ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

OS BEBÊS QUE MORREM VIRAM ANJOS!


( Confesso que fiz este texto chorando )
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Há poucos dias tivemos dois casos comoventes de crianças que nos deixaram, os bebês Charlie da Inglaterra e Arthur do Brasil, um por doença rara, outro por bala perdida. Sobre a doença rara não vou me alongar, foge à compreensão humana, tampouco vou discutir sobre eutanásia, isso demanda um outro texto, envolve opiniões, religiões, debates e etc. Quero destacar o bebê brasileiro. O lugar mais seguro para um bebê é a barriga da mãe, por ele, ele ficaria lá dentro para sempre, dentro dessa bolha de amor protetora ele recebe em conexão direta, amor materno, água, oxigênio, alimentação, enfim toda a segurança e confiança que uma mãe pode dar. Isso também foge à compreensão humana, mas por ser uma ligação espiritual, cósmica, divina. O primeiro trauma na vida de uma pessoa é quando ela sai do ventre para o mundo, há um impacto, um choque, o bebê já não se sente mais tão seguro, mesmo a mãe estando ali transmitindo os primeiros carinhos físicos; ele sabe que não é a mesma coisa, parece que pressente o perigo de ter nascido. No entanto, Arthur não estava seguro nem na barriga da mãe; num triste dia, lá dentro ele sentiu um baque na coluna cervical, era a bala... essa cena eu visualizo assim: Ele deve ter pensado: “Que é isso? Isso não veio de minha mãe, minha mãe só me dá coisas boas, isso que senti agora é um coisa ruim”. O que se passou nos dias seguintes, já em coma, só Deus, ele e os Anjos sabem, mas acredito que ele não sentiu dor, Deus não deixa, os Anjos estavam ali o tempo todo, absorvendo qualquer dor que ele pudesse sentir. Independente disso eu creio que morrer não dói, na hora da passagem acontece uma força que nos anestesia, e a gente vai para o outro lado. Como eu sei disso? Não sei. Mas sei que sei. Já ouvi tantas vezes na vida essa pergunta, desde menino (as professoras principalmente, piravam rs rs), sobre coisas que eu dizia sem ter idade para tal, e respondia como agora: ‘Não sei. Mas sei que sei’. A redundância é proposital. Retomando, sobre a dor, viver é que dói, quando a gente assiste algumas cenas. Há muito o que se pensar sobre este mundo. É claro que a gente fica comovido, principalmente pelas mães, mas pelos bebês eu digo que fico feliz por eles, por não terem pisado neste mundo, acho que são uns felizardos por terem ido embora para junto de Deus, antes que o mundo lhes corrompesse. Crianças quando morrem viram anjos, porque são puras, e isso também dói, saber que um dia também fomos bebês puros. Este mundo já está bom é de acabar. ‘Que é isso, Carlos? Está revoltado? Logo um poeta dizer isso? ’... alguém certamente dirá. Eu sou um eterno otimista, mas tem hora que a gente fraqueja, a gente não é de pedra. Sei que existem pessoas boas no mundo, eu também me acho boa pessoa, mas sei que existem pessoas infinitamente melhores que eu, talvez por elas Deus ainda mantenha este mundo em pé. Às mães que perderam seus bebês eu consolo dizendo que não perderam, voltaram para o lugar de onde vieram: O COLO DE DEUS!
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( imagem descobrindotesouros-wordpress.com )