ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

TRAGÉDIAS ANUNCIADAS... ATÉ QUANDO?






Impossível não falar disso. A Chapecoense é um time jovem de apenas 43 anos de existência, mas já vinha tendo grande destaque no cenário esportivo, com anos seguidos na série A, em constante evolução, tanto que há algumas semanas, eu comentei como mineiro e cruzeirense que sou: "Que time simpático esse da Chapecó, organizado. Bem que o América mineiro podia seguir os passos e se manter na série A para crescer também". A Chapecoense vivia seu melhor momento em sua curta história (curta até aqui), chegou à decisão da Copa Sul Americana, as torcidas do Brasil abraçaram a Chape nessa decisão. Eu mesmo fui ao site deles e escrevi: "Sou mineiro e estou torcendo pela Chape". E agora essa tragédia. As torcidas do Brasil abraçaram a Chapecoense na decisão... e agora abraçam também na dor. Que Deus conforte as famílias e acolha essas vítimas em bom lugar.
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Impossível também não falar disso.
Uma aeronave antes de decolar precisa ter no mínimo mais quarenta e cinco minutos a mais de autonomia prevista. Por exemplo, se uma aeronave  leva 01:00h de voo de BH para SP, no plano de voo tem que constar pelo menos 01:45h de autonomia. Para quê? Para buscar pouso em outros aeródromos em eventualidades como, mau tempo, uma possível interdição da pista por alagamento ou um talvez  um acidente com outra aeronave e etc. Como pode uma aeronave que tem 3.000 kilômetros de autonomia ( nesse caso transformando a medida para distância em linha reta) projeta um voo de exatamente 3.000 kilômetros??? Cadê a autonomia de sobra??? O piloto declarou isso no plano de voo? Se declarou e o operador da sala de plano de voo aceitou, ambos erraram.  E se o piloto mentiu declarando que tinha mais autonomia? Isso só a investigação vai dizer e é ainda mais grave. E por último, por que já não haviam previsto uma escala para abastecer a aeronave durante o trajeto? De qualquer maneira, como na grande maioria dos acidentes, prevalecem a negligência, a imprudência e a pressa humana, pois, o mau tempo, a pane, a geografia do  lugar são apenas complicadores. Um acidente tem esse nome, mas pode ser evitado com medidas proativas, e não é gerado por uma causa só, é como peças de dominó que vão se derrubando até caia a última, se alguém tira uma peça do meio, o acidente é interrompido. Nesse caso, infelizmente não apareceu ninguém para tirar um peça do meio de uma sequência  de erros viciados acontecendo há algum tempo.  Choremos!

sábado, 19 de novembro de 2016

E ASSIM VIVE O POETA!



E assim vive o poeta...
Entrelinhas e estrelinhas.
Entre os sinos da consciência e os badalos do coração.
O infinito não tem teto.
Na carrapeta, na roleta,
no cometa da emoção
supera as barreiras do concreto
abrindo as portas do abstrato.
só sonhando ele é feliz de fato.
Ah, o poeta não quer pseudo verdades,
nem mentiras óbvias sobre uma tal felicidade,
ele só quer liberdades... mil liberdades.
Ah, o poeta parece um balão,
colorido, cheinho,
se soltar a cordinha, não volta mais não.
Não se pode prender um coração que nasceu com asas
porque o poeta não tem ninho,
o mundo inteiro é sua casa..
E assim vive o poeta...
nas entrelinhas de cada rima,
nas estrelinhas que o chamam para cima.
O poeta é passarinho nato,
só voando ele é feliz de fato.
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( imagem direitodolivrepensar-wordpress.com - google )

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A POESIA É MINHA BAGAGEM! ( O SONHO MAIS LINDO QUE JÁ TIVE )



Nos anos 70, o cineasta brasileiro Glauber Rocha disse que os anos 90 seriam os anos da idiotice, já o Raul Seixas antecipou chamando os anos 80 de “charrete que perdeu o condutor. Talvez o Raul tenha exagerado, os anos 80 não foram tão ruins assim, acontece que o Raul tinha o senso crítico mais apurado do que o meu, tinha mais exigência, Raul era um chato no bom sentido. Talvez o Glauber também tenha exagerado, os 90 tiveram alguma coisa que prestou... mas de 2000 pra cá, pelo amor de Deus.A banalizaçãochegou a níveis impressionantes, em todas as áreas, na tevê as novelas, os programas de auditório, jornalísticos, parece que quanto mais fútil, mais sucesso faz. E assim, foi na música, na arte geral, até na literatura a banalização chegou. Na política, na vida social, violência só aumentando, tudo isso me levou a dizer várias vezes que estou desanimado do Brasil, que EU DESISTO DO BRASIL, e que se fosse mais jovem iria embora do país. Mas vão medizer que não adianta fugir, pois a banalização está no mundo inteiro. Está mesmo, mas quando acontece dentro do seu país, a revolta fica maior.
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De tanto repetir,  acho que sofri uma autoinfluência e acabei tendo um sonho. No sonho eu peguei uma mala enorme, pesada e carregava para todo lado, e apesar de ela ser pesada, eu a carregava com um certo prazer, ela não era empecilho para mim, até porque era a minha bagagem de viagem. O estranho é que eu não fiz a mala, ela já estava pronta, apenas peguei e saí.  Depois de muito andar,  cheguei a um aeroporto, entrei num avião onde os passageiros não tinham rosto, mas isso também não importava muito, o avião desceu sei lá em que país, e as pessoas daquele lugar  também não tinham rosto, agora sim, isso  me deixou preocupado. 'Por que essas pessoas não têm rosto?'.  Tentei falar com as pessoas, elas não respondiam, e de repente as ruas foram ficando vazias, olhei em volta me sentindo  totalmente sozinho. Triste, mas decidido, caminhei por bairros e vilarejos, andei por longas e vazias avenidas, eu e minha mala. Num certo momento, cansado, sentei-me no meio-fio, coloquei a mala ao meu lado... e de repente ela tombou... e abriu sozinha... a mala só tinha livros. Isso mesmo, a  minha bagagem eram somente livros. Abaixei a cabeça nos joelhos e chorei. Chorei muito mais de convicção do que eu posso fazer, muito mais por reconhecer minha essência, do que de tristeza. Acordei com o sol na cara e os passarinhos cantando lá fora, foi aí que me situei. Por que eu disse lá em cima que é um sonho  apenas 'meio triste'? Porque vejo coisas positivas nesse sonho. A mala pronta que peguei, embora fosse pesada eu carregava com prazer... porque eu carregava a minha poesia, a minha literatura. Literalmente ( olha o trocadilho), a literatura é minha bagagem, minha essência,  é  o  que eu tenho de melhor. A mala estava pronta para mim. O que ficou latente no sonho é que, mesmo ilhado em solidão, isolado, não encontrando respaldo para mostrar essa essência ao mundo, eu não desisti. Parecia (e parece) uma saga, continuo levando minha bagagem aonde for. E daí, se eu chorei? E daí se eu chorar? Chorar faz parte. Poeta que não chora, não é poeta! Ao contrário de durante o sonho, eu sorri, pois o sol na cara quando acordei, os passarinhos cantando , renovaram em mim, reafirmaram em mim  oS dons  que eu tenho: a poesia e a teimosia. A poesia é uma bagagem leve, afinal POETA É O QUE SOU!
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Triste fico sim ao não ver poetas e escritores defendendo a literatura.
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( imagem jusbrasil )