ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

domingo, 29 de maio de 2016

sábado, 28 de maio de 2016

O ESTUPRO NEM SEMPRE É FÍSICO!




Não consigo imaginar a tal cena, mas posso dizer que deve ser bem parecida com a visão do inferno, uma moça ser estuprada por 33 sei lá o quê, homens é que não são. Tentei ao máximo não falar disso, esses assuntos negativos absorvem energia da gente, desgastam, até porque devo ter uns dez textos falando sobre o tema há anos, mas não tem como não falar de novo. Temos sim, uma cultura de estupro no Brasil, mas não é só nas ruas não, na sociedade como um todo, nos meios de comunicação, nos programas de televisão, nos comerciais de cerveja e carros, nas músicas. Por exemplo, há uns cinco anos vi uma cena na novela em que a mulher é esbofeteada várias vezes pelo namorado e logo depois já estava aos beijos com ele. Isso para mim é  cultura de estupro. Humoristas contando piadas de estupro... erotização infantil enquanto se fala em combate à pedofilia... músicas dizendo que basta passar com um Camaro amarelo que a mulher pula dentro... as principais músicas  das paradas cantam assim: “se eu te pegar você vai ver”... “só as cachorras, as preparadas”... “se eu te pego tcham tcham tcham”... “um tapinha não dói”... “vai rolar um tchechererechê”. Nas   novelas os filhos se sobrepõem aos pais. Piadas de mulher gorda... piadas de loiras. Tudo isso para mim é cultura de estupro. Desculpem pelo texto meio misturado, é que estou meio desnorteado no meio disso tudo e cuidando de escrever algo sem ser mal interpretado. Levei poucos foras de mulheres na minha vida. Por que sou o “bonitão”...? Não! Porque só me aproximava de mulheres que percebia que elas podiam estar afim, de pelo menos falar comigo, essas coisas se percebe no olhar, nunca fui inconveniente, enxerido, pois se a mulher nem está dando bola, qualquer aproximação forçada já é uma violação, o estupro não precisa ser físico, importunar já é estuprar, já está quebrando a privacidade dela. Às mulheres, minha solidariedade, mas gostaria de deixar algumas dicas. Esse caso horrendo não foi um caso típico de tarado sexual, mas de bandidagem mesmo, o estupro foi conduzido pelo namorado da moça. Esse cara a amava? Nunca! Portanto, cuidado com quem você se relaciona, escolha um namorado legal, um cara que estuda e trabalha, selecione, se auto proteja, cuidado com os artistas que você  vê como ídolos, a vida do artista não é igual à sua, reflita sobre as músicas que você canta e dança, cuidado com as novelas que vêm travestidas de “abordar temas atuais”, são grandes fachadas de formadores de opiniões às avessas. E o principal: RESPEITE SEUS PAIS, eles sabem tudo sim. Nunca deixo de citar isso, eu tive grande chance de usar drogas e não usei, por causa de minha mãe, pois a imagem dela vinha na minha mente a cada vez que me ofereceram, num momento em que eu estava fragilizado psicologicamente. Isso significa respeito!
=
A esses criminosos, cadeia sem dó, que cumpram pena integral. O Código Penal é outra coisa que precisa ser revista urgente no Brasil.
E à sociedade, que vigiemos essa cultura de estupro disfarçada nos lares, na mídia, nas ruas, nas leis.
E um pouco mais de Deus né, gente?


quinta-feira, 26 de maio de 2016

UM DIA ESPECIAL...

A poesia é mesmo mágica, não me canso de dizer que ela me proporciona os melhores momentos. Por que ela é mágica? Porque quando a gente recebe um prêmio sempre parece que é a primeira vez, sempre há a sensação de emoção inédita por mais que essa emoção se repita. Não sou mais tão garoto, mas mais uma vez no palco me senti menino, rindo, pulando por dentro, como um aprendiz. É isso, a poesia me faz um eterno aprendiz. Não é a primeira vez que sou premiado, tenho anos de estrada, uma caminhada meio solitária, mas isso não a faz triste ou difícil, pois é ela mesma que me faz seguir em frente, e eu não vou desistir da minha estrada, pois olho momentaneamente para trás e vejo quanta coisa boa fui semeando passo a passo. Os frutos talvez eu mesmo não colha tantos, a vida passa rápido e os sonhos demoram um pouco, mas saber que alguém um dia vai usufruir desses frutos, já me deixa realizado. Fiz alguma coisa no mundo! Tenho tanta certeza disso, esse é o meu norte!
=
Centro Cultural Usiminas – Shopping Vale do Aço – Ipatinga mg
Premiação 29º Festival Estadual de Poesia - 21 de maio de 2016.
=
2º lugar com poema AMOR DE MANHÃ
Menções honrosas com poemas DESENHANDO COM DEUS e ARTE SANTA

 
















POESIA... ESSA ARTE SANTA! É POR ISSO QUE EU VIVO DESENHANDO COM DEUS!

domingo, 8 de maio de 2016

FLORES DE MAIO.


As mães são flores de maio
que um anjo de Deus trouxe em seu balaio,
e plantou um imenso jardim,
para fazer desse mundo um lugar decente.

Uma mãe para você, uma mãe para mim.
Mãe para toda a gente.
Mãe que espera, que gera gente.
Mãe é semente
que no parto transforma a dor em amor,
depois vira flor...
e cuida da gente como se a gente também fosse flor.
Mãe que tem mãos que
que abençoam, que perdoam,
que socorrem.
Mãe é bondade, fertilidade.
Mãe de qualidades infindas
que não cabem nos versos meus
Um dia, lindamente morrem...
Sim, as mães morrem lindas
porque voltam ao céu em forma de flor
para compor o jardim de Deus.
==============================

FELIZ DIA DAS MÃES!!!
===
As mães são de Deus, elas são emprestadas à terra para fazer daqui um lugar melhor e mais seguro para se viver. Um dia Deus vai recolher todas as boas mães e vai fazer um lindo jardim lá no céu. É por isso que elas voltam para Ele.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

ERA UMA VEZ UM MENINO QUE TINHA TRÊS MÃES.




Pode disso? Pode, comigo tudo pode. Por isso digo que Deus é bom comigo, me dando logo três mães, mas antes de contar tenho alguns questionamentos que me põem em cheque, eu mesmo não confio muito em mim rs rs. Será que Deus me colocou essas três mães pelo meu nível de carência? Talvez Ele tenha pensado: “Ele precisa de muito carinho”. Ou será pelo meu juízo que era pouco? Tipo: “Aquele ali só mesmo três mães para educar ou consertar”. Ou quem sabe pela minha chatice? Minha própria mãe dizia: “O Carlos é um menino muito ‘bão’, mas é enjoaaaaado”. Eu retrucava: “Que é isso, mãe? Tá sujando minha barra aí?”. Ela respondia com o dedo em riste: “Eu sou de falar a verdade”. Nesse caso, Deus deve ter pensado: “É necessária a paciência de três para aguentar um cara tão chato”. Bem, falar de minha mãe natural é até dispensável, haja vista que dos mais de cinquenta contos de meu livro, ela está diretamente ligada em pelo menos quinze. Vamos falar das outras mães. Quem me acompanha no blog e principalmente quem leu meu livro, viu alguns textos em que cito Dona Maura, pessoa única em qualidades nesse mundo, grande parceira de minha mãe, principalmente quando meu pai morreu, nem era só ajuda financeira, ela também não tinha dinheiro, era amizade mesmo, aquela presença sempre ali amparando, aconselhando, apaziguando o coração de minha mãe, cheia de filhos. Eu era pequeno, mas eu via isso também, Deus me deu a percepção, a sensibilidade e a gratidão. Paralelo a isso, eu era muito amigo do filho dela, Jaiminho, na minha casa ainda não tinha televisão, eu não saía da casa dela, ia para ver a Pantera Cor de Rosa, iam vários meninos, mas eu era mais, tanto que ganhei de Dona Maura, que era grande costureira, minha primeira calça comprida, branquinha, toda charmosa. Eu me senti ‘tão grandão’ dentro daquela calça, ela foi um presente por eu ter ajudado Jaiminho a sair da primeira série após dois anos reprovado. Com essa calça fiz minha primeira comunhão, minha mãe ficou muito feliz e aliviada, pois teria que se desdobrar para comprar uma. Dona Maura até hoje repete com o mesmo sorriso farto, gostoso e voz suave: “Você para mim é como um filho”. Tudo isso está melhor contado dentro do livro. Agora, a outra mãe, Dona Luca. Quando minha mãe já havia se mudado para Vitória, passei a morar com dois amigos que eram irmãos, Dona Luca, mãe deles que morava em outra cidade ia sempre nos visitar, e nesse tempo já me dava conselhos diversos. Desanimado da cidade, eu queria ir embora de todo jeito, pelo menos ficaria perto de minha mãe, até saiu um emprego para mim mais tarde em Vitória, mas antes disso, apareceu um outro, bem atraente justamente onde morava Dona Luca. O filho dela disse na minha frente: “Mãe, o Carlos vai trabalhar lá, a senhora se importa de deixar ele morar com a senhora até ele se ajeitar?”. Ela respondeu: “Claro que pode, pode ficar o tempo que quiser. Amigo de meus filhos, é meu filho também. E ai dele se não me obedecer lá”. A casa era pequena, mas eu me sentia seguro, ela arrumava o sofá para eu deitar com muito carinho, eu obedecia como se fosse à uma mãe ( e era mesmo), não chegava tarde, respeitava as filhas dela, é claro que eu ajudava um pouco, comprava pizza, refrigerante para elas, cerveja para mim, enfim me senti adotado. Com o tempo ela desocupou um quartinho de bagunça no quintal, limpou ele todo para mim, aí eu comprei uma cama, mas antes de dormir eu estava sempre lá com elas. Nas poucas vezes em que minha mãe natural e Dona Luca se encontraram, não havia ciúmes, o que eu sentia em minha mãe era gratidão por ela estar cuidando de mim, assim como era também com Dona Maura. Um trio... um trio de amor que foi selecionado por Deus, antes mesmo de eu nascer, para cruzar minha vida, e tornar minha caminhada mais suave e protegida. Eu digo: O amor de mãe é o que mais se aproxima da perfeição do amor de Deus. Imaginem então esse amor multiplicado por três. Essa é a linda história de um menino que tinha três mães.
===
A morena de cabelo branquinho é Dona Maura. A que está na pia é Dona Luca... e a clarinha abaixo, minha mãe natural Sebastiana.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

COISAS DA VIDA!



E assim a gente vai ficando mais órfão...
mais vazio
desnudo
mais frio
mais só
bem diminuto.
E contudo,
de repente o choro invade
de repente é saudade
de repente é luto
de repente um nó.
De repente a gente cala
a flor não exala.
é folha que cai
é amigo que vai.
De repente é despedida.
De repente é inverno.
Da fragilidade das coisas  da vida
só o sentimento é eterno.
=

Para meu cunhado falecido, Sebastião Rosa, vulgo Fiúta. Uma espécie de irmão mais velho, um protetor. Uma pessoa que jamais levantou a voz, que jamais disse um palavrão, que jamais recusou ajudar alguém. A pessoa mais mansa que eu conheci. Vá na paz, irmão, pois é a paz que você distribuiu a vida toda, e agora a terá no colo de Deus.

terça-feira, 3 de maio de 2016

FALA LÁ FORA!


Parece que o Brasil não se cansa de lances ridículos. Dessa vez foi a vez do investigado /julgador de impeachment ( mais um) Senador Ronaldo Caiado desafiando o Lindbergh Farias, chamando-o pra porrada lá fora. Quando era pequeno, era normal o menino falar dentro da sala pro outro: “Vou te pegar lá fora”... “Lá fora você vai ver”. Aí a gente ia, tinha sempre uma turminha incentivando: “Oba, vai ter porrada”.... “Pedra não, só na mão”... “Quem for homem cospe aqui primeiro”. Então a gente rolava na terra, batia, apanhava, sob os gritos da “plateia” em volta.
Puxa vida, eu torci muito para que eles fossem para a frente do Senado e rolassem na grama para acabarmos de virar piada lá fora. Imaginem a cena, mais de setenta Senadores da República gritando “porrada, porrrada” e os dois marmanjos rolando na grama: “O Lula é ladrão”... “Não é não, o Aécio que é”... “toma, coxinha”... “toma, petralha”.
Vou usar as palavras do ex Ministro Exmo Joaquim Barbosa, assistindo o circo do julgamento do impeachment na Câmara, referindo-se às dedicatórias dos deputados durante o voto. O Joaquim Barbosa disse: “É de chorar”.
==
Comparando meus tempos de criança com esse “fala lá fora” de agora, destaco três coisas. A primeira, assisti muitas brigas dos amiguinhos, embora eu só tenha brigado uma vez, mas se falasse mal de minha mãe, aí o bicho pegava, eu não queria nem saber se o outro menino era maior. E a outra coisa é que a gente brigava, mas na outra semana já estávamos jogando bola juntos. E no caso dos políticos, depois do impeachment em breve estarão fazendo falcatrua novamente, o impeachment é um mero detalhe, é um desvio de foco, é um boi de piranha para o restante da boiada passar... e tem cada boi graúdo. No meio dessa boiada estão passando despercebidos, a reforma política, a revisão do código penal e os verdadeiros e maiores corruptos. E a terceira é a mais triste, a sensação de que o voto da gente não vale nada.
=
( imagem monografias.brasilescola.uol.com.br )