ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 31 de outubro de 2015

FAZER AMOR É ISSO...



Fazer amor é como andar de montanha russa. É uma subida, uma evolução, começa devagar, vai evoluindo, evoluindo, e quando a gente chega ao topo, começa a descida... e tome sensações, tome vibrações, tome emoções. É uma evolução ao contrário, acelera, acelera, dispara, para depois relaxar. E no final, quando termina a gente sorri.
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Isso a poesia não explica. Nem a nossa vã filosofia. Freud menos ainda rs rs. Pensando bem, a poesia se aproxima da explicação... mas eu não vou perder tempo explicando isso he he.
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( imagem donanilda.zip.net - google )

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O CONTO DO SÁBIO CHINÊS - RAUL SEIXAS ... E EU DE CARONA.


Acabou a preguiça, poeta não pode ficar muito tempo sem escrever, é como o Beija-Flor que não pode ficar sem bater asas. Aviso que só vai entender o texto quem ouvir a música, têm elos entre si.
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Raul Seixas mostrou nessa música toda a sua genialidade e poesia. Raul apesar de toda aquela barba, todo aquele gestual amalucado, apesar de todo o seu rock, de toda a sua irreverência e seu deboche, era um cara muito sensível. A mosca na sopa fria da MPB. Como ele mesmo dizia: “Não pertenço a nenhum grupo da música popular brasileira. Eu sou raulseixista”. Pagou caro por isso é verdade, no Brasil não se pode ser diferente, mas não deixou de ser quem ele gostaria de ser, não se corrompeu na sua essência, eu acho isso bonito. Tive a felicidade de ver ao vivo um show dele, com saúde e  no auge. Mas não quero falar do Raul hoje, para falar de Raul Seixas seria necessária no mínimo uma semana.
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Por causa dessa letra linda e dessa melodia maravilhosa que parece levar a gente junto, e desse arranjo musical perfeito, eu criei uma de minhas frases que mais gosto.  ‘ Ele escrevia tanta poesia que um dia misturou: Era o homem fazendo poesia ou a poesia fazendo o homem? ’.  A RESPOSTA É: AS DUAS COISAS. Assim como não dá para dissociar o  ‘sábio chinês da borboleta’, não dá também para dissociar o ‘Carlos homem’   do   ‘Carlos poeta’. É isso que a música propõe... é um ciclo, um círculo cósmico, mágico, que acontece dentro da gente... vai, mas volta.. vem, mas vai... e tudo fica girando dentro de um contexto só. É simultâneo  e é recíproco. Eu não tenho palavras para descrever isso, mas eu sei o que eu sinto. Isso é transcendental, e coisas transcendentais não dá para explicar, ou você sente ou não sente, e eu, graças a Deus tenho uma antena maravilhosa.  Às vezes penso que não sou daqui, que a vida está do outro lado. A poesia é uma coisa, um caminho que inventei pra mim, um mundo que eu criei onde nada me faz mal, uma redoma para ficar isento de coisas negativas, é um sonho que eu mesmo escolhi sonhar. Ai, meu Deus... não me acorde do meu sonho. Que eu gire cada vez mais nesse círculo, que essa metamorfose constante nunca cesse, que eu me purifique mais e mais, a cada giro que esse ciclo fizer acontecer. Que cada vez mais o homem faça a poesia, e principalmente que a poesia faça o homem, pois a poesia tem o poder de melhorar o homem.
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DEDICADO A TODAS AS PESSOAS QUE TÊM EM SI UMA BORBOLETA

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

TRISTEZA PÉ NO CHÃO - CLARA NUNES



Continuo homenageando essa grande cantora brasileira - Clara Nunes -
E a minha preguiça continua rs rs. Peço desculpas a todos por não estar indo aos blogs, mas vou já já, estou meio cansado. Obrigado a todos!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

VOCÊ PASSA, EU ACHO GRAÇA - CLARA NUNES



Estou numa preguiça de escrever esses dias. É, de vez em quando me permito ter preguiça de escrever. É  até um pecadinho meu dizer isso, mas ando meio cansado. Enquanto isso vou homenagear essa grande cantora CLARA NUNES, que além de ter todo esse talento era danada de bonita.

E hoje eu sou obrigado a ouvir Valeskas Popozudas, peitudas, teúdas, manteúdas, mas ' talentuda ' ... nenhuma.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

OH! MEU RIO DOCE...


Essa bela música do cantor/compositor/poeta Zé Geraldo, homenageia o Rio Doce que nasce no município de Ressaquinha, quase perto de BH, e desce o mapa banhando mais de 850 kms, percorrendo 230 municípios, dos quais 202 são em Minas Gerais, até se encontrar com o mar em Linhares-Es. Encontrava, não encontra mais. Hoje existe um grande banco de areia separando o rio do mar, eles não se abraçam mais, não existe mais o encontro mágico do rio com o mar. Era muito prazeroso viajar de trem de Governador Valadares para o Espírito Santo, margeando o Rio Doce, paisagens incríveis, e hoje posso dizer que é doloroso e assustador, o visual é desalentador, em vários pontos dá para atravessar o rio andando, no lugar do rio caudaloso, só se vê rochas. Às margens, os bois, deitados, tristes, parecem desanimar de procurar pasto. Garças não vi mais. Pela primeira vez não tive vontade de tirar fotos. Há uns dias vimos a Ibituruna, considerada a melhor rampa do mundo para a prática de voo livre, queimar quase inteirinha. Todos os anos, alguém, de propósito ou não, mete fogo nela. Nascentes destruídas, mata ciliar arrancada, assoreamento, dragas e mais dragas, e fica todo mundo de boca aberta perguntando o porquê da seca. Um incêndio não mata só a floresta em si, mata todo um sistema ecológico, há todo um ciclo entre solo, fauna e flora prejudicado. É claro que a seca deve ser passageira, assim espero, mas dói ver um rio que acompanho desde criança nas minhas viagens de trem, nessa situação, uma região de tanto verde que se tranformou em terra vermelha.
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Para fazer justiça, Zé Geraldo nasceu na pequena cidade de Rodeiro-Mg, que fica entre Ipatinga e Caratinga, mas foi criado em Governador Valadares-Mg, a maior cidade banhada pelo Rio Doce. Zé Geraldo é meio roqueiro, meio roceiro, como ele mesmo diz, com "um pé no mato, outro no rock". Por causa de suas compopsições, é um de meus preferidos.
CURTAM A MÚSICA, VALE A PENA.

sábado, 17 de outubro de 2015

PATRÍCIA MARX - SONHO DE AMOR



Cantava muito bem essa menina... pena que se perdeu.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

ALIENADOS... OU ALENÍGENAS?


( Esse é para a GERAÇÃO WHATSAPP ou GERAÇÃO WALKING DEAD, tanto faz, é a mesma coisa- Esse poema é de 2008... mas como serve para hoje, não é? Quatro pessoas se sentam à uma mesa de bar ou restaurante e ficam todos cabisbaixos, sem se falar, mexendo nos fones. Nosso novo tempo. Sou contra a tecnologia? Claro que não, não sou tolo. Só não podemos nos deixar escravizar pelas coisas. Uma música dos anos 70 já dizia: "As pessoas não se falam mais...". Imaginem hoje então. E aí ficam se perguntando por que a depressão é o mal do século. Fácil, está faltando aproximação, conversas, interesse pelo outro, olho no olho, gentilezas).
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ALIENADOS... OU ALENÍGENAS?
 Saí às ruas.
Queria ver humanos,
só vi zumbis insanos,
profanos, enganos.
Tentei amigos, busquei abrigos, sofri perigos.
Busquei pontes,
vi grandes abismos entre a partida e a chegada.
Busquei um novo tempo,
não vi horizontes.
Ó homens! O que fazem a si mesmos?
Não têm espelho?
Não vêem que viraram zumbis?
Que agora são frágeis robôs?
E esses tantos complôs?
Chega de perguntas,
ninguém vai responder mesmo.
A morte chega via satélite
e não adianta mudar o canal, é tudo igual, o mundo é um só.
Não há alternativa.
Não é como o trem que você salta fora
tem que agüentar até o fim da viagem
e o desengano é uma pesada bagagem.
Olho para a poltrona ao lado e vejo um zumbi
E outro... e mais outro.
Os homens estão distantes.
Pra que procurar alienígenas no espaço
se aqui embaixo há tantos seres estranhos?
Vejo dragões alados, serpentes de sete cabeças,
ET de gravata, monstros terríveis camuflados.
Vejo alienígenas... ou serão alienados?
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( imagem nunoagonia.com )

domingo, 4 de outubro de 2015

VENDENDO PICOLÉS E COMPRANDO SONHOS E SUSPIROS




Eu era um bom  vendedor de picolés. Antes de contar a história principal, vou contar uma outra curtinha que faz parte dela. O dono da sorveteria pagava a nós meninos, 15% de comissão pelas vendas. Certa vez estava tanto estava tanto calor, eu estava com uma sede danada, sentei debaixo de uma árvore, peguei dentro do bornalzinho pendurado no ombro, a calculadora que ele dava pra gente carregar,  fiz o cálculo de quanto eu ganharia, e chupei os meu 15%. Chegando lá ele riu, mas  deu bronca:  “Você não pode chupar a sua parte, sua mãe vai pensar que eu não lhe paguei” . Respondi: “Ah, eu tava com uma sede doida... mas não vou fazer mais não”. Aproximava-se o dia das crianças, e ele resolveu premiar com uma bola de futebol oficial, o menino que vendesse mais picolés num determinado período. Fiquei um pouco desanimado porque eu era bom vendedor, mas tinha um menino que era imbatível, também não era para menos, vendia o dia todo, acho que não estudava, enquanto eu só podia depois das 13h. Isso me levou a abdicar de brincar, até de jogar bola que eu adorava, mal comia e já ia vender. O futebol amador na  cidade era muito intenso, ativo, tinha até campeonato, e num bairro bem próximo havia um estádio, não um grande estádio, mas era bom, organizado, ficava sempre cheio nos domingos de jogos, e a molecada vendia picolés lá, eu também. Houve um domingo em que passei numa rua diferente, como atalho para chegar mais rápido. Lá havia uns 8 ou 10 rapazes, e um gritou: “Ô, picolé. Vem cá! Tem de quais sabores aí”. Falei os sabores, ele pediu um, o outro também, o outro, enfim todos pegaram, foram chupando, e em pouco tempo os picolés acabaram. O que havia chamado disse pro outro. “Fulano, paga aí”. O amigo respondeu: “Eu??? Tenho dinheiro não. Você mandou eu pegar, eu peguei”. Um outro: “Nem eu, e eu só chupei dois, nem carteira eu trouxe”, disse levantando a camisa. E assim ficaram, um jogando pro outro. O principal me disse: “É, menino. Você deu azar, ninguém tem dinheiro. Volte aqui amanhã que lhe pago”. Comecei a fazer beicinho para chorar, um deles ficou com dó: “Parem de enrolar o menino, paga logo aí”. Depois de rir um bocado, o rapaz pagou, e disse: “Vá lá buscar mais que nós vamos querer”. Fui até correndo, o dono admirou: “Já? Você saiu só tem meia hora e já vendeu tudo? Desse jeito vai ganhar a bola”. Pedi para ele encher mais a caixa, mas ele não encheu: “Não pode, vai prejudicar sua coluna, você é muito magrelo”. Eu era mesmo, depois que eu fui ficando um “gordinho gostoso” rs rs. Voltei lá, chuparam tudo rapidamente e ainda pediram mais uma caixa. Novamente o dono: “Que segredo é esse de vender tão rápido?”. Só que eu não falei, com medo de os outros meninos escutarem e invadirem “minha área”. Saindo da sorveteria passei numa padaria e comprei  dois sonhos e um suspiro. Eu sempre comprava.  Ainda faltavam mais uns dias para a contabilização geral das vendas, e eu tive uma grande ideia, grande mesmo, para um menino de 11 ou 12  anos; passei a chupar meus 15% todo dia, mas colocava o dinheiro no lugar, como se eu estivesse vendendo, só que vendendo para mim mesmo. Pensei: “Eu quero é a bola, perco minha comissão, mas o importante é constar número maior de vendas, somar pontos”. Conclusão: Passei o dia das crianças com uma bola novinha, branquinha de gomos dourados, com os nomes dos jogadores da seleção. Os amiguinhos pensaram que ganhei de presente pelo dia das crianças, deixei que pensassem assim, não queria que pensassem que minha mãe não podia me dar  uma bola, isso nem era da conta de ninguém. O importante é que jogávamos até as 10h da noite na Rua Vital Brasil, aquela rua... a minha rua.
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Pensando bem... Até hoje não sei porque essas guloseimas têm esses nomes. Será que o sonho da padaria se chama sonho porque ele é doce? E será que o suspiro da padaria se chama suspiro porque ele demora pouquinho na boca da gente, deixando um gostinho de quero mais? Deixa pra lá.
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( imagem fotolia.com )