ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 27 de abril de 2013

EM SINTONIA



Ela sonhou com o beija-flor...
Ele pousou em seu lençol.
Ela sentiu na face o pouso suave do amor,
e sorriu mais brilhante que o sol,
seu olhar refletiu em esplendor.
Oh, linda flor-mulher,
não foi um sonho qualquer,
sonhos noturnos
são reflexos de desejos diurnos.
O beija-flor no seu sonho era eu
lhe fazendo carícias por telepatia
lhe fazendo poesia
desse amor que entre nós aconteceu.
Você também habita o sonho meu.
Eu também sonho muito com a flor
me dizendo em telepatia
que pensa em mim todo dia.
que é todo meu o seu amor.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A NOVA VERSÃO DE "A BELA ADORMECIDA"


Olha eu aí reinventando historinhas e contos de fada, como fazia, quando não gostava do final ou achava incompleto
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“Se é bela, não pode ficar adormecida”, foi o que pensou o Príncipe ao ver a linda Princesa adormecida, não só se privando da vida, mas privando o mundo de sua beleza. Sim, quem fez aquela maldade, não fez o mal somente a ela, mas ao mundo inteiro de poder contemplar toda a sua graciosidade, sua meiguice, seus encantos. E ele beijou-a. Beijou-a de forma profunda... fecunda. Demoradamente, sugando seus lábios como se fossem a fruta mais gostosa do mundo... e eram. Enfim ela acordou e viu os olhos dele contemplando os seus, sentiu sua respiração como um sopro de vida... não disse nada, apenas puxou-o mais uma vez e o beijou, gulosa e ansiosamente como uma princesa adormecida há anos. Ah... o beijo! O beijo é algo simplesmente mútuo, recíproco, energia indo e vindo de dois corpos em perfeita profusão, é o momento mais mágico do amor, é ela dizendo: “Sou sua!”. É ele dizendo: Sou seu!”. E ela despertou. Não somente do sono obrigado àquele leito, mas despertou para a vida, para o amor pleno, o amor para sempre. Ele que já se achava desperto, percebeu que nada mais era do que alguém cavalgando sem destino por aqueles reinos, mas agora não, agora ele via um horizonte, um destino correto a seguir, e com a Princesa agarrada à sua cintura, cavalgou para longe, para um lugar chamado REINO DA FELICIDADE. E nunca mais ela adormeceu, a não ser nos braços dele... ou mesmo de conchinha, sentindo-se segura por trás, e ouvindo aquelas coisinhas no pezinho do ouvido.

domingo, 7 de abril de 2013

O BRUXINHO E A FADINHA - UMA HISTÓRIA DE AMOR


( imagem google )

Mais um texto para meu livro quase infantil.

Num reino próximo, bem mais próximo que a gente pensa, havia uma fadinha e um bruxinho, mas eles não se conheciam, talvez pelas suas funções distintas no reino. Ela, fadinha em início de carreira, menina do bem, só fazia boas mágicas, tão comportadinha, vivia ajudando, tocando com sua varinha aqui e ali, por onde passava tudo ganhava graça. Ele, mais experiente, tinha anos de magia, mas também não fazia bruxarias do mal, eram apenas peraltices que às vezes tiravam as pessoas do sério, tanto é que ninguém o condenava, ele só não gostava muito das coisas convencionais, afinal, quem tem o dom da magia, precisa saber ser diferenciado, pois assim já nasceu. A fadinha ouvia falar dele com certa curiosidade, diziam que ele sabia mostrar o outro lado das coisas, que às vezes até adivinhava pensamentos, e viajava por lugares desconhecidos. Isso a atraía, afinal, uma fadinha, não é apenas uma fadinha, ela é também... mulher. E assim resolveu procurá-lo, encontrou-o muito além das montanhas, num vale lindo, do jeito que um bruxinho merece. “Olá, Senhor Bruxinho. Vim conhecer sua magia, ouço muito falar de você por aí”. A resposta dele, surpreendeu a menina: “Olá, Fadinha. Eu também ouvi falar muito de você, diziam que havia por aí uma linda Fadinha, mas pessoalmente, vejo que é mais linda do que falam”. Tímida, ela ficou corada, parecia que ele havia jogado nela seu primeiro feitiço. “ Gostaria de conhecer seu mundo, sua magia”, ela disse. Ele segurou sua mão: “Venha. Vou lhe mostrar coisas lindas que ninguém sabe”. E andaram juntos por muito tempo, contemplando os lugares e as coisas com intensidade de uma forma que ela nunca tinha visto antes. Sentados à beira de um lago, maravilhada, ela comentou: “Vi tudo tão lindo porque me mostrou com sua magia... mas como ver assim, dessa forma permanentemente?”. Segurando em seu queixo, ele respondeu: “As pessoas precisam aprender a ver a vida com olhos de simplicidade, e também com intensidade. As coisas mais simples são as mais belas. A montanha só é maior que o grão de areia no tamanho físico. Tudo tem razão de ser, tudo tem valor, até uma rocha inerte tem algo a nos dizer, tudo tem beleza aos olhos de quem sabe ver. Uma flor desabrochando tem a mesma intensidade de um vulcão em erupção... mas é preciso saber ver, é preciso ir ao fundo de todas as coisas. As pessoas precisam deixar de ser superficiais. Ver o mundo com superficialidade é o mesmo que não ver. Somos química, somos física, somos energia, somos amor, somos fé, ganhamos a vida para vivê-la. Eu não fiz nenhuma magia para possibilitar você ver a beleza, foi você quem se permitiu. A partir do momento em que quis, você viu”. “Encantada com suas palavras, você é mesmo um grande Bruxinho”. Ele beijou seu rosto: “E você é uma linda Fadinha que agora vai deixar de ser tímida”. Ela deu um sorriso de canto de boca: “Já estou deixando de ser... a partir de hoje. Bem... preciso voltar ao meu vale. Por que não vai lá conhecer também?”. Saiu andando com seu charme e encanto, ainda deu uma olhada para trás com um aceno de mão. O Bruxinho ficou contemplando-a enquanto se afastava, também estava encantado, enfeitiçado pela primeira vez em sua vida. Passaram-se alguns dias e a imagem da Fadinha não saía de sua mente, mesmo com toda sua experiência, capacidade e intensidade de ver e tocar tudo, nunca havia se sentido assim. “Ora... o que estou fazendo aqui contrariando o que eu mesmo digo que é buscar a vida? Claro que vou ao vale da Fadinha, preciso vê-la”. Não foi difícil encontrá-la, era tão querida que todos sabiam onde ela estava. O bruxinho ficou fascinado com a beleza do lugar, “digno de uma Fadinha”, ele pensou, “claro que tudo aqui tem o toque dela”. Sentada numa pedra, num lindo jardim, ele nem precisou chamar, ela sentiu sua presença. Virou-se com olhos brilhantes: “Que boa surpresa, Bruxinho”. Ele agachou-se à sua frente: “Como e lindo o seu lugar! Quanta beleza você colocou aqui! E eu lhe falando sobre beleza, sendo que você é a Fadinha da beleza. Ouvia dizer que tudo em que você põe a mão fica lindo, mas eu não podia mensurar... hoje tenho certeza. Gostaria que tocasse em mim também”. Ela alisou seu rosto: “Bruxinho... Bruxinho encantador. Você me mostrou a maior de todas as belezas: o amor”. E se beijaram, enfeitiçando-se um ao outro ainda mais. A magia do amor aconteceu. Viveram felizes para sempre... como merecem aqueles que se amam.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O PRIMEIRO TANGO EM PARIS



Eu quero dançar com você um tango em Paris
que não será o último, mas o primeiro
de muitos outros tangos para a gente ser feliz.
Seremos estrelas a brilhar naquelas noites iluminadas
regadas a perfume e vinho
embaladas no carinho de quem sabe bailar.
Somos afãs e afins.
Como é bom bailar o amor
entre flautas e bandolins
afinados pelo diapasão da emoção...
da emoção de lhe ter... de me ter.
Ah! As luzes de Paris não brilham mais que seu olhar.
Olhando em seus olhos parece que já estamos lá,
e a gente vai no compasso do abraço, das cinturas
você é a melhor loucura que eu já fiz.
Eu quero dançar com você um tango em Paris... em qualquer país,
Talvez até no topo do mundo onde ninguém jamais subiu.
Eu quero dançar um tango com você até nas areias do Brasil.