ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

“ EU NÃO TÔ FAZENDO NADA, VOCÊ TAMBÉM. FAZ MAL BATER UM PAPO ASSIM GOSTOSO COM ALGUÉM?”




“ Eu não tô fazendo nada, você também. Faz mal bater um papo assim gostoso com alguém? ” é parte de uma música do Jair Rodrigues, simpático cantor falecido em 2014. Vamos conversar mais, nascemos com boca e ouvidos para nos comunicar. Se as pessoas se falassem mais tenho certeza de que muitos conflitos seriam evitados, e não estou falando de guerras entre países não, também, mas falo das guerrinhas do dia a dia com o vizinho, com o colega de trabalho, até mesmo com o estranho na rua, às vezes, acontecem brigas por causa de um pisão no pé. Eu gosto de passear, sento-me em algum bar ou restaurante, e gosto de conversar, só não sou enxerido (adoro essa palavra, minha mãe usava muito: “Não seja enxerido”), mas se alguém puxa conversa, vou longe, às vezes puxo também se perceber que a pessoa é acessível. Modéstia à parte, tenho dom de me adaptar às situações, melhor dizendo converso com qualquer catedrático ao nível intelectual dele, tenho um bom português, tenho opinião sobre qualquer assunto. Eu não sou Raul Seixas que dizia “não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais”, mas posso dizer que ‘não tem nada nesse mundo que eu não saiba pelo menos um pouquinho’ rs rs. Por outro lado, converso com o gari com o mesmo respeito, até mais eu diria, as pessoas mais humildes merecem mais respeito. Quando falo com uma criança, eu pareço uma criança também. Repito sempre, para conversar com uma criança precisamos descer, digo, subir ao nível dela. Isso mesmo, ‘subir’ é a palavra, a gente é que vai crescendo e regredindo humanamente falando, não devia ser assim, mas é, já a criança é perfeita, ainda não foi maculada pelo mundo, pela vida. Na outra ponta da ponte da vida, adoro conversar com idosos também, têm sempre algo a nos passar. Incrível como os idosos gostam de mim. Certa vez, eu estava no bar, uma senhora com sua família sentou-se para lanchar e acabou puxando conversa comigo, falamos por um tempão e os familiares dela olhando curiosos aquele entrosamento. Quando falei que moro sozinho, ela me corrigiu: “Nunca diga que mora sozinho. Dá uma sensação de abandono e você não me parece um rapaz abandonado. Dizer que mora sozinho traz fluídos ruins, provoca fraqueza, abre a guarda. Diga sempre: EU MORO COM DEUS!”. Nunca mais falei que moro sozinho até porque eu não estou mesmo abandonado. Ao sair, ela disse: “Você é um rapaz muito interessante”.
É isso... vamos conversar mais, o mundo está precisando de diálogo.
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( imagem Disney - google)

domingo, 25 de setembro de 2016

EU E ALICE...



Eu vi uma menina no espelho...
eu vi uma mulher no espelho .
Eu vi o mundo nos olhos dela,
eu me vi nos olhos dela
ela se viu nos olhos meus...
e tudo então virou espelho;
meus sonhos eram dela
os dela eram meus.
Eu era ela
ela era eu... simples assim.
Tudo em comum,
só podia terminar assim:
dois em um.
É lindo o mundo que descobrimos
Mergulhamos no espelho
e de lá nunca mais saímos.
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( imagem bibiannateodoricoach.com.br - google )

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Será que ainda teremos livros como "ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS ou  O PEQUENO PRÍNCIPE? 
Infelizmente acho que não, estamos na era da idiotização, parece que ficou bonito parecer idiota.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

MEU AMIGO, O MAR.


Amigo mar...
És tão belo e tão grande,
por mais que eu ande
teu fim não posso encontrar.
Mas posso contemplar tua beleza
entre as tantas que a natureza
todos os dias vem  mostrar.
Gostaria de saber poetar como mereces,
então faço uma prece
a Quem devo reverenciar,
por colocar nos meus olhos
a poesia do mar.
Sei que é redundante
esse poeta andante
dizer que és majestoso, pomposo, gigante,
só vim fazer um poema contigo,
te chamar de amigo
para juntos a gente rimar,
porque eu também tenho ondas inconstantes
variantes,
como as ondas do meu amigo mar.

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( imagem - foto  tirada na Praia do Mucugê - Arraial D'Ajuda )

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A VIDA, A ARTE E O MISTICISMO.


Lamentável  a morte do ator, um cara relativamente jovem ainda e que deixa três crianças. Eu gosto de atores diferentes, e eu o via assim. Que Deus o acolha num bom lugar. Eu vi a novela poucas vezes, a maioria só de relance. Um dos motivos que no início me causou interesse é o fato de estar sendo rodada no entorno do São Francisco, um rio grande, bonito e de uma história rica. Eu pensei que o autor ( entre os que estão vivos para mim é o melhor), iria abordar um pouco mais essa história do rio, dos nativos, enfim, que fosse mais centralizado no próprio rio, como a exemplo de O REI DO GADO que tinha um bom enredo, mas não deixavam de focar o rio Araguaia, e aí quando vi que começaram a desvirtuar criando factóides místicos, parei de assistir, embora de vez em quando desse uma olhada. Por que citei factóides místicos?  “A arte imita a vida, mas agora a vida imitou a arte”, é um clichê tão antigo, estão dizendo isso para todo lado. Não tem nada disso, o correto é: A arte provocou  o misticismo e ele aconteceu. Não estou dizendo que o autor fez isso com má intenção, e o ator tem menos culpa ainda, afinal, não passa de uma ferramenta nisso tudo, eu diria, até vítima. Precisamos ter cuidado com o que lançamos, com o que escrevemos, falamos, principalmente os que têm grande alcance na mídia, as forças do mal encontram essas portas abertas e se instalam. Uma floresta tem muita presença espiritual, ainda mais onde tem índios, só que o índio respeita essas forças, mas essa gente de novela não, apenas pensa  que conhece, lidando ou tentando lidar com essas forças sem saber lidar, e o pior, adulterando. A novela toda mexe com rezas e com bruxaria, gente que escuta lamento de mortos, outros fazem pactos e voltam em forma de aves funestas, aborda muito pouco a vida nativa, a medicina das plantas, a cultura indígena. O personagem foi ameaçado de morte várias vezes pelo personagem do Fagundes, tem energia pesada, reflete ódio o tempo todo. O personagem fica vários dias perdido, boiando, se não me engano, com tiro na cabeça, morre e volta a viver, só porque o espírito da namorada sai do corpo dela e  vai até ele. Ressuscitar alguém, somente Jesus fez. Acreditar nisso é o mesmo que acreditar naquela novela em que o boi falava.
Se queriam exaltar a força do amor entre os personagens que o fizessem de uma forma realmente romântica.
E para fechar minha opinião de que a arte provocou o misticismo e ele aconteceu, eu pergunto: Quem estava com o ator quando ele morreu? Justamente a atriz que na novela é sua namorada. Cuidado, não vamos lidar com aquilo que não conhecemos. E clichê por clichê, fico com o de Shakespeare: “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que possa imaginar a nossa vã filosofia”. Mas não é clichê nem factóide, é real.
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Meus respeitos ao ator e à sua família.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

TEMPO DE LOBOS





Eu queria cantar
“quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos”...
mas não há mais campos.
Vou  chorar minha lágrima mais sentida
exibir meu sorriso mais tímido
minha dor mais doída
pela injustiça engolida.
Minha esperança mais pálida
Meu olhar deserto nesse horizonte incerto.
Mas meu olhar fec undo
E minha fé ainda cálida
me dizem para não desistir.
Talvez um dia voltemos a sorrir,
mas  agora desligo o rádio,
não posso ouvir a canção do Beto que é linda,
pois não consigo cantar ainda,
porque o rei dos lobos abriu o covil,
uivam tanto que não consigo cantar nem mesmo
PÁTRIA AMADA BRASIL!
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Nota:  O trecho  “quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos”... é de música de Beto Guedes , intitulada SOL DE PRIMAVERA, que é mesmo linda, mas não tem nada a ver com toda essa sujeira acontecida neste momento.
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( Imagem  br.pinterest.com )