçava, nunca dizia. Porém um dia, o amor. O amor tem muitas armadilhas. Apaixonou-se por uma passarinha, e inebriado de amor, revelou a ela sua idade. Quando acordou no dia seguinte, tentou voar e caiu ao chão. Lembrou-se do que a fada disse, correu até ela em busca de solução, mas não teve jeito. “Eu não tenho o poder de mudar a magia. Eu mesma sou escrava de um encanto. Pensas que eu gostaria de ser fada o tempo todo? Queria ser uma mulher comum, ou pelo menos poder alternar como tu fazias, mas eu também não obedeci as regras, e agora sou fada para sempre. Uma fada solitária”. E assim, o menino beija-flor ficou condenado a arrastar suas asas pelas ruas. Triste demais... ter asas e não poder voar. A passarinha? Ao ver que o menino beija-flor não podia mais voar, deixou-o para trás, foi voar em outro espaço.
A ele, restou sentar-se na beira do abismo todos os dias, e contemplar o horizonte com saudades no olhar. Saudades de um céu que ele um dia ousou desbravar.

sábado, 26 de maio de 2012

VOU ALI SER FELIZ



Amigo, sol, bom dia.
O dia raia em poesia
que se derrama sobre essa cama
que não me ama, apenas me aceita,
lembranças de um dia longo
suspiros de uma noite estreita.
Passarinhos em si be mol
e em qualquer outro tom
iniciam a orquestra, é mais uma festa
abrindo um dia bom.
Estou indo amigo, sol.
Conhecer a aquarela que me mostras à janela.
Sei que não mereço este quarto
pelo sorriso que me apresentas,
então eu parto
para viver o dia, e até fazer o dia,
pois o que não estiver bom, a gente reinventa.

domingo, 20 de maio de 2012

CAMINHOS E DESCAMINHOS DE UM POETA


(imagem google )

Andei caminhos ermos.
Encontrei sentimentos enfermos
indecisos, imprecisos,
mas com o coração sem meio termos.
Andei caminhos tortos
ressuscitando sonhos mortos
revirando gavetas reescrevi meu rascunho
fiz um mosaico de minha facetas,
a poesia como uma espada em punho.
Andei caminhos tantos
impuros e santos.
Não sei qual dos lados foi o mais importante em minha vivência.
Até jurei a mim mesmo não mais falar de amor... ou de guerra
enquanto vivesse nessa terra,
tratando tudo como um nada.
Mas ficaria vazia a estrada,
pois, nasci para a querência, está na minha essência.
É assim que eu vou!
Afinal, poeta eu sou!

domingo, 13 de maio de 2012

DIVINA



Mãe...

Expressão máxima do amor divino.
Ponte entre Deus e a vida na terra.
Porta da existência humana.
Quando Deus a criou,
os anjos cantaram HOSANA.
Coração que não se cansa e nem liga pra dor
seja do parto ou da vida...só não aceitas a despedida
Até teu tapa tem amor.

Estás em tudo, mãe.
No varal, no quintal
Na roupa da escola, na prece.
O filho que cresce continua a ser menino.
Recebestes o mais belo destino...
sabes dar o castigo e o perdão.
Sintonia entre razão e paixão.

Tens as mãos que arrumam meu cabelo.
que me embalam pra dormir.
És quem, de madrugada atende meu apelo.
Participas do meu chorar e do meu sorrir
Tens beijos e abraços
Tens colo pro meu cansaço... conforto pro meu medo.
Entregas amor sem segredo.
Tens luz para meus olhos e
segurança para meus pés.
Obrigado, mãe, pelo anjo que és!

domingo, 6 de maio de 2012

NEM TUDO É PSEUDO



‘Nessa vida mais abstrata que concreta, fui verdadeiramente poeta’. É assim que encerro meu poema PSEUDO, escrito num momento ruim, alías, ruim não, acho que qualquer momento, ainda que possam ganhar o nome de “ruim”, é útil à nossa autoedificação. Corrijo então dizendo que foi escrito num momento difícil. Nele, eu digo que a vida é um grande faz de conta, um celeiro de ilusões, um banquete de bobagens, uma guerra de egos. Hoje porém, contradigo-me, pois cheguei à conclusão de que nessa grande roda gigante, nem tudo é pseudo, nem tudo é faz de conta. Minha poesia é muito real. Ela que um dia saiu da minha gaveta, do meu quarto, de debaixo do meu travesseiro, foi à rua, foi à escola, foi para a cidade, da minha cidade foi para outras cidades, outros estados... e agora países. Meu Deus! Não é que eu consegui? Através de algumas coletâneas, ela está nas mãos de muitas pessoas de países latinos como Argentina, Chile, Uruguai, esticando um pouquinho mais até Cuba. Ela ousou e agora está na Europa. Sim, Europa: Lisboa, Paris, Berlim. Esse livro que vocês veem na foto é uma coletânea que reuniu 85 poetas premiados de regiões diversas do Brasil, e está nessas cidades lindas e importantes econômica, e principalmente, culturalmente. Não... a felicidade não é PSEUDO. Ela só é simples.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

ECLESIASTES, O TEMPO... E EU



Podem copiar o texto abaixo sem temor. O "Autor" não cobra direitos autorais.

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de se arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz. (Eclesiastes 2,3)

Tão bonito quanto verdadeiro. Todos conhecem esse trecho sábio da Bíblia. Eu também conhecia a leitura, mas só hoje eu posso enfim atestar que tudo na vida tem seu tempo.