ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

AMOR... CAFÉ... E POESIA!




O meu dia só começa depois que tomo café! Isso mesmo, com exclamação porque é quase uma regra para mim. E nem estou falando de mesa cheia daquelas guloseimas todas, eu preciso de um café preto, puro, quentinho, o resto pode ficar pra depois. Mas só tem uma coisa que antecede o café para abrir o dia: o amor. Repito: Somente o amor pode anteceder o café! Isso mesmo, com exclamação de novo porque aí o café fica até mais gostoso. AMOR... CAFÉ... E POESIA, trinca perfeita para abrir o dia. O amor aconteceu, o café ferveu, o poeta já bebeu. E a poesia? Está retratada na cama bagunçada, nos lençóis jogados no chão, no cabelo atrapalhado, na fronha molhada, há provas de poesia pelo quarto todo. A poesia aconteceu naquele momento... enquanto o amor se fazia. Depois o poeta apenas transpõe para o papel. Ai que café gostoso! Quero mais! Muito mais!
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( imagem imgrum - google )

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

OLHAI AS CRIANÇAS...


Hoje durante a caminhada aconteceu uma coisa engraçada e também sensacional, dessas que a gente guarda para sempre. Eu me acostumei a guardar essas coisas para mim. Uma mulher vinha de mãos dadas com o filhinho, um menino de uns quatro aninhos, bonitinho pra danar, iam para a praia. Cheio de letrinhas trocadas, ele disse:
- "Mamãe... eu já xei puquê que o mar é xalgado (salgado)".
Ela:
- "Sabe, meu amor? Fala para a mamãe então".
Ele respondeu:
- "Puquê todo mundo faz xixi dentro do mar". 

Eu que penso rápido, não perdi essa, e brinquei com ele.
- " Ahhhh, então é você que anda fazendo xixi no mar, né? ".
Ele ficou me olhando e rindo com carinha de vergonha, olhou para a mãe que também ria, e me respondeu.
- " Mais num é xó eu, não. É tooooodo mundo"- E abriu os braços dando dimensão ao que dizia. Eu me agachei e falei no ouvido dele:
- "Não conta pra ninguém... eu também faço". Aí mesmo que ele riu. 

Segui a caminhada, e quando olhei para trás, ele ainda me olhava. Mas nos poucos segundos quando estava de frente para ele, só eu sei como ele me olhou, me transmitiu aquilo que a gente não vê mais: pureza..
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O pensamento é: Para falar com as crianças, é preciso se igualar ao nível delas. Antes eu dizia, 'descer ao nível delas', mas o correto é: 'subir ao nível delas'... porque as crianças são puras, por isso elas são grandes. Todos nós nascemos grandes, mas vamos nos apequenando ao longo da vida.

OLHAI AS CRIANÇAS! CUIDEMOS DAS CRIANÇAS  E O FUTURO VAI SER MAIS FÁCIL!
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( imagem professorsandrozanon - google )

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

VALE TUDO, MENOS FALAR MAL DA MÃE!


Meninos brigavam muito na escola, nos campinhos de futebol, nas disputas de birosca (tempo bom, eu era fera na birosca), mas eu nunca fui muito de brigar não, quando muito, aconteciam uns empurrões, um “chega pra lá”, eu era no meio da molecada mais um apartador de briga do que um brigador. Só tinha uma coisa que me tirava do sério, aí sim, eu partia pra cima até de grandalhões: era alguém falar mal de minha mãe. Ah, eu não queria nem saber se eu ia apanhar, mas falar de minha mãezinha, o negócio ficava feio. É isso. Não sou tão fã do Cazuza (gosto, mas nem tanto), porém tem uma frase dele que me fez admirá-lo um pouco mais: “SÓ AS MÃES DEVIAM SER PERDOADAS”. Então é isso... perdoadas... poupadas... isentas... protegidas... compreendidas. Eu mesmo, era um “menino maluquinho”, mas tinha uma cuidado danado para não levar mais problemas para ela. Nos últimos anos, uns três anos antes de partir para o andar de cima, disse uma frase, entre tantas ao longo da vida, que nunca mais vou esquecer: “Eu rezo para todos os meus filhos e filhas, mas para o Carlos eu rezo mais”. É... a mãe sabe quem precisa mais. Tenho certeza de que num domingo de manhã, foi ela quem colocou o lençol sobre mim, mesmo ela estando em coma induzido e a mais de 600 kms daqui. Em todos os sonhos que tive, ela está sempre sorrindo, com o semblante de paz que sempre teve.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

NOTA ZERO!


Quase trezentos mil alunos tiraram nota zero em redação do Enem. Isso é sintomático, basta ver o tipo de músicas que estamos ouvindo, o tipo de livros que estamos lendo. Sobre a música, dos anos 90 para cá, pouca coisa boa apareceu, e o que apareceu não dá na mídia. Sobre a literatura ocorre o mesmo, creio haver muitos bons escritores e poetas por aí, que não têm espaço, é só ver qual o best seller do momento: 50 TONS... que vendeu muito mais pela curiosidade sensual/sexual do que como obra em si. Ele não vendeu como obra literária na acepção da palavra, embora seja de fato um livro. A culpa é da autora? Não! Eu até parabenizo-a pelo “feeling” (olha eu falando ingreis) de perceber que o momento é de apostar nessa onda decadente, não pensante, não exigente, estabelecida no mundo. Como também a culpa das notas zero do Enem não é só do governo ou da mídia, embora eles sejam os mais interessados na anticultura, pois é melhor comandar burros de viseira do que controlar águias com longa visão, perspicácia e senso crítico. A culpa é também das pessoas. Sou de um tempo em que quando eu tirava notas vermelhas eu ficava com vergonha... dos meus parentes... de minha mãe... e de mim mesmo. Mas deixar de ler, eu nunca deixei. Deixar de pesquisar, eu nunca deixei. Por que estou falando de mim? Ora, porque só posso falar por mim, não posso falar por outras pessoas, mas sei que muita gente que teve muito mais dificuldades que eu (e eu tive bastante) se deu bem nos estudos, na vida, pelo próprio esforço, não ficou refém de governo ou de mídia. Também não podemos culpar a tecnologia só porque hoje está tudo muito fácil, apesar de que informação demais, cega, limita, mas o interesse, o raciocínio, a busca do conhecimento, é próprio de cada um. Disse e repito: As pessoas reclamam de liberdade, mas abrem mão da maior liberdade que é a imaginação, a imaginação é a única coisa que ninguém pode tirar da gente. Na parte que me toca que é a literatura, até digo isso com tristeza, eu não dou bola para governos quando se trata do meu autoconhecimento, mas também sei que não posso vencer a mídia, e é duro ver a burrice exaltada, a truculência aplaudida, bandeiras de futilidade erguidas, e a verdadeira literatura, a arte em si, não valorizada. Pergunte a um jovem de hoje quem foi Monteiro Lobato, uma pequena minoria deve saber. Eu também dou nota zero para a juventude brasileira... não só pelo zero que eles tiraram, mas muito mais pela inércia, pelos braços cruzados, por comerem alpiste nas mãos dos monstros governo e mídia, porque o monstro maior chama-se acomodação.
Sinto muito... eu nasci para pensar.
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( imagem literatortura.com )

sábado, 14 de janeiro de 2017

NÃO ERA O QUE EU PENSAVA!


Era lobo em pele de cordeiro,
e eu não percebia.
Com seu olhar traiçoeiro,
me iludia.
A serpente mais vil
que alguém já viu.
Era o sal se fingindo de mel.
Medusa misturada com Jezebel.
Sereia do mal.
O tesouro  era um pote de ouro,
mas um ouro de tolo.
Como eu fui tolo,
nada valia, reles bijouteria.
Prometia a paz celestial,
escondia  um inferno astral.
Doces palavras, péssima conduta.
Até que era bela,
mas não era donzela, nem santa...
Era uma puta...
como tantas.

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imagem ( resumoescolar )

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

ESPELHO MEU... MUITO MEU!



 
Se esse texto fosse uma música eu o chamaria: BALADA PARA 2013.
Hoje de manhã meu primeiro contato mental foi com Deus, na minha oração matinal. Meu primeiro contato verbal foi com o despertador, ele gritou no meu ouvido, e eu perguntei: “ Já? “ . E ele respondeu: “ Já! ”. A cama me abraçava como se fosse uma mulher, mas eu precisava ir. E os primeiros olhos que vi, foram os meus ... de frente com o espelho. Foi tão bom me ver assim tão natural, acordando, de cabelo atrapalhado, escova do lado da boca, sem óculos, algumas olheiras, sem o creme de rosto da noite, é dessa forma que devemos nos achar bonitos, sem as “maquiagens” do dia a dia. Foi então que senti uma vontade intensa de me abraçar... e o fiz. Fechei os olhos e abracei a mim mesmo, demoradamente, num silêncio total, viajei para dentro de mim, sem vontade de voltar, e pensei: “Puxa vida, como eu estava com saudades de mim!”. Passamos o tempo todo nos preocupando com o que dizem da gente, com o que o pensam, tentamos nos moldar à vontade alheia, submissos ao que não nos faz felizes, e acabamos nos esquecendo da gente mesmo. Olhei de novo para o espelho, e falei: “Espelho, espelho meu. Existe alguém mais EU do que eu?”. Ele respondeu. “Não! Ninguém é mais você do que você mesmo. E não é por egoísmo, é que ninguém vai se importar com você, se você mesmo não cuidar disso. Busque o amor, faça o amor, sonhe com o amor, mas antes de tudo... seja o amor. O coração é o nascedouro de tudo que ocorre na gente , para gente e pela gente, então que dele brote amor, amor próprio principalmente. Esqueça seu guru, você é o seu líder! Cresça na simplicidade, na humildade, pois só assim você mata os monstros que talvez um dia você mesmo criou dentro de você, temos facilidade para criar monstros e dificuldade para plantar flores, temos sede, mas não saciamos a sede do outro. Não existe felicidade sem mutualismo. Lembre-se... para que tudo seja possível... ame-se”. Já fiz essa viagem para dentro de mim outras vezes, e posso garantir que não é mesmo nada egoísta, pois cada vez que viajo ao meu EU, me aproximo mais das pessoas, porque trago coisas lindas de dentro de mim para entregá-las. A poesia é só uma delas, eu sou um universo de emoções, tudo em mim transcende, transborda, extrapola os limites físicos do Ser. Às vezes não sei muito lidar com isso, mas é assim que eu nasci, e eu não tenho muita intenção de mudar, foi assim que cheguei até aqui, com meu jeito tresloucado, distraído, mas nunca corrompido na minha verdadeira essência. Essência é tudo! Muito prazer, meu nome é Carlos!
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Um texto de 2012 que serve para sempre.